A temporada 2013-14 tem sido extremamente difícil para todos aqueles que torcem para o Hamburgo SV. Na Bundesliga, o time está entre os últimos colocados da tabela, com sucessivas derrotas vexatórias dentro e fora de casa. No dia 12 de fevereiro, pelas quartas de final da DFB-Pokal (Copa da Alemanha), a equipe Rothosen foi impiedosamente goleada pelo Bayern de Munique por 5 a 0 em plena Imtech Arena, em Hamburgo. Não bastasse a atual fase do time, os problemas extrapolam as quatro linhas. Após a derrota para o Hertha Berlin, torcedores chegaram a agredir Rafael van der Vaart, e também exigiam a renúncia de Carl-Edgar Jarchow, CEO do Hamburgo. Tal situação em nada se assemelha aos momentos gloriosos já vividos pela equipe do norte da Alemanha.

Sem dúvida, o Hamburgo SV é um dos maiores clubes da Alemanha. Com uma série de títulos nacionais e internacionais, inclusive da Copa dos Campeões da Europa (atual UEFA Champions League) na temporada 1982-83, o clube já possuiu grandes times em sua história. Além disso, sendo um dos clubes fundadores da Bundesliga, até hoje nunca foi rebaixado. Com todo esse histórico, houve momentos em que o Hamburgo não apenas disputava e ganhava títulos, mas também conquistava grandes vitórias contra as maiores equipes europeias. Em meados da década de 1970, o clube desejava retomar sua trajetória de conquistas, pois não ganhava títulos desde o início da década de 1960 (Campeonato Alemão 1959-60 e Copa da Alemanha 1962-63). Para a alegria de seus torcedores, os anseios do Hamburgo SV se concretizariam.

No ano de 1976, a equipe mostrou um futebol competitivo que permitiu conquistar a Copa da Alemanha (na final, 2 a 0 contra o Kaiserslautern) e terminar com vice campeonato da Bundesliga, superado apenas pelo campeão Borussia Mönchengladbach. Em seguida, ainda que na temporada 1976-77 o desempenho do Hamburgo em competições nacionais não tenha sido tão bom (6° lugar na Bundesliga e eliminado na 2° fase da Copa da Alemanha pelo Bayern), houve um momento extremamente especial: a histórica conquista da Recopa da UEFA, com a vitória por 2 a 0 na final contra o Anderlecht. Decididos em manter a equipe na disputa por títulos, os dirigentes do Hamburgo resolveram fazer importantes contratações para temporada 1977-78. Duas aquisições de impacto foram feitas: Ivan Buljan, jogador de origem croata vindo do Hajduk Split e titular da seleção iugoslava, e Kevin Keegan, craque da seleção inglesa, contratado junto ao Liverpool.

Repercussão na mídia inglesa sobre a transferência de Keegan do Liverpool para o Hamburgo (Reprodução: Daily Mirror)

Rudi Gutendorf (treinador), Keegan e Peter Krohn (gerente de futebol) durante a apresentação do jogador (Foto: HSV-Museum)

Durante esse período, contratações como as de Buljan e Keegan faziam parte de um plano audacioso. O plano arquitetado pelo comando do HSV tinha como objetivo interromper a hegemonia que Bayern de Munique e Borussia Mönchengladbach possuíam no futebol alemão durante a década de 1970. Dentro desse plano estavam ações de marketing que visavam não só ampliar as receitas do clube, mas também colocá-lo sempre que possível em evidência. Com essas atitudes, o comando do HSV acreditava que, com maiores recursos financeiros, se tornaria mais viável a formação de equipes que disputassem títulos de maneira efetiva, e que colocassem o clube entre os melhores da Europa. Por trás de todo esse projeto estava um homem que ganharia notoriedade por suas ações, algumas vezes excêntricas, no comando do Hamburgo. O homem era Dr. Peter Krohn.

