Uma nova página da história do Atlético-MG será escrita a partir desta quarta-feira (17). O Galo vai até o Peru, onde encara o Melgar, às 21h45, no Estádio Monumental da UNSA, em Arequipa, pela primeira rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores da América.

A história do Galo na Libertadores, já dura 44 anos, mas em confrontos contra time peruanos, a caminhada é bem mais recente. Segundo o site Galo Digital, o primeiro confronto do Galo contra uma equipe peruana aconteceu em 1993, contra o Sipesa, pela Copa Conmebol. Quatro anos depois, o Universitário foi a bola da vez do alvinegro. Confira!

Em 1993, o Ovación Sipesa deu trabalho, mas o Atlético foi melhor

Com o título da Copa Conmebol na bagagem, o Atlético-MG entrou na mesma competição em 1993 carregando um favoritismo que não se confirmou. O Galo acabou parando nas semifinais diante do Botafogo, mas no meio do caminho apareceu o desconhecido Ovación Sipesa, da cidade de Chimbote, no Peru.

Para quem conhecia o Universitário, Alianza e o Sporting Cristal, o Sipesa era uma novidade. O time era financiado por um sindicato de pescadores e participava de seu primeiro jogo em uma competição internacional.

O primeiro embate aconteceu no Estádio Manuel Arellano, em Chimbote, no dia 28 de agosto. O Atlético saiu na frente dos peruanos com o atacante Wiver, jogador oriundo das categorias de base do clube. No segundo tempo, Dal Orso, no fim da partida, empatou. No jogo de volta, em 3 de setembro, no Independência, o gol único de Valdir Benedito classificou o Galo para as semifinais da Copa Conmebol.

E depois? Por onde anda o Sipesa?

Após a Conmebol, o Sipesa passou por várias transformações. Em 1996, o sindicato dos pescadores deixou de bancar o clube, que mudou de nome para Deportivo Pesquero. Posteriormente, em 2000, o Deportivo Pesquero fundiu-se com o Deportivo Wanka, prevalecendo o segundo nome. O time migrou para a cidade de Huancayo.

Em 2004, uma polêmica cercou a equipe do Deportivo Wanka. O time passou a mandar seus jogos para a cidade de Cerro de Pasco, com 4.380 metros de altitude acima do mar, o ponto mais alto do Peru e, de acordo com os adversários, era impraticável para o futebol. Os clubes alegaram que a manobra foi para evitar o rebaixamento, mas não deu certo. Posteriormente, a direção do time entrou na justiça contra a Federação Peruana e a agremiação acabou suspensa de qualquer competição gerenciada pela entidade por tempo indeterminado.

Em 1997, o Universitário não teve chances contra o Galo

Respeitado no futebol peruano, o Universitário aparentava ser um time disposto a complicar a vida do Atlético na Copa Conmebol de 1997. Até então, nenhum time havia dificultado a campanha atleticana na competição. No final das contas, até o Universitário sucumbiu ao bom futebol do time que tinha Marques, Valdir, Jorginho, Taffarel, entre outros.

O embate inicial aconteceu em Lima, no Peru, dia 22 de outubro. No primeiro tempo, Valdir fez o primeiro gol do Atlético. Na etapa final, Jorginho ampliou e colocou boa vantagem frente aos peruanos. Sete dias depois, o Galo não deu chances ao Universitário e goleou por 4 a 0. Valdir anotou dois gols. Marques e Cairo fecharam o marcador e classificaram o alvinegro para as finais da Conmebol

Após a Conmebol, o Universitário seguiu um caminho bem sucedido

Como um dos principais times do futebol peruano, o Universitário manteve bons números nos anos seguintes. Foi tricampeão peruano no triênio 1998 - 2000 e participações consecutivas na Copa Libertadores da América entre 1999 e 2001. Posteriormente, ficou um bom tempo longe do título nacional, voltando a ser campeão em 2008. Outros dois canecos foram conquistados, em 2009 e 2013.

Na Libertadores, o Universitário ainda disputou os torneios de 2003, 2006, 2009, 2010 e 2014. Na Copa Sul-Americana, foram seis participações a partir de 2002, ano em que o torneio passou a ser disputado.