O Arsenal foi um dos principais focos da janela de transferências de inverno na Inglaterra. Uma das grandes transações do período foi a ida do atacante chileno Alexis Sánchez do time de Londres para o Manchester United em uma negociação sem custos – para levar Sánchez, o United cedeu o meia armênio Henrikh Mkhitaryan ao rival. Sánchez estava claramente insatisfeito, recebeu propostas do Manchester City na janela de inverno (recusadas pelo Arsenal) e precisou ser vendido agora pelo fato de seu contrato expirar ao fim desta temporada. Caso o Arsenal deixasse-o sair no encerramento do vínculo, a transação seria gratuita, sem ganhos.

Além dela, outra grande contratação foi a de Pierre-Emerick Aubameyang. O atacante gabonês foi contratado por £56 milhões do Borussia Dortmund. O time alemão, porém, só liberou o jogador ao garantir uma reposição, contratando o belga Michy Batshuayi do Chelsea. E os Blues só liberaram seu atacante reserva se também garantissem um substituto, contratando o francês Olivier Giroud do próprio Arsenal. Agora, Alexis e Giroud encabeçam uma lista que traz dores de cabeça para o torcedor dos Gunners.

Giroud também deixou o Arsenal, indo para o Chelsea (Foto: Divulgação/Chelsea FC)
Giroud também deixou o Arsenal, indo para o Chelsea (Foto: Divulgação/Chelsea FC)

Desde que o Arsenal entrou na “era Emirates”, com a inauguração do Emirates Stadium na temporada 2006/07, já perdeu 12 jogadores – contando com os dois que deixaram o time na janela de janeiro – para um rival do atual big-six (Manchester City, Manchester United, Chelsea, Tottenham, Liverpool e o próprio Arsenal). Os problemas de comando com vários questionamentos ao trabalho de Arsène Wenger, no clube desde 1996, além da falta de gastos para contratar jogadores renomados e de grandes títulos, foram determinantes para que vários atletas tomassem outros rumos – em muitos casos, rumos vencedores.

Por isso, a VAVEL Brasil relembra abaixo a lista na ordem cronológica com os outros dez jogadores que, além de Sánchez e Giroud, trocaram o Arsenal por outros times da parte de cima da tabela na Premier League. Cada história teve suas peculiaridades e razões, mas todas terminaram da mesma forma: os torcedores do Arsenal tiveram que se acostumar a ver jogadores outrora importantes vestindo camisas rivais.

Ashley Cole, do Arsenal para o Chelsea em 2006/07

O lateral-esquerdo (dir.) era uma das grandes peças do Arsenal (Foto: Mike Egerton – Empics/PA Images via Getty Images)
O lateral-esquerdo (dir.) era uma das grandes peças do Arsenal (Foto: Mike Egerton – Empics/PA Images via Getty Images)

Ashley Cole era torcedor do Arsenal na infância. Surgiu na base do clube e, em 1999, estreou no profissional. Fez 228 jogos e ganhou duas vezes a Premier League (sendo uma das peças do “Invincibles”, time que venceu de forma invicta a PL 2003/04), além de três FA Cups e duas Supercopas Inglesas. Porém, logo após perder a final da Champions League em 2006 para o Barcelona, toda a sua moral com a torcida acabou.

Tudo começou em junho de 2005. Cole foi multado em £100.000 pela Premier League (valor depois reduzido para £75.000) por uma reunião com seu agente, além do diretor-executivo do Chelsea e de José Mourinho, então técnico dos Blues. O encontro discutia uma provável negociação que levaria o lateral-esquerdo para o Stamford Bridge. Um mês depois, ele assinou uma renovação de um ano com o Arsenal. E ao final do período, veio o estopim.

O Arsenal ofereceu uma renovação de contrato com um salário de £55.000 semanais. Revoltadíssimo, Cole ignorou o seu clube e aceitou uma proposta de £90.000 semanais para ir jogar no Chelsea. O Arsenal perdeu uma de suas principais peças, recebendo em troca £5 milhões e o zagueiro William Gallas.

A torcida Gunner jamais aceitou o episódio. Cole até hoje é odiado por boa parte dos fãs do Arsenal, que o apelidaram de “Cashley” Cole (uma referência a “cash”, expressão para dinheiro em inglês) e o receberam de forma hostil até sua saída do Chelsea para a Roma, em 2014. No primeiro confronto entre os rivais londrinos após o episódio, em dezembro de 2006, torcedores levaram notas de £20 com o rosto de Ashley Cole ao Stamford Bridge para protestar.

