Após um ano decepcionante e cercado de polêmicas, o Fluminense aparece mais uma vez integrando a primeira divisão do futebol brasileiro. Entretanto, no ano anterior, o então campeão brasileiro ignoraria todos os indícios da tragédia que estava por vir e encerraria sua trajetória na competição amargando a dor do rebaixamento. Porém, um erro regulamentar cometido por Portuguesa e Flamengo fizeram com que a tabela final do Brasileirão 2013 tivesse sua classificação alterada e o Tricolor das Laranjeiras permaneceria na elite.

O ano passou, mas o marasmo em Laranjeiras continua o mesmo. Os problemas permanecem e a renovação prometida pela direitoria tricolor não aconteceu, preocupando os torcedores que ainda sofrem com as marcas da edição anterior e esperam que 2014 tenha um desfecho diferente. Neste guia, a VAVEL Brasil comente em detalhes sobre como o Fluminense está se preparando para o Brasileirão.

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Memória

Título com sabor paraguaio. A melhor defesa vence o melhor ataque

O Rio de Janeiro estava em festa! Em uma paisagem diferente da atual, podiamos acompanhar a comoção carioca pelas ruas da cidade após dois clubes locais chegarem à decisão do Campeonato Brasileiro de 1984. Muito se deve também aos feitos grandiosos conquistados na fase semifinal da competição. O Vasco, liderado por Roberto Dinamite, eliminaria o Grêmio, então Campeão Mundial da época, com um sonoro 3 a 0 em São Januário, após ter perdido o jogo de ida. Já o Fluminense deu uma aula de futebol ao vencer o Corinthians, que muitos consideravam a equipe mais forte daquele ano, pelo placar de 2 a 0, no Morumbi. O empate sem gols na volta selou a decisão carioca no torneio mais importante do país.

O Vasco, de Edu Antunes Coimbra, detinha o melhor ataque da competição com Roberto Dinamite e Marquinho assustando os defensores alheios. Por outro lado, o adversário tratava-se do Fluminense de Carlos Alberto Parreira, que com uma linha defensiva formada por Paulo Vitor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Branco, fora a equipe que menos sofreu gols no decorrer da competição.

No primeiro confronto, a vitoria do Fluminense veio com sabor paraguaio. Após cruzamento de Assis, Romerito teve de finalizar duas vezes para marcar o único gol daquela decisão. Cerca de 128.721 estavam no Maracanã, no retorno, para acompanhar o 0 a 0 que rotulou o Tricolor das Laranjeiras como campeão brasileiro de 1984, o segundo título nacional conquistado pelo clube.

"Até hoje não consigo falar para as pessoas o que senti naquele momento, especialmente quando acabou o jogo e nós ganhamos. Mas a preparação tática do Parreira, a predisposição dos jogadores e a concentração dentro de campo fizeram que essa torcida maravilhosa gritasse e se sentisse vencedora daquele jogo. E foi como o Parreira falava, nós precisávamos de um gol e ganhando de 1 a 0 nós seríamos campeões. E fomos.", recordou Romerito, autor do gol do título brasileiro.

O título de 1984 marcou o bicampeonato nacional conquistado pelo clube naquele momento. Em 1970, o Fluminense já havia vencia vencia o torneio Roberto Gomes Pedrosa, popularmente conhecido como Robertão, que seria unificado pela CBF em 2010, junto à Taça Brasil e Taça de Prata. Porém, o ano de 2010 também reservaria a torcida tricolor a conquista do tricampeonato brasileiro, após bater o Guarani, por 1 a 0, no Engenhão. Em 2012, seria a vez do tetra, conquistado de maneira antecipada, contra o Palmeiras, após vencer por 3 a 2 na 35ª rodada. Além dos Campeonatos Brasileiros, o Tricolor das Laranjeiras também sagrou-se campeão da Copa do Brasil, em 2007.

Na última edição...

O Fluminense entrou no Campeonato Brasileiro de 2013 como atual campeão e recheado de estrelas em seu elenco. Nomes como Fred, Rafael Sóbis, Thiago Neves, Diego Cavalieri, Deco e muitos outros. O início da trajetória tricolor foi promissor, ainda com o elenco fechado em mãos. Mesmo sem o Maracanã, em fase final de reforma para a Copa do Mundo, e o Engenhão, interditado pelo governo do Rio de Janeiro, as vitórias e goleadas vieram. Antes da pausa para a Copa das Confederações, os comandados de Abel Braga, técnico naquela ocasião, ocupavam a quarta colocação e estavam a quatro pontos da liderança. O sonho do pentacampeonato brasileiro estava vivo.

