O Real Madrid encerrou um jejum que durou 12 anos e voltou, pela décima vez, ao topo do futebol europeu. Os merengues venceram o Atlético de Madrid na prorrogação por 4 a 1 após estarem perdendo por 1 a 0 até os 48 minutos do segundo tempo, quando Sergio Ramos empatou e forçou a prorrogação. Bale, Marcelo e Cristiano Ronaldo marcaram os três gols na prorrogação, e o Real sagrou-se campeão pela décima vez.

A "La Décima" era um título muito esperado em Madrid, e a comemoração foi grande. Por volta das seis horas da manhã, 200 mil pessoas comemoravam na Praça Cibeles. Cerca de 80 mil pessoas festejaram no Santiago Bernabéu.

Praça Cibeles recebeu cerca 200 mil torcedores para receber o time do Real Madrid (Foto: EFE)

O Real Madrid já conquistou a Uefa Champions League em dez oportunidades. Entre 1955 e 1966, liderados por Alfredo Di Stéfano, Ferenc Puskás e Francisco Gento, os blancos de Madrid conquistaram a taça em seis oportunidades. Nas cinco primeiras edições, conquistou todas, e a sexta só veio em 1966. Depois da sexta conquista, o Real só voltou a conquistar a Liga dos Campeões nas temporadas 1997/98, 1999/00 e 2001/02, graças ao elenco galático com Figo, Zidane, Raúl e Morientes.

Domínio da era de ouro entre 1955 e 1966

1955/56: O Real Madrid conquistou metade dos seus títulos na Liga dos Campeõess no período de 1955 e 1960. Na primeira edição do torneio, em 1955/56, o clube merengue teve pela frente na primeira fase o Servette, da Suíça, e a equipe de Di Stéfano começou a competição com duas vitórias: 2 a 0 na Suíça e 5 a 0 no Santiago Bernabéu - 7 a 0 no agregado, a maior diferença da competição.

Nas quartas-de-final, o adversário foi o Partizan, hoje da Sérvia, mas na época ainda era Iugoslávia. No Bernabéu, nova goleada: 4 a 0. Na volta, um susto. O Partizan fez 3 a 0, mas faltou tempo para conseguir igualar o resultado, já que o terceiro gol, marcado por Milutinovic, saiu aos 42 do segundo tempo. O adversário da semifinal foi o Milan, da Itália. Novamente dois jogos disputados, mas a força do Real no Santiago Bernabéu contribuiu para a classificação. Goleada por 4 a 2 no seu território e, fora de casa, nova derrota: 2 a 1. O Real chegava à final da primeira edição do torneio.

O Real Madrid enfrentou o Stade Reims, da França, na final. Os merengues não eram tão poderosos fora dos seus domínios e a decisão da primeira edição foi em Paris. O Stade Reims jogava em casa e abriu 2 a 0 com Leblond e Templin, mas Di Stéfano descontou pra o Madrid e Rial empatou aos 30 da primeira etapa. Aos 17 do segundo tempo, Hidalgo marcou o terceiro dos franceses, mas os blancos reagiram cinco minutos depois com Marquitos. Já na reta final da partida, aos 34 minutos, Rial marcou o seu segundo no jogo, o gol do título. Na primeira edição, o Real Madrid levou a melhor.

1956/57: A segunda edição da Taça dos Campeões - atual Liga dos Campeões, começou com mais clubes e pela primeira vez teve uma fase preliminar, diferente da primeira edição. Atual campeão, o Real Madrid começou da primeira fase e enfrentou o SK Rapid Viena. A equipe de Di Stéfano continuava forte jogando no Santiago Bernabéu e venceu a primeira partida por 4 a 2, com dois gols de Di Stéfano e Marsal - com Dienst e Gieber descontando para os visitantes. Na partida de volta, na Áustria, o Rapid Viena aproveitou a fragilidade dos blancos fora de casa e, no primeiro tempo, Happel anotou um hat-trick. Porém, aos 15 minutos da etapa final, Alfredo Di Stéfano marcou para o Real, o que forçou mais uma partida, já que o placar agregado ficou empatado. O jogo desempate foi no Bernabéu, e o Real venceu por 2 a 0, classificando-se para as quartas-de-final.