Torcedores do Arsenal atiraram notas de £20 como protesto contra Ashley Cole em dezembro de 2006 (Foto: Rebecca Naden/PA Images via Getty Images)
Torcedores do Arsenal atiraram notas de £20 como protesto contra Cole em dezembro de 2006 (Foto: Rebecca Naden/PA Images via Getty Images)

Cole não deixou barato e sempre expressou sua raiva com o ex-clube. O lateral afirmou tempos depois que o Arsenal o usou como bode expiatório no problema causado pela reunião para que o Chelsea fosse multado (os Blues receberam uma multa de £300.000). Em entrevista em 2017, o inglês afirmou que não se arrepende de tudo e ainda foi enfático: “Para ser honesto, eu dou risada do que aconteceu com o Arsenal. Eu tive uma grande história lá e até acho que saí de uma forma desagradável, mas eles também tiveram muita falta de respeito comigo”. Isso sem contar várias outras alfinetadas na imprensa via redes sociais.

Enquanto o Arsenal só ganhou três FA Cups e três Supercopas desde então, Cole obteve um grande sucesso. Ele venceu uma Premier League, quatro FA Cups, uma Copa da Liga, uma Supercopa, uma Champions League e uma Europa League pelo Chelsea.

Emmanuel Adebayor, do Arsenal para o Manchester City em 2007/08

Em 2007/08, o togolês foi vice-artilheiro da PL (Foto: Rebecca Naden/PA Images via Getty Images)
Em 2007/08, o togolês foi vice-artilheiro da PL (Foto: Rebecca Naden/PA Images via Getty Images)

Contratado junto ao Monaco em 2006, Emmanuel Adebayor teve 104 jogos e 46 gols pelo Arsenal. O atacante togolês chegou a ser o artilheiro do time em 2007/08, na Premier League (24 gols, também sendo vice-artilheiro da competição ao lado de Fernando Torres, do Liverpool) e na temporada (30). Ao final da temporada 2009/10, contudo, ele deixou os Gunners e foi para o Manchester City por £25 milhões.

Mas foi depois que a relação estremeceu. Em setembro de 2009, no primeiro confronto contra o ex-clube, Adebayor anotou um dos gols na vitória do City por 4 a 2. Na comemoração, ele fez questão de cruzar todo o campo e comemorar o gol na frente dos torcedores do Arsenal que viajaram até Manchester. Além disso, Robin van Persie, atacante do time londrino na época, acusou seu ex-companheiro de dar-lhe um chute no rosto propositalmente (Alex Song e Cesc Fàbregas também afirmaram sofrer tentativas de agressões). Adebayor pediu desculpas pela comemoração e recebeu três jogos de suspensão pelo chute, mas nada adiantou. O ódio em Londres estava plantado.

A polêmica comemoração de Adebayor para a torcida do Arsenal, já pelo Manchester City (Foto: Andrew Yates/AFP)
A polêmica comemoração de Adebayor para a torcida do Arsenal, já pelo Manchester City (Foto: Andrew Yates/AFP)

E não foi só isso. Depois de um ano emprestado para o Real Madrid, Adebayor deixou o City e foi para o Tottenham, justamente o maior rival do Arsenal. No primeiro North London Derby pelo Spurs no Emirates Stadium, em fevereiro de 2012, ele recebeu muitos protestos da torcida Gunner e por um instante os calou, fazendo um gol que deu uma vantagem de 2 a 0 ao Tottenham. Porém, o Arsenal virou de forma categórica e venceu por 5 a 2. Meses depois, outro North London Derby e um desfecho cruel para o atacante: ele fez o primeiro gol do jogo, mas foi expulso ainda no primeiro tempo e viu o Arsenal ganhar novamente por 5 a 2.

Recentemente, em entrevista ao Daily Mirror, Adebayor explicou que seu ódio pelo Arsenal veio graças a uma atitude de Arsène Wenger em sua transferência para o City. “Encontrei com Wenger em seu escritório quando ele me disse que eu deveria sair, pois não via futuro para mim no Arsenal. Eu disse a ele do meu desejo de ficar, mas a resposta que recebi foi: 'não iremos fazer força para segurá-lo, ou você vai ou irá ficar aqui sem disputar partidas’. Não tive opção a não ser ir para o City, ida a qual estava muito feliz em realizar. No dia seguinte que me juntei ao City, vi Wenger em uma coletiva em Londres dizendo que eu queria ir embora pois o dinheiro era muito grande. Desde então, foi quando o meu ódio pelo Arsenal nasceu”, disse o togolês.