Com o retorno, veio a queda de rendimento e os esfarelamento do grupo. Na nona rodada, o clube já ocupava a 17ª colocação e a luta contra o rebaixamento já iniciava-se. Thiago Neves e Wellington Nem, dois dois principais pilares do time, foram vendidos. Fred, o artilheiro e capitão, e Carllinhos, principal válvula de escapa para os contra-ataques, sofreram lesões graves. Deco anunciou sua aposentadoria e pouco foi feito pela diretoria tricolor para preencher os buracos deixados no elenco. Como solução, dezenas de atletas das categorias de base foram promovidos prococemente.

Fluminense: à esquerda, como começou; à direita, como terminou.

Com o esfarelamento do elenco, Rafael Sóbis tornou-se a referência tricolor

O que era ruim, tornou-se insustentável. Derrotas, vexames, e o atual campeão brasileiro lutava ferrenhamente contra o descenso. O ápice veio contra o Vitória, pela 31ª rodada, no Maracanã, onde o antes 'time de guerreiros' levou a virada em cinco minutos, após estar vencendo por 2 a 1 e ter um jogador a mais desde o início da primeira etapa. Rafael Sóbis, antes reserva, tornou-se ídolo da torcida por sua vontade dentro de campo, virou referência e destaque na equipe titular. Seus gols e assistências mantiveram o tricolor vivo até a última rodada, onde precisava vencer o Bahia, fora de casa, e torcer por tropeços de Coritiba e Vasco. O triunfo veio, mas os resultados não ajudaram. Antes mesmo do apito final na Fonte Nova, o Fluminense estava matematicamente rebaixado para a segunda divisão.

Entretanto, o Campeonato Brasileiro não foi encerrado após a 38ª rodada. Após denúncias da CBF, o STJD passou a investigar as possíveis escalações irregulares de André Santos, do Flamengo, e Héverton, da Portuguesa. Com o erro confirmado, o julgamento definiu que ambos os clubes seriam punidos com multa e a perda de quatro pontos na classificação final do Brasileirão, o que sentenciou o rebaixamento da Lusa, salvando o Fluminense.

Classificação final do Brasileirão 2013 PTS JGS
15º Fluminense 46 38
16º Flamengo 45 38
17º Portuguesa 44 38
18º Vasco da Gama 44 38
19º Ponte Preta 37 38
20º Náutico 27 38

O nome de 2013: Rafael Sóbis

Sem Fred, que sofreu uma grave contusão no meio do ano, sem Michael, suspenso por 16 meses pelo STJD por doping, e sem Samuel conseguir se firmar, coube a Rafael Sóbis preencher a lacuna deixada na referência ofensiva do Fluminense. A solução deu certo. Com mais mobilidade, e um chute poderoso, o camisa 23 caiu nas graças da torcida e ganhou o apelido de 'chuta-chuta', por ser o atacante com mais finalizações a gol no Campeonato Brasileiro. Decisivo na reta final, seus 10 gols na competição ganharam uma sobrevida ao tricolor carioca que lutava contra a zona do rebaixamento.

Rafael Sobis adquiriu o status de ídolo para a torcida do Fluminense após o ano de 2013, porém, o reconhecimento vem de muito tempo antes. Já em 2011, com a saída de Darío Conca para o futebol chinês, o camisa 23 ocupou a vaga de titular deixada na equipe e foi fundamental para a arrancada tricolor naquele ano, que terminou com a classificação para a Copa Libertadores da América. Em 2012, no ano do tetra-campeonato brasileiro conquistado pelo clube, foi inúmeras vezes improvisado no meio campo devido as rotineiras lesões do luso-brasileiro Deco, que o tiraram de combate por boa parte do campeonato. Com a chegada de Walter, o técnico Cristóvão Borges opta pelo revezamento dos atacantes na escalação titular, mas não é novidade que Sóbis tenha seu nome gritado pela torcida nas arquibancadas do Maracanã.