O adversário das quartas foi o Nice, da França. Diferente da primeira fase, o Real se classificou com facilidade. Na ida, no Santiago Bernabéu, vitória por 3 a 0. Na partida de volta, na França, os merengues quebraram um tabu de três jogos sem vencer fora de casa e venceram por 3 a 2 com Di Stéfano marcando duas vezes. Os blancos tiveram pela frente, na semifinal, o Manchester United de Bobby Charlton. No Santiago Bernabéu, vitória por 3 a 1, com gols de Rial, Di Stéfano e Mateos - com Taylor descontando. Na volta, no Old Trafford, empate por 2 a 2. O Madrid abriu 2 a 0 com Kopa e Rial, mas Taylor e Charlton empataram para os Diabos Vermelhos.

Na grande decisão, o estádio escolhido desta vez foi o Santiago Bernabéu. O Real Madrid decidiria a sua segunda final de Champions em casa. E, diante da sua torcida, os merengues que, até então, nunca perderam jogando em casa, venceram mais uma. A Fiorentina, da Itália, foi a vítima da vez. Vitória do Real Madrid por 2 a 0, com gols de Di Stéfano e Francisco Gento, e a taça continuava em Madrid.

1957/58: A Taça dos Campões começava a fazer mais sucesso e desta vez a terceira edição tinha mais clubes que as duas primeiras. O Real Madrid, atual bicampeão, começou na primeira fase após a fase de playoff. O primeiro adversário foi o Royal Antwerp, da Bélgica. Na primeira partida, os belgas perderam em casa por 2 a 1. Di Stéfano deu as boas-vindas com dois gols. Na partida de volta, mais uma goleada do Real no Santiago Bernabéu: 6 a 0, com Rial marcando três gols - Marsal, Kopa e Gento completaram o marcador.

O adversário da segunda fase era um clube espanhol: o Sevilla. O Real não perdoou e, no primeiro jogo, no Santiago Bernabéu, nova goleada, e desta vez foi a maior dos últimos três anos: incríveis 8 a 0. Di Stéfano balançou as redes quatro vezes; Kopa marcou dois; Marsal e Gento fecharam o placar. Na partida de volta, com a vaga garantida, o Real relachou e saiu perdendo por 2 a 0. Payá e Pahuet colocaram o Sevilla em vantagem, mas Pareda empatou o jogo com dois gols. O Real avançava para a semifinal.

Quatro clubes avançaram à semifinal de 1958: Real Madrid, Vasas (Hungria), Manchester United e Milan. Porém, na fase anterior, um acidente matou oito jogadores dos Diabos Vermelhos. Na volta de Belgrado após o empate por 3 a 3 contra o Estrela Vermelha, o avião fretado pelo clube inglês fez parada na Alemanha Ocidental e, depois de três falhas no motor, enfim, a aeronave decolou, mas não por muito tempo. O avião caiu, matou oito e feriu gravemente algumas estrelas, como Bobby Charlton, principal jogador dos Reds. No Old Trafford, o guerreiro United venceu por 2 a 1, mas em Milão, perdeu por 4 a 0, e o Milan se garantiu na final. O adversário foi o Real Madrid, que eliminou o Vasas após vencer por 4 a 0 no Santiago Bernabéu, com hat-trick de Di Stéfano e perder por 2 a 0 na Hungria.