Kolo Touré, do Arsenal para o Manchester City em 2009/10

Touré foi zagueiro titular do Invincibles do Arsenal (Foto: Tony Marshall – Empics/PA Images via Getty Images)
Touré foi zagueiro titular do Invincibles do Arsenal (Foto: Tony Marshall – Empics/PA Images via Getty Images)

Após começar a carreira no ASEC Mimosas, da Costa do Marfim, em 1999, Kolo Touré foi para o Arsenal em 2002. O zagueiro marfinense teve uma grande história no clube, fazendo 225 jogos e, ao lado de Sol Campbell, formando a dupla de zaga titular dos “Invincibles” em 2003/04.

Diferentemente dos dois casos anteriores, porém, não houve grande polêmica em sua saída. Após problemas internos e discussões com o companheiro de zaga William Gallas, ele pediu ao então presidente do Arsenal, Peter Hill-Wood, que fosse negociado em janeiro de 2009. O cartola negou a saída no meio da temporada, mas a pedido do zagueiro, prometeu que o deixaria ir ao final de 2008/09. Cinco meses depois, a palavra do presidente foi cumprida, e Touré transferiu-se junto com Adebayor para o Manchester City por £14 milhões.

Touré passou quatro temporadas no City após deixar os Gunners (Foto: Alex Grimm/Bongarts via Getty Images)
O marfinense passou quatro temporadas no City após deixar os Gunners (Foto: Alex Grimm/Bongarts via Getty Images)

Em 2013, depois de 82 jogos pelo City, Touré ainda foi para outro time do big-six, o Liverpool. Foram 46 jogos pelos Reds em três temporadas. Sem deixar grandes saudades, ele rumou ao Celtic, da Escócia, onde jogou por uma temporada até se aposentar.

William Gallas, do Arsenal para o Tottenham em 2010/11

Gallas ficou conhecido por ser o zagueiro da camisa 10 no Arsenal (Foto: Nick Potts – Empics/PA Images via Getty Images)
Gallas ficou conhecido por ser o zagueiro da camisa 10 no Arsenal (Foto: Nick Potts – Empics/PA Images via Getty Images)

William Gallas chegou ao futebol inglês em 2001. Contratado pelo Chelsea junto ao Olympique de Marseille, logo se destacou como um dos principais defensores do time. Mas a relação ficou conturbada com os Blues alguns anos depois.

Em 2005, após uma séria lesão do lateral-esquerdo Wayne Bridge, Gallas foi obrigado a jogar na posição que não era a sua de origem, mesmo após a chegada do lateral Asier del Horno do Atlhetic Bilbao. A situação não o deixou nada satisfeito. Passou-se o tempo e, pouco antes do começo da temporada 2006/07 (que seria a última do seu contrato), o francês pediu para ser transferido. Ele expressou publicamente seu desejo de jogar na Itália, e Juventus e Milan mostraram interesse, mas o Chelsea recusou as investidas. Por isso, logo depois da Copa do Mundo de 2006, o vice-campeão mundial pela França recusou-se a aparecer na foto dos defensores do Chelsea para a temporada 2006/07.

Os Blues não tiveram escolha, e Gallas foi utilizado como moeda de troca para um rival. A já citada transferência de Ashley Cole ao Chelsea levou o zagueiro para o Arsenal. Na época, o Chelsea chegou a divulgar uma nota revelando que o defensor pretendia fazer gols contra propositalmente se fosse escalado para jogar pelo ex-time no começo da temporada. Ele obviamente negou tudo, criticou duramente o Chelsea e foi jogar no Emirates Stadium.

Logo ele ficou lembrado por um fato inusitado: o zagueiro jogou com a camisa 10. Segundo o técnico dos Gunners, Arsène Wenger, isso aconteceu porque ele não queria nenhum atacante usando a 10 e tendo que suportar a pressão de ser comparado com Dennis Bergkamp (o holandês usou a 10 por quase uma década, foi um dos maiores jogadores da história do Arsenal e tinha acabado de se aposentar).