Sobis participou de 46,5% dos gols do Fluminense. (Foto: Divulgação/Fluminense)

O início da temporada

Decepção no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil. O Fluminense estreou no ano de 2014 com as mesmas falhas que encerrou a temporada anterior. Iniciando pelo Estadual, a derrota na estreia, por 3 a 2, para o Madureira, ditava o que estava por vir. Logo em seguida, o empate contra o Bonsucesso no Maracanã, por 1 a 1, em partida que marcou o reencontro de Darío Conca com seu torcedor, fez com que Renato Gaúcho desse a primeira bronca em seu elenco.

As derrotas para Vasco e Horizonte-CE selaram o pífio início de ano tricolor

O puxão de orelha deu resultado, à partir da 3ª rodada, o Fluminense embalou e deu sequência a sete partidas sem derrota, chegando a assumir a liderança do Campeonato durante um período e incluindo uma vitória exemplar no primeiro clássico do ano contra o Flamengo, onde Conca e Walter - este estrando naquela fatídica noite - fizeram chover no Maracanã na vitória por 3 a 0. Entretanto, a primeira derrocada veio de forma tão sonora quanto a maíscula vitória conquistada. Pela 10ª rodada, os tricolores deixaram o Maracanã incrédulos após serem derrotados pelos mesmos 3 a 0, porém, para a equipe reserva do Botafogo.

As últimas rodadas reservaram vitórias contra os pequenos e empates contra os adversários diretos na busca pela vaga na próxima fase. Os sofridos gols de Fred, no apagar das luzes contra a Cabofriense, pela 12ª rodada e contra o Vasco, pela 14ª rodada, classificaram o Fluminense com a segunda melhor campanha da primeira fase e tendo a vantagem de dois empates na semifinal. No meio do caminho, veio a estreia na Copa do Brasil aliado a primeira grande crise do clube no ano. O adversário era o Horizonte, eliminado na primeira fase do Campeonato Cearense e sem divisão no Brasileirão. O resultado? Derrota tricolor por 3 a 1 em uma partida onde a diferença de dois gols contra saiu barato após um show de bola da equipe horizontina.

O retorno ao Rio de Janeiro foi marcado por protestos e manifestações por parte da torcida tricolor. Em Laranjeiras, os muros que rodeiam a sede do Fluminense foram pixados com os dizeres 'time de segunda' e 'diretoria de terceira', membros de torcidas organizadas do colube tentaram invadir o vestiário para cobrar satisfação dos jogadores, faixas com a frase 'time sem vergonha' foram levadas ao treino na reapresentação do elenco e atletas como Jean, Bruno, Fred e Leandro Euzébio passaram a ser perseguidos e ironizados pelos torcedores, na manhã seguinte após o vexame.

A semifinal chegou como divisor de águas para o Fluminense. Em caso de vitória, o vexame contra o Horizonte seria jogado para debaixo do tapete. Porém, em caso de derrota, o clube seria eliminado do Campeonato Estadual. A vantagem do empate - conquistada por ter feito melhor campanha na primeira fase - fez com que o Renato Gaúcho apostasse em uma postura mais defensiva de sua equipe. No primeiro confronto, o empate por 1 a 1 seguiu os conformes impostos pelo técnico tricolor, que manteve o pé na final mesmo após os primeiros 90 minutos da decisão. O que Portaluppi não contava era com uma atuação apática de sua equipe na partida de volta. Derrotado por 1 a 0, o Fluminense pouco mostrou perigo ao gol defendido por Martin Silva e encerrou seu clico no Campeonato Carioca eliminado sob vaias.

Com a derrota, veio a demissão. Renato Gaúcho cedeu lugar no comando técnico tricolor à Cristóvão Borges, anunciado logo na madrugada pós-classico. O novo comandate estretou na fogueira, com a missão de classificar o Fluminense na partida mais importante do ano até ali. O adversário era o modesto Horizonte, pela Copa do Brasil, mas os cearenses tinham a vantagem de perder por até um gol de diferença. Vantagem essa que não serviu para muita coisa. A estreia de Cristóvão foi avassaladora, com sonoros 5 a 0 para delírio dos 30 mil tricolores presentes no Maracanã. Com vaga garantida na próxima fase, o clube volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, onde estreia contra o Figueirense, no próximo sábado (19), às 18h30, também no Maracanã.