Pela terceira vez em três competições, o Real Madrid, que conquistou os dois torneios anteriores, tinha a oportunidade de conquistar a Taça dos Campeões novamente. Em uma partida dura, realizada na Bélgica, o placar só foi aberto no segundo tempo, aos 14 minutos com Schiaffino. Di Stéfano igualou o marcador aos 34, mas Grillo colocou os italianos em vantagem três minutos depois. Porém, não demorou muito e, dois minutos após o gol, Rial empatou o jogo, que terminou igual. A partida foi para a prorrogação, e aos 2 minutos do segundo tempo do tempo extra, o capitão Gento marcou o gol do tricampeonato.

1958/59: A Taça dos Campeões passou a aceitar 28 clubes, quatro a mais que a edição anterior - a competição começou com 16 em 1955/56. Atual tricampeão, o Real Madrid tinha um novo reforço: Ferenc Puskás. Mais forte do que nunca, o Madrid estreou contra o Besiktas, da Suíça, no Santiago Bernabéu. E começou com vitória: 2 a 0, gols de Santisteban e Kopa. Na partida de volta, empate por 1 a 1, e o Real avançou para as quartas-de-final.

O adversário das quartas-de-final foi o Wiener Sport-Club. Na partida de ida, em Vienna, empate por 0 a 0. Na volta, no Santiago Bernabéu, goleada por 7 a 1, com direito a 4 gols de Alfredo Di Stéfano. Mateos, Rial e Gento marcaram os outros três do Real e Horak descontou para os visitantes. Na semifinal os merengues encontraram o seu rival de cidade, o Atlético de Madrid. Clássico bastante equilibrado. No Bernabéu, vitória merengue por 2 a 1, gols de Rial e Puskás; Chuzo descontou para os rojiblancos. Na partida de volta, no Estádio Metropolitano, vitória colchonera pelo placar mínimo com gol de Collar.

Com o placar agregado empatado em 2 a 2, uma terceira partida aconteceu em campo neutro, no estádio La Romareda, em Zaragoza. Di Stéfano abriu o placar aos 16 minutos, mas Collar empatou aos 18. No fim da primeira etapa, Puskás, aos 42, marcou o segundo do Real. Os astros classificaram o Real para a quarta final consecutiva. O adversário seria o Stade Reims, a primeira vítima do Real Madrid em finais da Taça dos Campeões.

Em 1955/56, Real Madrid e Stade Reims se enfrentaram na final no Parc des Princes, na França. O Real venceu por 4 a 3 e conquistou seu primeiro troféu. Três anos depois, as equipes se encontraram novamente na final. Para os franceses, a chance de se vingar da derrota há três anos atrás, porém, a forte equipe merengue não deixou. Desta vez a final foi na Alemanha, em Stuttgart. Com gols de Mateos e Di Stéfano, o Madrid conquistou o título pela quarta vez consecutiva em quatro edições da Taça do Campeões.

1959/60: Tetracampeão, o Real Madrid começou a disputa pelo penta contra o Jeunesse Esch, time de Luxemburgo. No Santiago Bernabéu, show de Ferenc Puskás que marcou três gols; Herrera (2), Di Stéfano e Mateos completaram o marcador que ficou em 7 a 0 para Madrid. Na partida de volta, nova goleada, desta vez por 5 a 2. O Jeunesse saiu na frente com Theis aos 10 minutos, mas o Real tinha um poder de reação muito rápido e, aos 13, Vidal igualou o placar. Aos 15, Schaak virou para os donos da casa, mas Mateos, três minutos depois, empatou novamente. O desempate veio dos pés de Di Stéfano, aos 25. Aos 29, Puskas ampliou e Mateos fechou a goleada aos 31 minutos.

Nas quartas-de-final, o adversário dos merengues foi o Nice que em 1956/57 foi eliminado para o Madrid na mesma fase. Desta vez, os franceses deram um pouco mais de trabalho. Na ida, na França, vitória por 3 a 2, com três gols de Nurenberg; Herrera e Rial descontaram para o Real. No Santiago Bernabéu, os blancos não perdoaram e golearam por 4 a 0, com gols de Pepillo, Gento, Di Stéfano e Puskás.