Gallas foi capitão do time por duas temporadas, mas uma polêmica tirou-lhe o posto. Em novembro de 2008, ele afirmou em entrevista que algumas tensões no vestiário abalaram a moral do elenco, e que os jovens do time precisavam ser mais corajosos. Ele foi barrado da equipe por um jogo, multado com duas semanas de salário e perdeu a braçadeira.

O francês trocou o Arsenal pelo Tottenham (Foto: Matthew Ashton/Corbis via Getty Images)
O francês trocou o Arsenal pelo Tottenham (Foto: Matthew Ashton/Corbis via Getty Images)

Desde então, segundo a imprensa inglesa, a relação entre ele e Wenger nunca foi das melhores. Esse foi um dos motivos para que, ao final da temporada 2009/10, Gallas não tivesse seu contrato renovado. E na temporada seguinte ele deixou os Gunners e foi justamente para o maior rival, Tottenham – jogou no White Hart Lane por três temporadas até transferir-se para o futebol australiano, em 2013.

Gaël Clichy, do Arsenal para o Manchester City em 2011/12

Clichy foi o substituto de Ashley Cole na lateral-esquerda do Arsenal (Foto: Clive Mason/Getty Images)
Clichy foi o substituto de Ashley Cole na lateral-esquerda do Arsenal (Foto: Clive Mason/Getty Images)

Depois de uma temporada no Cannes, Gaël Clichy saiu de sua terra natal e acertou com o Arsenal, em 2003. Lateral-esquerdo reserva na conquista invicta da Premier League em 2003/04, o francês fez 57 partidas pelo clube até 2006. Mas com a saída de Ashley Cole ao fim da temporada 2005/06, Arsène Wenger decidiu não gastar e promoveu Clichy ao posto de lateral-esquerdo titular na temporada seguinte.

Logo ele se estabeleceu na posição e tornou-se um jogador importante nos Gunners. Sua melhor temporada foi, sem dúvida alguma, em 2007/08. Clichy jogou todos os 38 jogos da Premier League, foi eleito pela Associação de Jogadores Profissionais (PFA) da Inglaterra como melhor lateral-esquerdo da liga, e pela torcida do Arsenal como segundo melhor do time na época.

O lateral ganhou duas Premier Leagues em Manchester (Foto: Laurence Griffiths/Getty Images)
O lateral ganhou duas Premier Leagues em Manchester (Foto: Laurence Griffiths/Getty Images)

Porém, após algumas lesões, Clichy até voltou a jogar bem, mas jamais foi o mesmo. Sem polêmicas ou problemas internos, o francês recebeu uma proposta do Manchester City para a temporada 2011/12. O Arsenal levou aproximadamente £7 milhões, e assim o lateral migrou para o Etihad Stadium, onde jogou seis temporadas, fez mais de 200 jogos e foi bicampeão da Premier League. Mal Arsène Wenger sabia que essa seria apenas a primeira de um conjunto de saídas importantes ao Arsenal em sequência.

Samir Nasri, do Arsenal para o Manchester City em 2011/12

Nasri era um dos principais jogadores do Arsenal (Foto: Michael Regan/Getty Images)
Nasri era um dos principais jogadores do Arsenal (Foto: Michael Regan/Getty Images)

Clichy não foi o único a trocar os Gunners pelos Citizens antes de 2011/12. Junto com ele, um dos principais jogadores da equipe se foi.

Samir Nasri assinou com o Arsenal em 2008, onde jogou por três temporadas, fez 124 jogos e 27 gols. Apesar de em determinado momento não ter repetido com frequência as grandes atuações que teve no Olympique de Marseille (antes de ir à Inglaterra), era uma das principais peças do meio-campo de Arsène Wenger e foi titular absoluto por muito tempo. Ele chegou a estar no time do ano da Premier League em 2010/11, sendo o principal jogador da equipe, e ganhou moral com a torcida. Porém, perto do fim de seu contrato, Nasri foi outro a deixar o Emirates Stadium.

Nasri também foi bicampeão da PL no City (Foto: Paul Ellis/AFP via Getty Images)
Nasri também foi bicampeão da PL no City (Foto: Paul Ellis/AFP)

O Arsenal não conseguiu segurar o jogador após uma proposta de £25 milhões, e Nasri seguiu em 2011 para quatro temporadas e duas Premier Leagues conquistadas pelo Manchester City.