Quem comanda: Cristóvão Borges

Cristóvão Borges foi confirmado como treinador do Fluminense apenas no dia 02 de Abril, momentos após a demissão de Renato Gaúcho, que deixou o clube após a eliminação da equipe nas semifinais do Campeonato Carioca. Vamos ao início da história. No fim de 2013, após o fim do Campeonato Brasileiro de 2013, ficou definido que Dorival Júnior, então comandante da ocasião, não permaneceria no cargo para o ano seguinte. O substituto foi escolhido após uma queda de braço entre Peter Siemsen, presidente do clube, que preferia Ney Franco, enquanto Celso Barros, presidente da principal patrocinadora, tinha preferência por Portaluppi. Após reuniões, o eterno camisa 7 fora anunciado, instalando um período de crise e racha entre os lados comandantes do futebol tricolor.

Renato Gaúcho esteve no comando técnico tricolor por pouco mais de 100 dias, contratado em 24 de dezembro e demitido em 01 de janeiro. Neste meio-tempo, completou a impressionante marca de 200 jogos frente ao clube, contabilizando todas as suas cinco passagens pelas Laranjeiras. No ínicio da temporada, Portaluppi mudou a filosofia tática do Fluminense, retirando os dois pontas de ataque e optando pelos três volantes no setor de meio-campo. Tal mudança foi contestada pela torcida, que não comprou a postura defensiva da equipe e a lentidão no campo de ataque. Pela Copa do Brasil, a derrota por 3 a 1 para o Horizonte-CE fez com que o treinador balançasse no cargo pela primeira vez. Após decorrentes atuações pífias da equipe, sua permanência dependia dos resultados da semifinais do Carioca.

O adversário na ocasião era o Vasco e, após o empate por 1 a 1 no primeiro jogo, a derrota por 1 a 0 na volta foi a gota d'água para o técnico. Após uma das piores atuações do Fluminense no ano, onde o "clube mais ofensivo do país", segundo o próprio Renato, finalizou para o gol em apenas duas oportunidades na segunda etapa, o presidente Peter Siemsen peitou a soberania de Celso Barros e demitiu o treinador, ainda na madrugada pós-clássico. Sem rodeios, o novo comandante fora anunciado na manhã do dia seguinte. Cristóvão Borges, ex-Vasco e Bahia, detinha a missão de salvar a Copa do Brasil e montar uma boa base para o Campeonato Brasileiro.

Logo como primeira instância, os três volantes foram abolidos dando lugar a dois meias e dois atacantes, no clássico 4-4-2. Contra o Horizonte, pelo volta da Copa do Brasil, a goleada por 5 a 0 deu esperança à torcida tricolor. Com a benção de Peter Siemsen, Cristóvão tem a missão de reorganizar o clube que desperdiçou quatro meses de sua preparação para o Campeonato Brasileiro. Mesmo sem grandes reforços e com um elenco limitado em mãos, o treinador terá - mais uma vez - que fazer mágica para que o ano de 2014 seja diferente do anterior.

Quem decide: Darío Conca

Ídolo, campeão brasileiro pelo clube no ano de 2010 e estrangeiro que mais vestiu a camisa do Fluminense em toda a história. O gabarito de Dário Leonardo Conca é de se tirar o chapéu e todos os torcedores sabem disso. Após acertar sua transferência ao Guangzhou Evergrande, da China, Conca passou por uma fase de readaptação e evolução nas maões do renomado treinador italiano, Marcelo Lippi. Como diz a hashtag, #OConcaVoltou, e o camisa 11 vem justificando todo o valor investido em seu retorno a cada jogo. Cérebro e armador da equipe, o argentino é a principal esperança para que Laranjeiras tenha um ano melhor que o anterior.

Darío Conca volta ao Fluminense após colocar seu nome na história do Guangzhou Evergrande (CHI). Ídolo da torcida chinesa, o antes camisa 15 foi peça fundamental na conquista da Campeonato Chinês, da Copa da China, e principalmente da Liga dos Campeões da Ásia, além de beliscar o quarto lugar do Mundial de Clubes, onde fez um jogo parelho contra o Atlético Mineiro. Na semifinal, arrancou elogios de, ninguém menos que, Pep Guardiola, ex-treinador do Barcelona e atualmente no Bayern de Munique, clube com o qual travou confronto na semifinal.

Pelo Fluminense, Dario Conca já atuou em 227 partidas, tornando-se o estrangerio que mais vestiu a camisa do clube na história. O camisa 11 tem como retrospecto 112 vitórias, contra 57 empates e 58 derrotas. Aproveitamento de 57.71% nos confrontos, além de já ter balançado as redes adversárias em 46 oportunidades. O argentino estreou pelo Fluminense no dia 01 de fevereiro de 2008, recém-chegado do Vasco, no empate por 1 a 1 contra o Boavista, no Maracanã. Ídolo, foi peça fundamental no título brasileiro de 2010, onde atuou durante todas as 38 rodadas.