Na semifinal, o que todos queriam. O "el clássico" da Espanha, Real Madrid e Barcelona se enfrentavam brigando por uma vaga na final da Taça dos Campeões. Em sua primeira edição, os catalães chegavam na semifinal e enfrentariam o maior rival. Na ida, no Santiago Bernabéu com 120 mil presentes, vitória do Real por 3 a 1. Di Stéfano abriu o placar aos 17 minutos e Puskás ampliou aos 28. Martínez descontou aos 37. No fim do jogo, aos 39 do segundo tempo, Di Stéfano ampliou novamente e deixou o Real em situação mais confortável para a partida da volta. No Camp Nou com 85 mil torcedores, quem fez a festa foi o Real Madrid. Puskás duas vezes e Gento fizeram 3 a 0 para os blancos. No fim, Kocsis descontou para o Barça. O Real chegava a sua quinta final consecutiva.

O Eintracht Frankfurt, da Alemanha, era o adversário do Real Madrid. Uma final incrível de 10 gols. Kreb abriu o placar para os alemães aos 18 minutos. A estrela de Di Stéfano brilhou, e o craque argentino marcou dois gols em sequência: o de empate aos 27 e o da virada aos 30 minutos. O Real foi em vantagem para o invertalo. Na volta para a segunda etapa, logo no primeiro minuto, Puskás marcou o terceiro de Madrid. Aos 11, de pênalti, Puskás anotou o quarto dos merengues.

Era goleada. Aos 15 minutos, Puskás novamente deixou sua marca: 5 a 1. Inspirado, Ferenc, artilheiro da competição, deixou seu nome marcado nos alemães quando fez o sexto de Madrid - seu quarto na partida - aos 26 minutos. E o jogo ficou agitado e cheio de gols. No minuto seguinte, Stein diminuiu para o Frankfurt. Porém, Di Stéfano, também no lance seguinte, marcou o sétimo do Real. Dois minutos depois, Stein de novo descontou para o time alemão. Fim de jogo, goleada marengue por 7 a 3 e, pelo quinto ano seguido, a taça seguia com o Real Madrid.

1965/66: Depois de cinco eliminações seguidas, sendo dois vices - um para o Benfica, de Eusébio, que crescia na Europa, e o outro para a Internazionale, da Itália, comandada pelo brasileiro naturalizado italiano, o Mazzola - o Real Madrid tentava voltar ao topo do futebol europeu. Na Taça dos Campeões de 1965/66, os blancos tiveram que jogar a fase preliminar e atropelaram o Feyenoord, da Holanda. Após perder em Rotterdam por 2 a 1, goleada por 5 a 0 no Santiago Bernabéu, com 4 gols de Puskás.

Na primeira fase, encarou o Kilmarnock, da Escócia. Empate por 2 a 2 na ida, e na partida de volta, em Madrid, goleada por 5 a 1 com gols de Grosso (2), Ruiz, Gento e Pirri; Mcllroy descontou. Nas quartas-de-final, o adversário foi o algoz de 1961/62, o Anderlecht. Os belgas venceram em casa por 1 a 0, gol de Van Himst. Porém, no Santiago Bernabéu, goleada do Real por 4 a 2, com dois gols de Amancio e Gento; Jurion e Puis, no final do jogo, deram um susto, mas o Real Madrid avançou para semifinal.

Na semifinal, um confronto equilibrado contra a Internazionale, que conquistou o título sobre o Real Madrid em 1963/64. No Santiago Bernabéu, uma vitória fundamental por 1 a 0, gol de Pirri. No San Siro, Amancio, aos 20 minutos, tranquilizou a vida dos blancos quando abriu o placar. A Inter só empatou aos 28 do segundo tempo, com Facchetti, mas não conseguiu reverter o placar. O Real voltava à final depois de um ano.

