Neste sábado (19), Portugal e Alemanha mediram forças na Allianz Arena, em Munique/ALE, pela segunda rodada do Grupo F da Uefa Euro 2020. Em meio a tanta expectativa pela qualidade técnica dos dois elencos, o nível da partida foi diferenciado. Em uma partida excelente para acompanhar, com muitas táticas, ótimos desempenhos e gols, vitória alemã por 4 a 2. Rúben Dias (contra), Raphaël Guerreiro (contra), Havertz e Gosens marcaram os gols germânicos, enquanto Cristiano Ronaldo e Diogo Jota descontaram aos lusitanos.

Os alemães iniciaram a partida imprimindo muita intensidade, com uma marcação alta, e mantendo a posse de bola. Posicionada no 2-3-5 em organização ofensiva, pudemos ver os laterais, Kimmich e Gosens se juntando com os atacantes, enquanto que o meio era formado pelo zagueiro Ginter, e os meio campistas, Gündoğan, e Kroos, deixando Hummels e Rudiger sustentando a defesa.

Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde
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Essa subida dos laterais, acontecia justamente pelo posicionamento inicial da equipe, que foi a campo no 3-4-3, possibilitando um ataque intenso pelos lados, aproveitando a qualidade de seus dois pontas no ataque, Gnabry e Thomas Müller.

Por outro lado, Portugal se postava em organização defensiva, no 4-4-2, mantendo Cristiano Ronaldo e Diogo Jota mais à frente para dar o primeiro combate. Por alguns momentos, pudemos ver uma linha de cinco na frente da grande área, mas isso acontecia eventualmente, quando suas linhas defensivas baixavam muito e era necessário criar apoios de defesa.

Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde
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Este foi o grande erro da seleção de Portugal. Além dos laterais alemães que apoiavam muito, víamos o zagueiro Ginter ganhar terreno pelo lado direito e revezar com Kimmich os ataques pelo corredor de fora ou por dentro. Movimento por dentro foi mais utilizado pelo lateral, pois é acostumado a trabalhar como meio-campista no Bayern.

Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde
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Alemães tem desatenção na defesa

O ímpeto, da Alemanha era tanto que relaxaram na transição defensiva. Em um escanteio, Cristiano Ronaldo afastou a bola de cabeça na sua área e a bola sobrou para Bernardo Silva. O mesmo Cristiano Ronaldo deu um sprint de, no mínimo, 70 metros até chegar na área adversária, receber a assistência de Diogo Jota e abrir o placar. Sua corrida propiciou criar igualdade numérica no momento do ataque, tendo mais opções para se sobressair contra a defesa.

Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde
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Mas os alemães começam a sua reação quando mudam de lado no ataque e concentram suas ações no lado esquerdo. Isso ocorreu por causa da fraca marcação de Nélson Semedo, lateral-direito dos lusitanos, que deixava muitos espaços nas suas costas.

Semedo sofre com as subidas de Gosens

A movimentação de Semedo sempre era de fechar a defesa no meio, mas Gosens mantinha-se firme e dava o máximo de amplitude possível na linha de cinco atacantes. Assim aconteceu o primeiro gol dos alemães, em uma virada de bola de Kimmich para a chegada de Gosens, que cruzou de primeira e Rúben Dias rebateu contra o seu próprio gol.

Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde
Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde

Os três primeiros gols da Alemanha saíram desta forma, ataque pela esquerda, usando o espaço nas costas de Semedo para a subida de Gosens, cruzar ou finalizar ao gol. No quarto gol, mais uma vez, o lateral esquerdo alemão utilizado este corredor vazio para apoiar, mas desta vez, para marcar o último gol alemão na partida.

Diogo Jota ainda conseguiu diminuir o placar para 2x4, mas Portugal não tinha mais forças de reação, apesar da Alemanha diminuir o ritmo, após as substituições.

Um resultado ótimo para a Alemanha, que enfrenta a Hungria, na última rodada, e precisa somente de um empate, para se classificar a próxima faze em segundo lugar, caso a Portugal, apenas empate com a França. Já, Portugal, precisa vencer a França, para ficar em primeiro, ou segundo lugar no grupo, e não depender de outros resultados, para se classificar com um dos melhores terceiros lugares.