O Real Madrid está de volta à uma final de Champions League. Foram 11 temporadas, quase 12 anos longe de uma - pelo menos na teoria, já que disputou algumas semifinais neste meio tempo. A última decisão jogada pelos merengues foi na temporada de 2001/2002, contra os alemães do Bayer Leverkusen, e o clube espanhol terminou com a nona taça da competição continental, tendo vencido o adversário pelo placar de 2 a 1. Os gols daquele jogo foram marcados por Raúl e Zidane - dois grandes ídolos da história do Madrid. Lúcio descontou para os aspirinas.

Após aquela Champions, a busca pela "Décima" parecia se tornar, temporada após temporada, incessante. O time da capital espanhola entrava em todas as edições da competição milionária como um dos grandes favoritos, mas jamais chegava na decisão. Até que, após um longo período, com atuações brilhantes de seus principais jogadores, os hoje comandados por Carlo Ancelotti atingiram a decisão, contra o rival Atlético de Madrid, a ser disputada no próximo sábado (24) em Lisboa, Portugal.

Relembre, abaixo, todas as eliminações do Real Madrid nestes últimos 11 anos, o caminho duro e recheado de obstáculos que acabou sendo superado nesta atual temporada.

2002/2003: Juventus é a primeira a impedir "la décima"

Atual campeão da Champions, o Real Madrid caiu no Grupo C daquela edição, tendo como adversários as equipes da Roma (Itália), AEK Atenas (Grécia) e Genk (Bélgica). Comandados por Raúl e Zidane, os merengues sofreram um pouco para passar de fase, tendo um aproveitamento de duas vitórias, três empates e uma derrota.

Na fase seguinte, cuja qual contou novamente com um grupo - já que àquela época ainda não existiam as oitavas de final -, o Real Madrid encarou os italianos do Milan, os alemães do Borussia Dortmund e também os russos do Lokomotiv Moscou. O aproveitamento foi um pouco melhor: três vitórias, dois empates e uma derrota, o que não os impediu de se classificarem em segundo - diferentemente da primeira fase, quando teve um aproveitamento pior e foi líder.

Classificado para as quartas de final, os merengues enfrentaram o Manchester United. Dois jogos, uma vitória para cada lado. No Bernabéu, 3 a 1 para o mandante - Figo e duas vezes Raúl, van Nistelrooy descontou para os Red Devils, e na volta, a consagração de Ronaldo: 4 a 3 para os ingleses em Old Trafford, com três gols do Fenômeno. Classificação para as semifinais garantida.

Mas foi justamente nesta fase que o Madrid começou a ter pesadelos com "la décima". Tendo como adversária a Juventus, os blancos até venceram o primeiro jogo, em casa, por 2 a 1 (Ronaldo e Roberto Carlos), mas na Itália, derrota por 3 a 1. Trezeguet, Del Piero e Nedved foram os responsáveis por acabar com o sonho de defender o título.

2003/2004: Monaco surpreende e despacha os espanhóis

A campanha na fase de grupos de 2003/2004 foi bem mais consistente. Em um grupo (F) com Porto (Portugal), Marseille (França) e Partizan (então pertencente à Servia e Montenegro), os merengues conquistaram quatro vitórias, dois empates e a classificação invicta. Inspirados pelo ótimo desempenho na fase de grupos, enfrentaram nas oitavas de final o Bayern de Munique e não deram chance para o azar: empate na Allianz Arena (Roberto Carlos para os espanhóis e Makaay para os alemães) e vitória em casa por 1 a 0, sendo o gol da classificação marcado por Zidane.

Nas quartas de final foi onde a surpresa ocorreu. O Monaco seria o próxima adversário do Real Madrid, um adversário forte mas que, na teoria, não era considerado a altura do rival. Enganou-se quem pensou isso. No Bernabéu, vitória por 4 a 2 (Helguera, Zidane, Figo e Ronaldo; Squillaci e Morientes) e um pé nas semis. Mas, na França, a surpresa: 3 a 1 para os mandantes, com gols de Giuly (duas vezes), Morientes e Raúl. Novamente, era o fim do sonho da décima taça.