O adversário da decisão era o Partizan, que surpreendeu naquela temporada. E eles saíram na frente, com gol de Vasovic aos 10 minutos da etapa final. Porém aos 25 minutos, Amancio empatou e, aos 26, Serena virou. O Real conquistava a sexta taça e voltava ao topo do futebol europeu. Era o fim da era de ouro de Madrid.

O fim do jejum de 32 anos

1997/98: O Real Madrid, hexacampeão da Liga dos Campeões - antiga Taça dos Campeões, ficou um período de 32 anos sem conquistar o título mais importante da Europa. Desde o fim da era de ouro, com Di Stéfano e Puskás, em 1966 - ano do último título da competição, os blancos só conseguiram chegar a uma decisão, e acabou vice. Para piorar, o clube viu times como o Milan encostar - o time de Milão possuía 5 títulos na época.

Com um sistema de campeonato completamente diferente da década de 50 e 60, o Real Madrid caiu no grupo D, junto com Rosenborg, da Noruega, Olympiacos, da Grécia e Porto, de Portugal. Foram seis partidas para garantir a classificação. Em seis jogos, quatro vitórias, um empate e uma derrota, 15 gols feitos e quatro sofridos; 13 pontos ao total.

Nas quartas-de-final, o adversário foi o alemão Bayer Leverkusen. Empate na Alemanha por 1 a 1. Beinlich abriu o placar para os donos da casa, mas Karembeu empatou para o Real. No Santiago Bernabéu, vitória por 3 a 0, com gols de Karembeu, Morientes e Hierro. Na semifinal, outra equipe da Alemanha. Dessa vez, era o Borussia Dortmund. No Santiago Bernabéu, vitória por 2 a 0, gols de Morientes e Christian Karembeu. No Signal Iduna Park, empate sem gols, e o Real Madrid voltava a uma decisão de Champions League, feito que não conseguia desde a década de 80.

O adversário da final seria a Juventus, da Itália, comandada pelo francês Zinedine Zidane, o holandês Davids, e os italianos Del Piero, Inzaghi e Marcelo Lippi. O Real Madrid contava com Hierro, Roberto Carlos, Karembeu, Seedorf, Mijatovic, Raúl e Morientes, e o técnico Jupp Heynckes soube montar a equipe contra os italianos. E dos pés de Mijatovic saiu o gol do título do Real Madrid aos 16 minutos da etapa final. O Real Madrid chegava ao topo da Europa pela sétima vez após 32 anos na Amsterdam Arena.

Os galáticos colocam o Real Madrid no topo novamente

1999/00: O Real Madrid voltou a se reencontrar no futebol europeu e passou a ser um dos favoritos aos títulos das competições com seu elenco galático. A equipe merengue começou no grupo E, com Porto, Olympiacos e Molde, da Noruega. Foram seis jogos na fase de grupo, quatro vitórias, um empate e uma derrota, 15 gols pró e oito contra, e 13 pontos somados. Os blancos se classificaram para a fase seguinte.

Na fase seguinte caiu no grupo C, com Bayern de Munique, Dinamo de Kievy e Rosenborg. Dessa vez o saldo não foi tão bom. Foram três vitórias, duas derrotas e um empate em seis jogos, 11 gols pró e 12 contra, e 10 pontos. Mesma pontuação do Dinamo de Kievy, que tinha o saldo de gols melhor, mas no desempate do confronto direto, o Madrid levou a melhor.

Classificado para as quartas-de-final, o adversário foi o Manchester United. Empate por 0 a 0 no Santiago Bernabéu e a decisão ficou para o Old Trafford. No teatro dos sonhos, o Real saiu na frente com gol contra de Keane aos 21 do primeiro tempo. No segundo tempo, Raúl marcou duas vezes em sequência, aos 5 e 6 minutos, e o Real abriu um surpreendente 3 a 0. Beckham e Scholes descontaram para os Diabos Vermelhos, mas a equipe de Alex Fegurson ficou pelo caminho.