Quem promete: Walter

Com gritos de "olha, o gordinho deita e rola!", Walter, em pouquíssimo tempo, já caiu nas graças da torcida.Também não é pra menos, o atacante estreou com o pé direito com a camisa tricolor: um golaço no clássico contra o Flamengo, pelo Campeonato Carioca. Contratato junto ao Porto, após excelente trajetória no Goiás, Walter é considerado o 12º jogador de Cristóvão Borges no elenco tricolor e , mesmo entrando como solução no segundo tempo das partidas e preenchendo as saídas de Fred - por contusão ou para a seleção - , detém o mérito de ser o artilheiro do Fluminense na temporada.

Diferente de como atuou pelo Goiás, Walter em conquistado aplausos e elogios de Cristóvão Borges por sua versatilidade em campo. Pelo clube esmeraldino, o 'gordinho' era o centroavante, referência dentro da grande área e principal finalizador da equipe. Já no Fluminense, o camisa 18 aparece buscando jogo pelas pontas do campo e formando a dupla de ataque com Fred, camisa 9 da Seleção Brasileira. Além do treinador, outros atletas como Darío Conca e Rafael Sóbis, este seu principal adversário na briga por uma vaga na equipe titular, já rasgaram elogios a promessa tricolor.

Walter atuou em 11 partidas pelo Fluminense no Campeonato Carioca. Mesmo reserva, foi o artilheiro da equipe na competição com seis gols marcados. Pela Copa do Brasil, esteve presente nos dois confrontos contra o Horizonte, porém, não balançou as redes. O gordinho tem retrospecto de seis vitórias, contra quatro empates e três derrotas com a camisa tricolor, aproveitamento de 56.41%.

O desafio

"Conca e Walter não solucionaram todas as deficiências do Fluminense"

O 'planejamento diferenciado' da diretoria tricolor para o ano de 2014 é tão falho ou por que o programado para 2013. Nomes consagrados como o do ídolo Darío Conca e de Walter, destaque do Goiás no ano anterior, ditam o ponto alto da janela de transferências, mas estão longe de poder resolver algum problema. Os buracos no elenco permanecem e a base do time que foi rebaixado para a segunda divisão continua o mesmo. Logo no ínicio da temporada, vemos diversas mudanças de posições que consequentemente trouxeram muitas falhas, ofensiva e defensivamente. Por exemplo, o recém-contratado Chiquinho, originalmente meio-campo, improvisado na lateral esquerda.

Além dos 19 concorrentes do Campeonato Brasileiro, o Fluminense também enfrentará a perseguição por parte das torcidas adversárias em jogos fora de casa. Após o polêmco julgamento do STJD que senteciou o Flamengo e a Portuguesa - esta rebaixada para a segunda divisão -, o clube ficou em evidência por ter escapado da degola devido a um erro alheio, mesmo sem ter interferência direto com o ocorrido. Já na Copa São Paulo de Futebol Júnior, disputada no ínicio do ano, podemos acompanhar as recorrentes vaias durante os jogos da garatoda do Fluminense, reflexo que aguarda o elenco principal durante as 38 rodadas do Brasileirão.

O favoritismo tricolor ao título em todas as competições que disputa deu lugar a desconfiança por parte dos torcedores. A missão do Fluminense para 2014 é se recuperar do vexame do ano anterior e mostra que, mesmo com todas as adversidades, pode voltar a ser o famoso 'time de guerreiros' que marcou o futebol brasileiro nos últimos anos.

Rafael Sóbis chora o rebaixamento do Fluminense. (Foto: Marcelo Carnaval/O GLOBO)

Avaliação VAVEL

Contratações que não resolvem os grandes problemas da equipe, buracos no elenco, inúmeros jogadores da base promovidos ao plantel principal sem o menor preparo e a mesma base da equipe rebaixada no ano anterior mantida. O Fluminense entra no Campeonato Brasileiro de 2014 como candidato ao meio da tabela e o sinal de alerta já está ligado nas Laranjeiras. Vivendo uma espécie de sobrevida na Série A, após o rebaixamento da Portuguesa, o técnico Cristóvão Borges faz o possível para que seus comandados não repitam a vergonhosa sequência de vexames da edição passada.

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