A Uefa escolheu o lendário estádio de Wembley para sediar a final da Eurocopa 2020 e o dia 11 de julho de 2021 pode ficar registrado na história da Inglaterra como o maior título da história do futebol britânico depois da Copa do Mundo de 1966. Para isso é preciso fazer o que ninguém conseguiu desde setembro de 2018: ganhar da Itália. A partida neste domingo (11) começa às 16h (horário de Brasília).

Ingleses e italianos chegam com campanhas semelhantes (cinco vitórias e um empate). A expectativa é pela rivalidade de equipes com tradição no esporte e qualidade técnica que envolve os craques dos principais campeonatos europeus e cinco campeões da UEFA Champions League pelo Chelsea (Ben Chilwell, Reece James, Mason Mount, Emerson Palmieri e Jorginho).

Ambos viveram situações inéditas na semifinal - a equipe comandada por Gareth Southgate foi vazada pela primeira vez (gol de falta do dinamarquês Damsgaard) e a de Roberto Mancini perdeu os 100% de aproveitamento e avançou para disputar a taça depois de 1-1 no tempo normal e decisão por pênaltis.

O retrospecto deste confronto favorece a Itália, que venceu 10 vezes, empatou nove e sofreu oito derrotas. Foram 31 gols marcados e 33 sofridos. O encontro mais recente foi em junho de 2014, no Mundial do Brasil, e terminou 2-1 na Arena da Amazônia. Marchisio abriu o placar, Sturridge deixou tudo igual e Balotelli fechou a conta. Dos 26 jogadores que atuaram nesta partida, apenas cinco foram convocados para a atual edição da Eurocopa - Henderson e Sterling de um lado, Chiellini, Immobile e Verratti de outro.

Sangue brasileiro na final

Assim como em 2014, a equipe italiana possui no elenco um jogador naturalizado. Thiago Motta é natural de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e atuou por cerca de 30 minutos em Manaus. Desta vez são três representantes - o zagueiro Rafael Tolói, o lateral-esquerdo Emerson Palmieri e o meio-campista Jorginho. A tendência é que os companheiros de Chelsea comecem jogando.

Emerson substitui Spinazzola, que operou o tendão de Aquiles após se lesionar contra a Bélgica. Já Jorginho é titular absoluto e inclusive converteu a última cobrança da marca penal nas semifinais.

Mesmo lesionado, o defensor da Roma fez questão de acompanhar seus compatriotas e deve assistir à finalíssima in loco. O time deve ser o mesmo que começou contra a Espanha.

Provável escalação da Itália: Donnarumma; Di Lorenzo, Bonucci, Chiellini e Emerson; Barella, Jorginho e Verratti; Chiesa, Immobile e Insigne.

Inglaterra com força máxima 

Vice-artilheiro do torneio, Harry Kane passou em branco na fase de grupos, mas deu a volta por cima e marcou na prorrogação o gol da classificação contra a Dinamarca. Se balançar a rede neste fim de semana, iguala o português Cristiano Ronaldo e o tcheco Patrik Schick.

Contestado por suas atuações no Everton, Pickford também manteve o foco para garantir a solidez do sistema defensivo e tem a chance de ser campeão como o goleiro menos vazado. As dúvidas que rondam o English Team se concentram mais do meio pra frente, principalmente em relação a Jack Grealish, Jadon Sancho e Phil Phoden.

Provável escalação da Inglaterra: Pickford; Walker, Stones, Maguire e Shaw; Phillips, Rice; Saka, Mount, Sterling; Kane.