O Chelsea recebeu permissão de planejamento para transformar o Stamford Bridge em um novo estádio com capacidade de 60 mil pessoas. Os planos para o terreno em estilo de catedral foram aprovados pela comissão de Controle de Planejamento e Desenvolvimento de Hammersmith e o Conselho de Fulham em uma reunião na noite de quarta-feira (11).

O clube, atualmente no topo da tabela da Premier League, disse em comunicado: "Estamos gratos que a permissão de planejamento foi concedida para a remodelação da nossa casa histórica". Tendo sido dada a luz verde por Hammersmith & Conselho Fulham, qual o próximo plano do Chelsea para ter a capacidade de 60 mil espectadores em Stamford Bridge? Aqui estão as perguntas mais frequentes sobre o problema.

Então, todos os trabalhos já vão começar?

Não exatamente. A concessão de permissão de planejamento, mais de um ano depois dos planos terem sido entregues ao Conselho de Hammersmith & Fulham, é um grande passo em direção a um novo estádio para o Chelsea. Para chegar até aqui, a equipe de projeto de Roman Abramovich passou dois anos em negociações com possíveis objetores, e sair com um plano não fará absolutamente todos felizes - mas é viável para os olhos das autoridades.

Ainda há trabalho necessário: completar os detalhes finos do projeto do estádio; manter contato com os residentes, incluindo aqueles que objetaram; e chegar a um acordo sobre a logística de ter 60 mil torcedores no local.

O prefeito de Londres pode decidir rever a decisão, embora isso seja improvável - e já se fala de Chelsea trabalhando com ele. Essencialmente, porém, esta decisão não obriga o clube a realmente completar o projeto. Foi dito, em maio do ano passado, que Abramovich ainda tem mente aberta sobre se deve ou não progredir. Um monte de outras coisas precisam acontecer antes que ele possa ir em frente.

Quem vai pagar pelo estádio?

Ainda é uma pergunta atualmente sem uma resposta. Este projeto foi conduzido por Abramovich e não pelo Chelsea FC. Ele é dono do clube, mas não é dono da terra em que eles jogam. A propriedade pertence ao Chelsea Pitch Owners (CPO), uma organização de acionistas e em grande parte de propriedade dos torcedores. O russo pode simplesmente colocar a mão em seu bolso para financiar o projeto - mas são 500 milhões de libras (cerca de 1 bilhão de reais) e é uma despesa grande..

O mais provável é que ele vá buscar um financiamento externo e benfeitores ricos. O CPO imediatamente recebeu notícias da decisão de planejamento e os acionistas devem se reunir no dia 27 de janeiro para falar sobre o contrato.

Quando tudo isso acontecerá?

O conselho instruiu que o desenvolvimento deve começar dentro de três anos. O plano do projeto permite um ano de obras, enquanto o Chelsea ainda está jogando no estádio, seguido por três anos enquanto joga em um local temporário. A primeira etapa envolve a estrada de ferro atrás do East Stand (arquibancada onde fica a cabine de transmissão), e se começar neste fim de temporada, então a temporada 2017/2018 pode ser última de Chelsea em Stamford Bridge.

No entanto, é mais provável que essas obras não comecem até o verão de 2018 - significando que os torcedores irão ver seu último jogo no atual estádio em maio de 2019. Se isso acontecer, o Chelsea deve estar de volta na semana 6, na frente de 60.000 pessoas, para o início da temporada 2022/2023. O conselho exige que a fase final das obras, incluindo a colocação do gramado e dos assentos, seja iniciada o mais tardar em janeiro de 2024 - por isso há um pouco de espaço para os atrasos inesperados.

Onde o Chelsea irá jogar durante as obras?

Por três anos, este plano vai fazer o Chelsea mudar de casa. Mas onde? A casa de rugby em Twickenham seria, sem dúvida, conveniente para muitos no coração do clube, mas parece altamente improvável devido a objeções locais. Wembley é certamente o favorito - como o FA necessita de dinheiro. Porém, o estádio atualmente recebe o Tottenham, que também está reformando o White Hart Lane.

Mas uma parte dividida com West Ham no Estádio Olímpico, ou o Estádio de Londres, como é agora conhecido, é uma possibilidade. O Chelsea e os torcedores do clube terão de trabalhar em conjunto onde quer que seja a nova casa dos Blues, provavelmente com o envolvimento do conselho local.