Independente da situação, sempre é bom conhecer o adversário. E é isso que hoje faz o Grêmio e o técnico Renato Portaluppi: estudar. Embora soe irônico devido às declarações do treinador, é a missão adotada por ele e pela comissão neste momento.

E para conhecer bem o adversário, é necessário assistir e observar suas partidas naquela competição, naquele contexto, nos mata-matas e com a pressão alta.

Para analisar mais a fundo o time do Lanús, finalista da Copa Libertadores, a VAVEL Brasil coletou dados que podem ajudar o Tricolor na busca pela terceira taça da América. Confira: 

Lanús e suas finalizações no canto

Para começar a analisar a imagem, de cara algo já chama atenção: dos 19 gols marcados pelo time argentino na competição, 10 foram na esquerda do gol, sendo oito desses rasteiros. Marcelo Grohe vai precisar redobrar o cuidado e estar pronto para enfrentar esse tipo de jogo.

O Lanús é um time que troca muitos passes e baseia nisso a sua principal fonte de gols e jogadas de criação. Bola no chão e poucos lançamentos, assim como joga o Grêmio. Acosta, Martinez e Pasquini são jogadores que merecem atenção especial da defesa gremista, pois tocam a bola e adentram a área com facilidade. Assim marcaram 11 dos 19 gols na competição.

Letal no segundo tempo

O time do técnico Jorge Almirón costuma jogar de maneira ofensiva mais no segundo tempo, onde marcou 13 gols, contra apenas 6 da primeira etapa, mostando que é um time com bom preparo físico e pode correr até o final, levando perigo. O centroavante Sand merece atenção especial, pois foi quem mais participou de gols da equipe: 9 vezes ele esteve lá para colocar a bola para dentro ou conceder uma assistência.

Lanús permite que adversários larguem na frente

Mostrando-se completamente satisfeito com empates, o Granate não força o jogo na primeira etapa a não ser que precise com urgência do resultado. Para o primeiro jogo, na Arena do Grêmio, a equipe poderá apresentar uma retranca e não muita vontade de marcar o gol. Essa falsa falta de objetividade pode ser mortal para o Tricolor, que hipotéticamente viria a sofrer com contra-golpes.

Seguro, o goleiro Monetti não sofreu nenhum gol de fora da área na Libertadores. Sorte do Grêmio, que também não é um time que arrisca muito. O calcanhar de Aquiles do time argentino é a bola aérea. Certamente isso será estudado pela comissão técnica do Tricolor, mas não é uma característica que seja do agrado do time de Renato.

Monetti não é especialista em saída do gol

A imagem acima mostra claramente que o goleiro do Lanús acabou levando seis dos 11 gols que sofreu com a bola entrando no meio do gol. Mas não é falta de categoria ou reflexo, e sim de qualidade na saída do gol. Quando aos pés dos atacantes ou tendo que sair para interceptar cruzamentos, Monetti falha e deixa espaços para os atacantes. Essa é mais uma das maneiras que podem ajudar o Grêmio a sagrar-se tricampeão da América.

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