Na semifinal, o Real Madrid voltou a reencontrar o Bayern de Munique. No Santiago Bernabéu, Anelka e Jeremies, contra, botaram os blancos em vantagem. Na partida de volta, em Munique, vitória dos bávaros por 2 a 1, gols de Jancker e Élber, mas Anelka marcou o gol que fez o Real voltar a ser finalista de novo.

Na final, o adversário era um espanhol, o Valencia. A final foi realizada no Parc des Princes, em Paris, na França. Em 1955/56, o Real já tinha conquistado um título por lá sobre o Nice. Desta vez não foi diferente, o Madrid teve novo sucesso no país e com gols de Morientes, McManaman e Raúl, conquistou seu oitavo título da Champions League. Era isolado o maior campeão europeu.

2001/02: De volta ao topo do futebol europeu com dois títulos em quatro anos, o Real Madrid comandado por Zidane, Raúl e Morientes era um dos favoritos ao título daquele ano. No grupo A, com Roma, Lokomotiv Moscow e Anderlecht, conseguiu quatro vitórias, um empate e uma derrota em seis jogos, 13 gols pró e cinco contra, e 13 pontos. Ao lado da Roma, avançou a segunda fase.

Na segunda fase, no grupo C, os adversários eram Panathinaikos, da Grécia, Sparta Praga, da República Tcheca e Porto, de Portugal. Seis jogos, cinco vitórias e um empate, 16 pontos de 18 possíveis, 14 gols pró e cinco contra. O Real se mostrava cada vez mais forte. Nas quartas-de-final, o adversário foi o Bayern de Munique. Na ida, os blancos saíram na frente com Geremi, aos 11 minutos da etapa inicial. Já no fim do jogo, os bávaros conseguiram uma incrível virada com Effenberg e Pizarro, indo para o jogo no Bernabéu em vantagem. Porém, diante da sua torcida o Real Madrid é um time muito forte, e com gols de Helguera e Guti se classificou à semifinal.

Na semifinal o adversário foi o rival Barcelona. Zidane e McManaman calaram o Camp Nou e o Real Madrid iria para a partida no Santiago Bernabéu com a vantagem de dois gols no placar. Em Madrid, jogo empatado por 1 a 1. Raúl abriu o placar e Helguera, contra, empatou o jogo. O Real era finalista e brigaria pela sua nona taça.

Na final o adversário foi o Bayer Leverkusen. Novamente outro time alemão pela frente dos merengues, que costumavam ter bons resultados contra equipes do país. Em partida realizada em Glasgow, Raúl abriu o placar aos 8 minutos. Cinco minutos depois, o brasileiro Lúcio empatou o jogo. Mas, no fim da primeira etapa, aos 45 minutos, após cruzamento da esquerda do brasileiro Roberto Carlos, Zidane acertou um voleio espetacular, marcando assim o gol que deu o título ao Real Madrid. Era a nona taça, e o sonho passava a ser por "La Décima".

Após 12 anos, o sonho da décima taça vira realidade

2013/14: Depois de muito gastar com jogadores e inúmeros times galáticos que fracassaram, o Real Madrid chegou a final da Champions League depois de 12 anos. Com grandes jogadores como Casillas, Sergio Ramos, Marcelo, Xabi Alonso, Modric, Di María, Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo, o Real Madrid, assim como em outros anos, sempre foi dado como um dos favoritos ao título da competição. Comandados por Carlo Ancelotti, bicampeão da competição, os merengues tinham tudo para ir bem. E foram.

No grupo B, com Galatasaray, da Turquia, Juventus, da Itália e Copenhagen, da Dinamarca, o Real Madrid conseguiu cinco vitórias e um empate em seis jogos, 20 gols pró e cinco contra, e 16 pontos. A equipe tinha o melhor ataque da competição. Nas oitavas-de-final enfrentou o Schalke 04, da Alemanha. Com histórico de ir bem contra equipes alemã, o Real não perdoou os adversários e, com incríveis 6 a 1 em Gelsenkirchen, praticamente encaminhou a classificação as quartas. Com dois gols de Cristiano Ronaldo, Gareth Bale e Benzema, o trio "BBC" começava a dar medo aos adversários. Huntelaar, no final da partida, diminuiu o placar. No Santiago Bernabéu, nova vitória merengue: 3 a 1. Cristiano Ronaldo (2) e Morata marcaram para os donos da casa, com Hoogland descontando.