2004/2005: Juventus aparece novamente no caminho do Madrid

Na temporada de 2004/2005, antes da fase de grupos, o Real Madrid teve que disputar os playoffs, a famosa "pré-Champions". Nem precisou suar tanto. Seu adversário foi o Wisla Krakow, da Polônia. Os merengues venceram pelo placar de 2 a 0 fora e 3 a 1 no Bernabéu, fechando 5 a 1 no agregado. Vaga na fase de grupos garantida.

Tendo participado do Grupo B desta edição, novamente defrontou os alemães do Bayer Leverkusen, o Dinamo Kiev e também a Roma. Diferentemente de 2001/2002, quando se sagrou campeão pela 9ª vez justamente contra os aspirinas, não teve tanta sorte para cima dos rivais e acabou ficando na segunda colocação do grupo, com três vitórias, dois empates e uma derrota - esta para o Bayer, que determinou sua queda para o segundo lugar.

Mas o que importava era a classificação para as oitavas, e ela veio. Sua adversária, porém, não era das mais desejadas: novamente a Juventus aparecia no caminho do Real. E novamente levara sua vaga. Com 1 a 0 para o Real no Bernabéu e 1 a 0 para Juve na Itália, o jogo foi forçado para a prorrogação. 30 minutos de suspense, as equipes pouco atacavam e aguardavam o apito final, que as levaria para a decisão nas penalidades máximas. Porém, faltando quatro minutos para o final, o avançado Zalayeta apareceu para acabar com as esperanças madrilenas e classificar a Juve para a próxima fase.

2005/2006: Arsenal de Henry manda Madrid mais cedo para casa

Novamente no Grupo F, o Real Madrid teve pela frente o Lyon - que na época vivia seu auge no século XXI -, Rosenborg (Noruega) e Olympiacos (Grécia). Com três vitórias, um empate e duas derrotas, o time comandado por Raúl e Beckham conseguiu mais uma classificação para as oitavas, novamente em segundo lugar.

Também nas oitavas - pelo segundo ano consecutivo - o Real Madrid voltou para casa mais cedo. Seu adversário na época foi o poderoso Arsenal, de Henry. E foi ele mesmo quem decidiu o chaveamento a favor dos Gunners: 1 a 0 no agregado, gol do francês em pleno Bernabéu. Mais uma chance de conquistar "la décima" perdida, desta vez em seus domínios.

2006/2007: 'La Bestia Negra' e mais uma eliminação precoce

Vice-campeão espanhol, os então comandados por Fabio Capello caíram no Grupo E, novamente enfrentando o Lyon - que ainda vivia seus tempos de glória; o Steaua Bucareste, da Romênia, e o Dinamo Kiev, da Ucrânia. Mais uma vez os madrilenos se classificaram em segundo lugar, novamente perdendo o posto de "campeão" do grupo para o Lyon.

Nas oitavas de final, seu adversário era o Bayern de Munique, então atual campeão alemão. Um duelo que para muitos cairia perfeitamente em uma semifinal de Champions teve como principal personagem o brasileiro Lúcio que, cinco anos atrás, havia perdido a Champions justamente para os merengues.

No primeiro jogo do duelo, realizado no Santiago Bernabéu, vitória dos donos da casa pelo placar apertado de 3 a 2, com dois de Raúl, um de van Nistelrooy e Lúcio e van Bommel descontando para os bávaros.

Já na partida de volta, realizada na Allianz Arena, Roy Makaay marcou o gol mais rápido da história da Champions League (com apenas 10''07) e, junto com Lúcio, despachou o Madrid por 2 a 1 - o gol merengue foi marcado por van Nistelrooy já no finalzinho do jogo. Veja o vídeo abaixo, com o gol de Makaay, o mais rápido da história da Champions.

2007/2008: Quarta eliminação seguida nas oitavas de final

Com o alemão Bernd Schuster no comando, os merengues - que naquela época tinham um elenco recheado de brasileiros, como Robinho, Júlio Baptista e Marcelo, conseguiram realizar uma primeira fase regular, tendo se classificado com três vitórias, dois empates e uma derrota, em um grupo (C) com Olympiacos, Werder Bremen e Lazio.

Com o primeiro lugar garantido, os blancos enfrentariam, nas oitavas de final, a equipe da Roma. Não era surpresa que os madrilenos entrariam nos duelos como franco favoritos, mas o que de fato surpreendeu foram os desempenhos da Roma em casa e fora dela. Vitórias no Stadio Olimpico (2 a 1, Pizarro, Mancini; Raúl) e também no Santiago Bernabéu (Taddei, Vucinic e Raúl) estabeleceram um trauma no clube da capital espanhola: pelo quarto ano seguido, os merengues não conseguiam avançar para a próxima fase. Nadavam, nadavam, nadavam e morriam na praia. Mas o que estava ruim ainda ficaria pior.