Cesc Fàbregas, do Arsenal para o Barcelona em 2011/12 e para o Chelsea em 2014/15

Fàbregas era um dos grandes ídolos do Arsenal no começo da década (Foto: Shaun Botterill/Getty Images)
Fàbregas era um dos grandes ídolos do Arsenal no começo da década (Foto: Shaun Botterill/Getty Images)

A janela antes da temporada 2011/12 foi realmente desastrosa para o Arsenal. Contratado ainda nas categorias de base em 2003, Cesc Fàbregas subiu ao profissional pelo clube para a temporada 2003/04 e fez parte do elenco dos Invincibles. Desde então, foram 303 jogos, 57 gols e uma idolatria enorme no time londrino. O espanhol marcou época nos Gunners com a camisa 4, foi capitão em algumas temporadas e era amado pela torcida. Em 2011, ele chegou a dizer que caso saísse do Arsenal, jamais iria para outro clube inglês.

Após várias incertezas e tentativas, o Barcelona, que sempre mostrou desejo em repatriá-lo, o contratou por €34 milhões. Foi uma longa negociação que tomou conta do noticiário inglês, onde o Arsenal recusou várias propostas dos catalães até ceder e deixar Fàbregas voltar ao seu clube do coração. A torcida Gunner compreendeu a decisão e agradeceu bastante ao espanhol pelas grandes atuações e dias de glória. O problema veio anos depois.

Depois de três temporadas e várias conquistas na Catalunha, Fàbregas voltou ao futebol inglês para jogar no... Chelsea. A confirmação da notícia chocou os fãs do Arsenal, que não aceitaram o fato e logo esqueceram todo o amor pelo meia. Na primeira atuação contra seu ex-clube no Emirates Stadium pelos Blues, em 2014, Fàbregas foi vaiado por boa parte da torcida no estádio. Ele está até hoje em Stamford Bridge e ganhou duas Premier Leagues e uma Copa da Liga Inglesa.

Foi no Chelsea que Fàbrgas tornou-se campeão da Premier League (Foto: Mike Hewitt/Getty Images)
Foi no Chelsea que Fàbregas tornou-se campeão da Premier League (Foto: Mike Hewitt/Getty Images)

Curiosamente, com o tempo vieram as notícias de que o Arsenal tinha a prioridade de compra de Fàbregas junto ao Barcelona, mas Arsène Wenger não aprovou a transação, o que diminuiu a mágoa de parte da torcida do seu ex-clube. O espanhol falou para a Sky Sports, em setembro de 2017, sobre sua transferência e confirmou: “Quando eu tomei a decisão de deixar o Barcelona, o Arsenal tinha a primeira opção e o Barcelona era obrigado a contactar o Arsenal primeiramente. Eles basicamente tiveram uma semana para responderem se ativariam ou não a cláusula de compra. O tempo passou, o Arsenal nunca respondeu, nunca me contactou, então eu entendi como se eles tivessem jogadores suficientes no elenco e fui para o Chelsea”.

Robin Van Persie, do Arsenal para o Manchester United em 2012/13

Van Persie foi o grande artilheiro do Arsenal no começo da década (Foto: Clive Mason/Getty Images)
Van Persie foi o grande artilheiro do Arsenal no começo da década (Foto: Clive Mason/Getty Images)

Essa ainda dói profundamente no coração dos torcedores do Arsenal. Robin Van Persie foi contratado pelo Arsenal em 2004 e no começo teve poucas chances, sendo sombra de Thierry Henry. Foi a partir da temporada 2006/07 que o holandês se destacou mais, tornando-se gradativamente o grande atacante do time, mesmo sem conquistar nenhum título expressivo. Em 2012, ele foi o capitão do Arsenal e o artilheiro da Premier League, com incríveis 30 gols em 38 jogos. Mas a idolatria enorme que conquistou no Emirates Stadium veio por água abaixo logo depois.

Ao final da temporada 2011/12, Van Persie anunciou que não renovaria seu contrato com os Gunners. Pouco mais de um mês depois, após muita especulação, veio a notícia: em 15 de agosto de 2012, exatamente um ano após a já citada saída de Fàbregas para o Barcelona, foi confirmado que o camisa 11 estava se transferindo para o Manchester United por £23 milhões. O holandês justificou o fato afirmando que em alguns pontos suas visões não combinavam com as da diretoria (a gestão do Arsenal era extremamente criticada por gastar pouco no time e pela falta de ambição que gerou uma seca de nove anos sem taças).

