A “novela” que se tornou a renovação de Gianluigi Donnarumma com Milan segue ganhando novos capítulos. No sábado (1º), horas antes da partida dos rossoneros contra o Benevento, o goleiro de 22 anos se encontrou com ultras, “a torcida organizada europeia”, que estiveram no centro de treinamento da equipe. Segundo os jornais italianos, os torcedores teriam exigido que ele não jogue contra a Juventus no domingo (9) se não tiver o interesse de permanecer na equipe para a próxima temporada.

O salário seria a principal divergência nas conversas entre o agente do jogador, Mino Raiola, e os dirigentes do Milan de acordo com o La Gazzetta dello Sport. O salário anual proposto pelos Diavolos seria de 8 milhões de euros, mas o empresário teria informado aos rossoneri que tem propostas de 10 milhões de euros de times interessados em contratar o jogador de graça, e uma dessas propostas seria da própria Juve. O contrato do goleiro da seleção italiana com o Milan terminará em menos de dois meses, quando se encerra a temporada atual.

Os torcedores teriam dito a Donnarumma que ele poderia se tornar o “Totti do Milan” caso permanecesse ainda de acordo com o La Gazzetta. Já o Corriere della Sera noticiou que o jovem deixou o encontro em lágrimas.

O arqueiro gostaria de disputar a próxima Uefa Champions League, competição que nunca disputou em suas seis temporadas nos rossoneri – a última participação do Milan foi em 2013/14. O clube aposta no retorno ao principal torneio de clubes do mundo para convencer o jogador a permanecer.

Em entrevista à Ansa, principal agência de notícias da Itália, o diretor técnico Paolo Maldini disse que todas as negociações de extensão de contrato estão suspensas até o fim do Campeonato Italiano para que os jogadores possam se concentrar nos jogos. O ídolo do time milanês ainda afirmou que quem decide quem joga ou não é o técnico, assim como quem discute as renovações é a diretoria.