2008/2009: Eliminação humilhante para o Liverpool aumenta trauma madrileno

Campeão espanhol da temporada de 2007/2008, o Real Madrid entrava nesta edição da Champions League com moral. No Grupo H da competição, os merengues teriam de enfrentar os italianos da Juventus - um dos grandes rivais a nível europeu deste século -, Zenit (Rússia) e BATE Borisov, da Bielorússia. Quatro vitórias e duas derrotas - sendo estas duas para a velha adversária de Turim - marcaram a fase inicial merengue.

Mais uma classificação para as oitavas de final. Mais uma eliminação? Os madrilenos estavam focados para que isso não acontecesse, mas aconteceu. E da pior maneira possível. O adversário naquela ocasião foi o Liverpool, do inspiradíssimo Fernando Torres, do eterno Gerrard, de Xabi Alonso entre outros. No primeiro confronto, realizado no Bernabéu, 1 a 0 para os Scousers, gol de Benayon. A missão dos merengues tinha ficado difícil, vencer o Liverpool em Anfield, afinal, nunca foi uma tarefa fácil.

E o que os madrilenos mais temiam, aconteceu: um show na terra dos Beatles. Em Anfield, o Liverpool não perdoou e aplicou uma sonora goleada de 4 a 0 no seu adversário, sendo os gols marcados por Torres, Gerrard (duas vezes) e Dossena. Mais um ano caindo nas oitavas, e agora da pior maneira possível.

Gerrard destruiu o Real Madrid em Anfield (Foto: UEFA.com)

2009/2010: Lyon impõe sexta queda consecutiva nas oitavas

Após cinco tentativas fracassadas de seguir para as quartas de final, o Real Madrid se classificou novamente para a Champions League para acrescentar mais capítulos na sua trajetória rumo à décima taça da competição continental. Na fase de grupos (C), os comandados do então técnico merengue Manuel Pellegrini passaram da primeira fase sem muitos problemas: quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota, em um grupo com Milan (Itália), Marseille (França) e Zurique (Suíça) como adversários.

Nas oitavas de final o adversário foi o Lyon, que já não dominava mais o futebol francês. Era a chance para finalmente quebrar a "zica" e seguir, depois de cinco anos, para as quartas de final. Mas quem disse que o Lyon deixou-se levar pelo momento irregular? Após vencer jogando nos seus domínios, os franceses viajaram até Bernabéu e saíram com um empate na bagagem, o suficiente para impor a sexta eliminação consecutiva do Madrid nesta fase da competição.

Pjanic marcou o gol da classificação do time francês (Foto: UEFA.com)

2010/2011: De volta às semis, mas queda para o maior rival

As esperanças madrilenas para a Champions de 2010/2011 estavam renovadas. José Mourinho, um dos melhores técnicos do planeta e atual campeão da competição milionária com a Internazionale de Milão, assumiu o comando merengue prometendo títulos e alegria aos torcedores da capital espanhola. Mas não foi bem assim.

Na Champions, o grupo do Real Madrid (G) tinha como componentes as equipes do Milan (Itália), Ajax (Holanda) e Auxerre (França). Com o nível do grupo alto, era de esperar que o Madrid encontrasse um pouco de dificuldades, mas os comandados de Mourinho conseguiram fazer uma de suas melhores campanhas no século, com cinco vitórias e apenas um empate, 15 gols marcados e apenas dois sofridos.

Credenciados à disputar as oitavas da Champions, embalados e de ânimos renovados, os merengues finalmente conseguiram passar deste estágio do mata-mata, vencendo justamente os franceses do Lyon, com 4 a 1 no agregado (1 a 0 na França e 3 a 1 na Espanha). Nas quarta de final o adversário foi o Tottenham Hotspur, da Inglaterra. E mais um passeio. 4 a 0 no Bernabéu e 1 a 0 no White Hart Lane, em Londres.

