Há um ditado no futebol que diz: “o melhor ataque é a defesa”. A Argentina, conhecida por ser um berço de grandes atacantes, não faz valer essa máxima nas Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo de 2018. Afinal, a Albiceleste encerrou a 16ª rodada do classificatório com o segundo pior ataque.

A seleção de Jorge Sampaoli – que também passou pelas mãos de Gerardo 'Tata' Martino e Edgardo Bauza nestas Eliminatórias – sofre para balançar as redes dos adversários. Nos últimos três jogos, os hermanos marcaram apenas um gol, no empate em 1 a 1 com a Venezuela, em Buenos Aires.

No total, os argentinos anotaram 16 tentos nas Eliminatórias Sul-Americanas, aproveitamento que só não é pior que o da Bolívia (14). Rival histórico da Argentina, o Brasil lidera o quesito bolas na rede, tendo marcado 22 gols a mais a Albiceleste.

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O que mais chama a atenção é a ineficiência de atacantes renomeados defendendo as cores da Argentina. Contra a Venezuela, por exemplo, Sampaoli mandou a campo uma equipe bem ofensiva, com Ángel Di María, Mauro Icardi e Paulo Dybala no ataque, além do craque Lionel Messi organizando o jogo por trás.

Icardi (Internazionale), Dybala (Juventus) e Messi (Barcelona) marcaram, juntos, sete gols na última rodada das ligas europeias antes de se apresentarem à seleção nacional. O desempenho exibido nos clubes, contudo, não se repetiu diante de Uruguai (0 a 0) e Venezuela (1 a 1).

Dybala ainda não marcou pela seleção (Foto: Gabriel Rossi/Getty Images)
Dybala segue à procura do gol (Foto: Gabriel Rossi/Getty Images)

Dos três atacantes, apenas Icardi foi às redes. Dybala, um dos destaques da Juve, contabiliza nove jogos pela Argentina e nem um gol. Capitão e líder do grupo, Messi tentou de todas as formas nos dois duelos, mas não conseguiu balançar o barbante dos oponentes. Desta vez, nem a ‘Messidependência’ funcionou.

Deixamos passar uma oportunidade muito grande. Isso é futebol e há a possibilidade de acontecer. Tenho que analisar o que ocorreu nestes dois jogos para poder melhorar nos próximos, já que são importantes”, disse Sampaoli, nessa terça-feira, após o empate em casa com a Venezuela. 

Se quiser avançar à Copa da Rússia sem precisar passar pela repescagem, a Argentina necessita melhorar seu rendimento. A próxima oportunidade será no dia 5 de outubro, quando o time receberá a seleção do Peru, ainda sem local definido, pela penúltima rodada do classificatório, em um “jogo de seis pontos”.

Defesa sólida

Se, por um lado, a Argentina decepciona no ataque, a defesa azul e branca tem sofrido poucos gols nas Eliminatórias Sul-Americanas. Os argentinos estão atrás apenas do Brasil na condição de melhor defesa: os brasileiros foram vazados 11 vezes; os hermanos, 15.

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