Na última temporada de Sir Alex Ferguson no United, Van Persie venceu a PL (Foto: Tom Jenkins/Getty Images)
Na última temporada de Sir Alex Ferguson no United, Van Persie venceu a PL (Foto: Tom Jenkins/Getty Images)

Van Persie chegou a afirmar, na época do Arsenal, que não deixaria Londres para jogar em outro clube inglês. A transferência para o United, então, ganhou ares de drama para os torcedores do seu ex-time, que queimaram camisas do então ídolo e o vaiaram bastante em seu retorno ao Emirates Stadium (curiosamente, Van Persie marcou naquele empate por 1 a 1). Desde então, ele foi novamente artilheiro da Premier League e finalmente a venceu pelo Manchester United em 2012/13 e passou mais duas temporadas nos Red Devils antes de ir ao Fenerbahçe, da Turquia. Em janeiro de 2018, voltou à sua terra natal e transferiu-se para o Feyenoord.

Bacary Sagna, do Arsenal para o Manchester City em 2014/15

Sagna jogou por sete anos no Arsenal (Foto: Boris Streubel/Getty Images)
Sagna jogou por sete anos no Arsenal (Foto: Boris Streubel/Getty Images)

Bacary Sagna surgiu no futebol jogando pelo Auxerre, da França, em 2004. Entretanto, foi em 2007 que o francês ganhou destaque, transferindo-se para o Arsenal. O time de Arsène Wenger precisava de alguém para substituir definitivamente Lauren, lateral-direito titular dos "Invincibles", e encontrou em Sagna um potencial titular.

Ele logo se estabeleceu no time e, mesmo alternando momentos seguintes entre titularidade e banco de reservas, teve bons momentos em Londres (inclusive em alguns momentos como zagueiro) e fez 213 partidas pelos Gunners. Em 2014, porém, após conquistar a FA Cup que viria a ser seu último título pelo Arsenal, Sagna rejeitou uma renovação de mais dois anos e decidiu deixar o clube.

O francês venceu uma Copa da Liga no Manchester City (Foto: Stu Forster/Getty Images)
O francês venceu uma Copa da Liga no Manchester City (Foto: Stu Forster/Getty Images)

O francês saiu extremamente agradecido ao ex-clube e agraciado pelos fãs por todos os anos de serviços. E assim como alguns outros que deixaram o Arsenal na década, ele foi contratado pelo Manchester City, onde jogou três temporadas e venceu uma Copa da Liga Inglesa. No último sábado (3), ele assinou contrato até o fim da atual temporada com o Benevento, laterna da Serie A italiana.

Alex Oxlade-Chamberlain, do Arsenal para o Liverpool em 2017/18

Chamberlain chegou ao Arsenal com apenas 18 anos (Foto: Mike Hewitt/Getty Images)
Chamberlain chegou ao Arsenal com apenas 18 anos e saiu aos 24 (Foto: Mike Hewitt/Getty Images)

O último a figurar na lista se transferiu justamente no começo da atual temporada. Alex-Oxlade Chamberlain foi revelado no Southampton, mas após uma temporada foi contratado pelo Arsenal em 2011. Com apenas 18 anos na época, o meia inglês alternou altos e baixos, e nunca conseguiu se estabelecer como unanimidade em Londres.

Ainda assim, ele criou uma identificação com o time pelo qual fez 132 jogos e marcou nove gols. Em agosto de 2017, no entanto, já após o começo da temporada 2017/18, Chamberlain deixou o Arsenal e assinou com o Liverpool por £35 milhões – curiosamente, seu último jogo pelos Gunners foi uma goleada de 4 a 0 sofrida para o próprio Liverpool.

Desde que chegou ao Anfield Road, Chamberlain ainda tenta se estabelecer no time titular de Jürgen Klopp. O inglês melhorou seu desempenho e até agora fez nove jogos na temporada 2017/18, marcando três gols. Em comparação, nos sete anos que esteve entre Southampton e Arsenal, o meia marcou apenas 18 tentos.

Ox-Chamberlain tem feito bons jogos pelo Liverpool (Foto: John Powell/Liverpool FC via Getty Images)
Ox-Chamberlain tem feito bons jogos pelo Liverpool (Foto: John Powell/Liverpool FC via Getty Images)