Peter Krohn, o homem forte do Hamburgo durante boa parte da década de 1970 (Foto: Imago Sportfotodienst)

Peter Krohn foi presidente do Hamburgo de 1973 a 1975, e gerente de futebol nos dois anos seguintes. Devido às diversas decisões tomadas durante esse período, Krohn é considerado um dos pioneiros do marketing moderno no futebol. Assim que assumiu presidência do HSV, ele assinou um acordo de patrocínio com empresa de bebidas Campari. Dessa forma, depois do Eintracht Braunschweig, o Hamburgo se tornava o segundo clube de futebol na Alemanha a ter patrocínio na camisa. Em mais uma ação de marketing, jogadores eram contratados de acordo com o voto dos torcedores. Uma das atitudes pouco convencionais de Krohn foi contratar no ano de 1976 um jogador observando apenas clipes exibidos durante uma edição do programa Sportschau da rede de televisão ARD. Esse jogador se tornaria simplesmente um dos maiores ícones da história do HSV: Felix Magath.

Felix Magath, um dos maiores ídolos do Hamburgo SV (Foto: picture alliance/Cornelia Bisa)

Se a contratação de Magath se mostrou um dos maiores acertos de Krohn na gestão do Hamburgo, outra ideia sua causou polêmica entre torcedores, dirigentes e jogadores do time. Com o intuito de atrair o público feminino, Krohn determinou que o Hamburgo SV utilizasse camisas cor de rosa para a temporada 1976-77. Ao explicar para o elenco sua nova estratégia de marketing, disse eufórico: "As garotas vão adorar!" Para espanto de muitos, o Hamburgo começou a utilizar a sua, digamos, excêntrica camisa cor de rosa. Fato é que, apesar de ser uma ideia discutível por ir contra as cores tradicionais do clube, ninguém queria se indispor com Krohn. Verdade seja dita, dentro de suas excentricidades ele fazia uma boa gestão no clube. Entre erros e acertos, todos no Hamburgo sabiam que as atitudes de Krohn nunca se baseariam na conformidade, e num pensamento preconcebido de como tudo deveria ser.

Elenco do Hamburgo com a polêmica camisa rosa em 1976 (Foto: Bild)

Apesar da questionável decisão a respeito do uniforme, Peter Krohn, com o seu tino para negócios, rapidamente ajudou a transformar o déficit que o clube tinha em altas somas para os cofres do HSV. Boa parte das receitas se deve ao fato de que, sob o comando de Krohn, o Hamburgo atraiu uma enorme quantidade de fãs para o estádio com eventos durante sessões de treinamento e também por meio de torneios durante as férias de verão. Em 1977, Krohn resolveu, de maneira ambiciosa, promover um amistoso entre o Hamburgo e uma equipe reconhecida internacionalmente. A equipe escolhida era capitaneada por um craque que marcou seu nome na história do futebol. Essa equipe era o FC Barcelona de Johan Cruyff.

Com essa decisão, Krohn conseguiu o que almejava, pois a repercussão do amistoso entre as duas equipes foi enorme na Alemanha. O jogo era tratado como Galaabend Der Weltstars, ou em português, uma noite de gala com estrelas mundiais. A expectativa era grande para ver a estréia de Kevin Keegan com a camisa do HSV, pois ele foi um dos principais jogadores do Liverpool campeão europeu na temporada 1976-77. Por sua vez, além de Cruyff em seu elenco, o Barcelona também contava com outros dois ícones do futebol holandês: o craque Johan Neeskens e o treinador Rinus Michels. É bom lembrar que Cruyff, Neeskens e Michels possuíam enorme reconhecimento, e não só na Alemanha, devido ao histórico Futebol Total praticado pela seleção da Holanda na Copa do Mundo de 1974. O palco para esse aguardado confronto era o Volksparkstadion, em Hamburgo.

Programa da partida amistosa entre Hamburgo SV e FC Barcelona (Imagem: HSV-Museum)

O elenco do Barcelona teve uma calorosa recepção na Alemanha. Dentre as pessoas que aguardavam a equipe catalã, estava Horst Blankenburg, companheiro de Cruyff e Neeskens no grande Ajax tricampeão europeu do início da década de 1970. Blankenburg havia se transferido para o Hamburgo em 1975 e estava prestes a deixar a equipe alemã rumo ao futebol suíço para jogar no Neuchâtel Xamax. Ao lado de Michels, Neeskens e Blankenburg, um Cruyff animado falou sobre o que esperava da partida para o jornal Hamburger Abendblatt: "Temos apenas alguns dias de treinamento. Sem dúvida, o Hamburgo com jogadores como Buljan e Keegan ficou reforçado, mas nunca se sabe".