O Santiago Bernabéu mostrava-se um aliado fortíssimo para o Madrid neste mata-mata, mas até chegar nas semis da liga milionária. Mas no momento mais importante, ele não foi uma boa carta na manga. Seu arquirrival, Barcelona, acabou garantindo sua vaga justamente dentro dele, marcando 2 a 0, com dois gols de Lionel Messi. Na volta, no Camp Nou, 1 a 1, com gols de Pedro e Marcelo. O Real Madrid voltava a disputar uma semifinal de Champions League, mas acabava de cair para o maior rival.

Dentro do Bernabéu, quem comemorou foi Lionel Messi e seus companheiros (Foto: UEFA.com)

2011/2012: Mais uma semifinal, mais uma eliminação para o Bayern de Munique

Dez anos depois de vencer seu 9º e último título da Champions League, o Real Madrid voltava a disputar a competição com a missão de, finalmente, voltar a erguer a taça deste que é o torneio mais importante entre clubes do mundo.

No Grupo D, o time de Mourinho, Cristiano Ronaldo, Pepe, Sergio Ramos e cia teve que enfrentar times como os franceses do Lyon - novamente no caminho do Real; Ajax, da Holanda, e Dinamo Zagreb, da Croácia. Num grupo considerado como fácil, o Madrid passeou: foram seis vitórias nos seis jogos da fase inicial, 18 pontos de 18 possíveis, melhor campanha na fase de grupos no século, o que enchia os jogadores de esperança.

Nas oitavas de final, não tomou conhecimento do CSKA Moscou e os despachou com uma goleada de 5 a 2 no placar agregado (1 a 1 na Rússia e 4 a 1 na Espanha). Na fase seguinte, teve pela frente a grande surpresa da Champions League: o APOEL, do Chipre. Mas os guerreiros de Nicósia não conseguiram fazer frente ao Madrid embalado de Mourinho e Cristiano Ronaldo: sofreram 3 a 0 em casa e 5 a 2 na Espanha, somando 8 a 2 no placar agregado.

Novamente nas semifinais contra o Bayern de Munique, o Real Madrid viveu um drama. Perdeu sua primeira na Champions jogando na Alemanha, por 2 a 1 - gols de Ribery, Gomez e Özil. Tudo perdido? Não para quem tem CR7 no elenco. No jogo de volta, o atual melhor jogador do mundo conseguiu marcar dois gols antes dos 20 minutos de jogo, o que deu um ânimo inigualável para os madrilenos. Mas, aos 27, Robben, de pênalti, diminuiu para os bávaros.

A partida se encaminhou para a prorrogação e não teve alteração no placar. Acabou sendo decidida nos pênaltis. E o Real Madrid levou a pior. Cristiano Ronaldo acabou parando nas mãos de um Neuer inspirado, enquanto Sergio Ramos desperdiçou sua penalidade mandando a bola para muito longe do gol. Kaká também parou em Neuer. E o Madrid parou no Bayern.

Schweinsteiger comemora a vaga do Bayern para mais uma final de Champions (Foto: UEFA.com)

2012/2013: Robert Lewandowski faz Real Madrid parar na terceira semifinal seguida

Na Champions de 2012/2013, o Real Madrid não teve muita sorte no sorteio inicial. Caiu em um Grupo (D) com mais três campeões nacionais: o Borussia Dortmund (Alemanha), Ajax (Holanda) e Manchester City (Inglaterra). Definitivamente, este era o grupo da morte daquela edição do torneio.

Sempre com Cristiano Ronaldo no comando, os merengues conquistaram três vitórias, dois empates e perderam uma, para o Borussia Dortmund, aquele que mais tarde seria seu carrasco.

Tendo se classificado como segundo colocado do Grupo D, o Madrid teve que enfrentar o campeão do Grupo H, que era o Manchester United. Após empate no Bernabéu, Mourinho conseguiu motivar seus jogadores a conquistar uma suada vitória em Old Trafford - com direito a gol de CR7, que não comemorou. Com o placar de 2 a 1, os merengues avançaram paras as quartas de final.

Novamente entre as oito melhores equipes da Europa, o Real teve um adversário considerado fácil: era o Galatasaray, da Turquia. Em casa, os merengues fizeram 3 a 0 e praticamente selaram sua classificação para mais uma semifinal. Mas, no jogo de volta, um susto: 3 a 2 para os turcos. Derrota inesperada, mas classificação para as semis garantida.