Nas quartas-de-final o adversário foi outro time alemão. Desta vez foi o Borussia Dortmund, que na temporada passada eliminou o clube madridista. Na partida de ida, vitória tranquila do Real Madrid por 3 a 0, com gols de Bale, logo no começo do jogo, Isco na metade da primeira etapa e Cristiano Ronaldo no segundo tempo. Na partida de volta, no Signal Iduna Park, o Dortmund impressionou e venceu por 2 a 0, e se não fosse a falta de pontaria Mkhitaryan, poderia ter eliminado os blancos novamente.

Outro alemão atravessou o caminho do Real Madrid na semifinal. O Bayern de Munique, de Robben e Ribery, comandados por Pep Guardiola, tinham pela frente a equipe do melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo. Na partida de ida, no Santiago Bernabéu, Benzemá marcou o gol que deu a vitória ao Madrid. Na Allianz Arena, em Munique, era esperado um confronto muito equilibrado. O Bayern teve toda a posse de bola do jogo, enquanto o Real jogou nos contra-ataques.

Sem conseguir atacar quando tinha a bola, os bávaros ficaram vulneráveis na defesa, e os contra-ataques com Di María, Bale, Cristiano Ronaldo e Benzema davam dor de cabeça à Pep Guardiola. Mas os dois primeiros gols saíram da bola parada. Após cobrança de falta, Sergio Ramos abriu o placar. E, em cobrança de escanteio, Sergio Ramos, de novo, ampliou. Ainda no primeiro tempo, após lançamento de Di María para Bale, o galês arrancou e tocou para Cristiano Ronaldo marcar o terceiro - com esse gol, Ronaldo se transformou no maior artilheiro de uma edição da Champions. No fim do jogo, em cobrança de falta rasteira, o CR7 mostrou por que é o melhor jogador do mundo e fechou o placar em 4 a 0.

O adversário da final foi o rival da própria cidade: Atlético de Madrid. A equipe do técnico Diego Simeone fez uma temporada muito boa, além do título espanhol, eliminaram Milan, Barcelona e Chelsea, todos que já conquistaram o título europeu. Era o confronto do melhor ataque contra a melhor defesa. Em partida disputada no Estádio da Luz, em Lisboa, Portugal, Casillas saiu mal do gol e Godín abriu o placar para os colchoneros aos 36 minutos do primeiro tempo. O jogo permaneceu assim até os 48 minutos da etapa final, quando Modric cobrou escanteio para área e, Sergio Ramos, que já havia ajudado a decidir contra o Bayern, decidiu desta vez contra os espanhóis: 1 a 1.

O Real Madrid, cansado, forçou a prorrogação contra o Atleti que estava ainda mais desgastado. O preparo físico de Marcelo, Di María, Bale e Cristiano Ronaldo contribuíram para o sucesso da equipe nos 30 minutos extra. Após boa jogada de Di María, melhor jogador da partida, Courtois deu rebote e Bale, que já havia perdido três gols nos 90 minutos, botou os merengues em vantagem. Marcelo, que havia entrado no segundo tempo, aproveitou a defesa do Atlé. tico de Madrid que estava aberta e chutou forte - e contou com a falha de Courtois, para ampliar: 3 a 1. No fim, o árbitro ainda marcou um pênalti de Godín em Cristiano Ronaldo. O gajo bateu e marcou. Gol que igualou Lionel Messi na história da artilharia da Champions League: 67. Pela décima vez o Real Madrid domina a Europa.