Ao reconhecer o potencial do HSV, Cruyff parecia prever as dificuldades que o Barcelona encontraria. É bom lembrar que o Hamburgo já havia vencido o Barcelona por 3 a 2 em amistoso disputado em 1974. Cruyff e Neeskens haviam estado nessa partida, o que fazia do amistoso da pré-temporada 1977-78 mais uma oportunidade para o público de Hamburgo acompanhar as duas estrelas da seleção holandesa. O que difere as duas partidas é que no confronto de 1977 a estrela Kevin Keegan estaria do lado alemão, o que aumentava muito o interesse por esse amistoso. Antes do jogo, foi promovido até mesmo um encontro entre Keegan e Cruyff.

Encontro entre Keegan e Cruyff antes da partida (Reprodução: Hamburger Abendblatt)

No dia 26 de julho de 1977, as arquibancadas do Volksparkstadion estavam lotadas por 45 mil pessoas que esperavam ansiosamente pelo amistoso. No momento em que as equipes estavam perfiladas e prestes a entrar em campo, um fato chamava a atenção dos jogadores do Barcelona: as camisas cor de rosa que os jogadores do HSV vestiam. Assim como na temporada anterior, o Hamburgo utilizaria na temporada 1977-78 camisas com essa cor. Basicamente, a diferença entre dois uniformes é que em 1976-77 a gola da camisa, o calção e meias eram azuis, já para a temporada 1977-78, o azul havia sido substituído pelo branco. Ao ver o uniforme utilizado pelo time do HSV, muitos do elenco do Barcelona não contiveram o riso. Jogadores como Migueli e Costas não tiveram o menor pudor de olhar ironicamente para os jogadores do HSV. Mal sabiam os integrantes da equipe catalã que no final do jogo eles não teriam nenhum motivo para sorrir.

Equipe do Hamburgo perfilada antes da partida contra o Barcelona (Foto: Bild)

Assim que a partida começou, com um futebol envolvente, o ataque do Hamburgo pressionava a defesa do Barcelona. Não demorou muito para que, aos 4 minutos, Georg Volkert abrisse o placar para o time alemão numa cobrança de pênalti. O Barcelona mal teve tempo de se recompor e, numa rápida troca de passes pelo lado direito do ataque, Willi Reimann apareceu livre na área do Barcelona. Com calma e categoria, Reimann driblou o goleiro Artola e tocou para o gol. Em apenas cinco minutos, o Hamburgo já vencia o time catalão por 2 a 0, e público vibrava com aquilo que estava acontecendo. Não bastasse o placar adverso e o ótimo futebol praticado pela equipe alemã, os problemas do Barcelona se tornariam ainda maiores com a substituição de Cruyff aos 16 minutos, devido a uma contusão na perna direita.

Keegan cumprimenta Volkert após o primeiro gol (Foto: Onze Mondial)

Parecia que Kevin Keegan já jogava há muito tempo no Hamburgo, pois apresentava um ótimo entrosamento com os companheiros de equipe. Aos 32 minutos, numa jogada pelo lado esquerdo do ataque, Keegan tocou a bola para Volkert que, de fora da área, chutou forte para o gol do Barcelona. O goleiro Artola não conseguiu alcançar a bola: 3 a 0 para o HSV. O público parecia não acreditar no que via, pois o Barcelona não era capaz de conter o ritmo de jogo que a equipe alemã demonstrava.

Além disso, os torcedores do HSV estavam animados com a atuação de Keegan, que praticamente fazia de tudo: chutes perigosos em direção ao gol do Barcelona, passes brilhantes para seus companheiros e uma constante movimentação pelo campo. Antes do final do primeiro tempo, Keegan recebeu a bola dentro da área do Barcelona, dominou a bola no peito e com um toque de calcanhar tocou a bola para Magath. De primeira, Magath chutou para o gol, mas dessa vez Artola conseguiu fazer a defesa. Definitivamente era um show do HSV. Quando o árbitro Robert Wurtz apitou o final do primeiro tempo, o público aplaudiu a atuação do time.