Apenas um jogador pode definir o que foi as semifinais da Champions League de 2012/2013 para o Real Madrid, e seu nome é Robert Lewandowski. O polonês, no primeiro jogo - realizado no Signal Iduna Park, na Alemanha - aplicou incríveis quatro gols no adversário merengue, que acabaram sendo goleados pro 4 a 1 - Cristiano Ronaldo marcou o de honra do Madrid. Na Espanha, quase que o Real conseguiu reverter a desvantagem, mas, com um placar de 2 a 0 (Benzema e Ramos), quem foi à final daquela UCL foi Lewandowski e seu clube aurinegro.

Lewandowski, literalmente, "acabou" com o Real Madrid nas semis da UCL 12/13 (Foto: UEFA.com)

2013/2014: "La Décima" nunca esteve tão próxima: rumo a Lisboa

Massacrante. Este foi o início de Champions League do Real Madrid nesta atual temporada. Com cinco vitórias e um empate, os hoje comandados por Carlo Ancelotti - o "mister UCL" - passaram com sobras pelo Grupo B, que contava também com Galatasaray, Juventus e Copenhagen. Classificação fácil para as oitavas de final.

Quis o destino que, dali em diante, só aparecessem alemães na frente do Real Madrid, justamente adversários do país onde os merengues conquistaram sua última Champions. Nas oitavas, passeio em cima do Schalke 04: 6 a 1 jogando na Alemanha e 3 a 1 no Bernabéu, sem se esforçar tanto. Àquela altura, Cristiano Ronaldo já tinha 13 gols e disputava fase a fase a liderança da competição milionária com Zlatan Ibrahimovic.

Nas quartas de final, o Real Madrid teve seu carrasco da última Champions pela frente: o Borussia Dortmund. Se aproveitando dos erros do adversário, conseguiu construir um ótimo placar de 3 a 0 jogando no Santiago Bernabéu, e assim viajou para a Alemanha com excelente vantagem na bagagem.

Porém, novamente jogando no Signal Iduna Park, nem tudo foram flores: os merengues conheceram sua primeira derrota, por 2 a 0, e quase viram sua classificação ir pelo ralo, se não fosse a péssima pontaria de Mkhitaryan em dois lances cruciais para os aurinegros. 3 a 2 no agregado, e os espanhóis novamente estavam nas semifinais da UCL.

O adversário das semifinais era seu carrasco de dois anos atrás, "La Bestia Negra", como ficou conhecido o Bayern de Munique após seguidas vitórias frente ao rival. Este era, provavelmente, o duelo dos dois melhores times do mundo. Muitos classificavam os dois jogos como sem favoritos e que, provavelmente, terminariam com placares apertados.

A primeira partida até serviu para enganar a crítica: 1 a 0 para o Real Madrid em Bernabéu, com gol de Karim Benzema. A vantagem que os blancos levavam para a Alemanha era mínima, facilmente de ser revertida. Um gol no começo era vital para selar tão sonhada classificação para a final. E ele veio logo. Não só ele, como vários de uma vez.

O primeiro tempo do Real Madrid, na Allianz Arena, foi "mágico", como alguns próprios torcedores merengues o classificam. Três gols, sendo dois de Sergio Ramos e um de Cristiano, fora duas grandes chances desperdiçadas por Gareth Bale e também CR7. Mesmo com o Bayern dominando a posse de bola, o Madrid se aproveitava de sua falta de objetividade e, quando tinha chances, partia para o ataque explorando jogadas pelos flancos, que contavam com os velozes Bale e CR7. No segundo tempo, já no final, Ronaldo marcou o quarto e seu 16º gol na UCL, para, enfim, colocar o Madrid de volta a uma final europeia.

O adversário da final, agora, é um time extremamente conhecido pelos merengues: trata-se do Atlético de Madrid, rival local. O Madrid é favorito para a tão sonhada conquista de "la décima" e sabe disso, mas o discurso é de cautela, sempre respeitando o rival. Jogadores fundamentais, como Cristiano Ronaldo, Gareth Bale, Iker Casillas e Luka Modric estão confirmados para a decisão. Será que, depois de 11 anos, o Real finalmente erguerá a Europa, agora pela 10ª vez? É o que descobriremos daqui a apenas dois dias.

Artilheiro da Champions, CR7 comemora seu 15º gol, marcado diante do Bayern (Foto: UEFA.com)