Neeskens e Keegan durante o amistoso de 1977 (Foto: Onze Mondial)

Só falava marcar um gol para que a atuação de Keegan fosse praticamente perfeita, e ele aconteceu. Logo aos 6 minutos do segundo tempo, escanteio para o Hamburgo. A bola foi alçada para a área e, depois de vencer a disputa contra a defesa do Barcelona, Reimann cabeceou para o gol. A bola bateu no travessão e sobrou para Keegan, que estava livre de marcação na pequena área. Ele não teve a menor dificuldade de colocá-la para o fundo das redes: 4 a 0 para o HSV. Além de contribuir decisivamente no ataque, Keegan voltava frequentemente para o campo de defesa para auxiliar os defensores do HSV. Apresentado grande técnica e um ótimo preparo físico, em vários momentos Keegan tomava a bola dos atacantes do time catalão, driblava seus adversários de maneira impressionante e começava o contra-ataque.

Keegan saindo do marcação de Migueli (Foto: Onze Mondial)

Com a excelente atuação de Keegan, o Hamburgo demonstrava todo o potencial que o time possuía. As tabelas do craque inglês com Magath encantavam a todos que estavam no Volksparkstadion. Além deles, Reimann, Volkert e Memering tinham ótimas atuações. A defesa do HSV praticamente não era exigida, e nada que o ataque do Barcelona fazia surtia efeito. Sem Cruyff, e com Neeskens apagado em campo, os comandados de Rinus Michels pareciam esperar que o jogo terminasse o mais rápido possível.

No entanto, o nível do futebol praticado pelo HSV permitiu que o placar fosse ampliado com um belo gol de fora da área feito por Manfred Kaltz, aos 22 minutos do segundo tempo. Quando a partida parecia definida, ainda houve tempo para que Ferdinand Keller marcasse o sexto gol do HSV. No final, os jogadores do Barcelona (que antes do início do jogo ridicularizavam a camisa cor de rosa do HSV) tiveram que encarar uma das mais humilhantes derrotas da história do time catalão. A festa estava completa na cidade de Hamburgo.

Após a impressionante vitória do HSV sobre o Barcelona, a repercussão no meio esportivo foi enorme. Na Alemanha, a mídia especializada destacava o alto nível do futebol apresentado pelo Hamburgo. O jornal Hamburger Abendblatt destacou, além do futebol, a receita recorde que a partida rendeu aos cofres do clube: 720 mil marcos alemães. Sem dúvida, o plano elaborado por Peter Krohn havia dado certo. Para um efeito comparativo, se o HSV atraiu 45 mil espectadores na partida contra o Barcelona, na mesma pré-temporada o jogo do Colônia contra o Feyenoord teve um público de 8 mil pessoas, e apenas 6 mil assistiram ao amistoso entre Stuttgart e Bolton Wanderers. Além da repercussão na mídia alemã, o resultado contra o Barcelona levaria o nome do Hamburgo para as páginas de inúmeros jornais e revistas na Europa.

Capa do jornal Hamburger Abendblatt: goleada do HSV e renda recorde (Reprodução: Hamburger Abendblatt)

Capa da Revista Onze Mondial com o destaque para a vitória do HSV (Reprodução: Onze Mondial)

Particularmente, os maiores elogios vieram da Inglaterra, muito por causa da grande atuação de Kevin Keegan. Sobre a partida, o Daily Mirror escreveu: "Ele (Keegan) coroou um desempenho brilhante com o quarto gol. Sua tarefa foi facilitada, pois ele estava cercado por um super time que parece ser uma equipe de futebol de grande poder". O Daily Express exibiu o título "Maravilhoso! Maravilhoso!", e tratava Keegan como “um herói do futebol alemão". O jornal The Sun sintetizava o que havia acontecido para o craque inglês em sua primeira partida com a equipe do HSV: "A estreia de sonho".

Já o Barcelona, além da humilhante derrota, tinha que lidar com uma questão importante, pois a contusão sofrida por Cruyff no amistoso era extremamente séria. Poucos dias depois, o médico do clube, Dr. Carlos Bestis, informou que o craque holandês tinha um problema na tíbia. Foi necessária uma cirurgia, o que fez com que Cruyff ficasse afastado por sete semanas. Sem poder contar com seu principal jogador no início da temporada 1977-78, o Barcelona perderia o título do Campeonato Espanhol para o seu maior rival, o Real Madrid. Entretanto, com a volta de Cruyff, a temporada não passou sem títulos para o time catalão, pois a equipe venceu a Copa do Rei da Espanha (na final, 3 a 1 contra o UD Las Palmas).

No que se refere ao Hamburgo SV, ainda que a vitória sobre o Barcelona tivesse demonstrado um futebol promissor, em 1977-78 a equipe não foi bem. Rudi Gutendorf começou aquela temporada como o treinador do time, mas durou apenas 118 dias no comando do clube devido ao baixo rendimento do time. Özcan Arkoç, que foi assistente de Kuno Klötzer no HSV na temporada 1976-77, assumiu o cargo por um período de 245 dias, e teve o baixíssimo aproveitamento de 36% de vitórias. Com uma campanha decepcionante, o Hamburgo terminou em 10º lugar na Bundesliga, além de ter sido impiedosamente derrotado pelo Liverpool na decisão da Supercopa Europeia de 1977 (empate em 1 a 1 em casa e derrota por 6 a 0 na Inglaterra).

Mesmo com os problemas que se seguiram, a contratação de Kevin Keegan se mostrou um enorme acerto. O excelente futebol que ele apresentava fez com que recebesse a Ballon d'Or da revista France Football nos anos de 1978 e 1979. A verdade era que o potencial que o Hamburgo apresentou contra o Barcelona ainda estava presente, era apenas necessário corrigir alguns rumos para que jogadores como Keegan e Magath pudessem conquistar títulos para os torcedores do HSV. Com a contratação do técnico Branko Zebec em 1978, o futebol do HSV finalmente se desenvolveu ao ponto de, após quase duas décadas sem vencer o campeonato alemão, conquistar o título da Bundesliga na temporada 1978-79. O desejo de todos no Hamburgo havia se tornado realidade, pois a hegemonia no futebol da Alemanha estava com eles e não mais na Baviera ou em Gladbach.

Keegan ao receber a Ballon d’Or do editor-chefe da France Football Jacques Thibert em 1979 (Foto: France Football)

Elenco do Hamburgo campeão da temporada 1978-79 da Bundesliga (Foto: Imago Sportfotodienst)

Da esquerda para direita: Branko Zebec, Kevin Keegan (com o troféu) e Manfred Kaltz celebram a conquista com a multidão (Foto: dpa)

Ainda restam algumas rodadas para a atual temporada da Bundesliga terminar, por isso é possível o Hamburgo evitar o primeiro rebaixamento de sua história. Na estreia do treinador Mirko Slomka, a vitória do HSV por 3 a 0 contra o Borussia Dortmund deu uma nova esperança para os torcedores. A situação ainda é difícil, pois não há nos dias de hoje jogadores com a capacidade técnica e liderança que Keegan e Magath possuíam, tampouco dirigentes, como Peter Krohn, que conseguiam montar times verdadeiramente competitivos para o HSV. Sem dúvida, isso dificulta a reação do time e faz com que atitudes intempestivas dos torcedores se tornem cada vez mais perigosas para a segurança dos jogadores e dirigentes atuais. Diante disso, resta aos apaixonados pelo Hamburgo sonhar com a permanência na primeira divisão e que os grandes momentos do clube, como a vitória sobre o Barcelona de Cruyff, ocorram novamente um dia. Seja vestindo branco, vermelho, azul, preto, ou mesmo o polêmico rosa da década de 1970.

A reportagem da VAVEL Brasil agradece a generosa contribuição do HSV-Museum

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Sobre o autor
Rafael Mateus
Apenas alguém interessado por Arte, História e Futebol (aquele que vai além das quatro linhas).