Em um jogo burocrático ofensivamente e que consagrou as duas defesas, América-MG e Vitória empataram por 1 a 1, no Estádio Independência, em Belo Horizonte. O resultado causou vaias por parte do torcedor americano que foi ao Horto.

Com o resultado, o América-MG perdeu mais uma chance de sair da zona de rebaixamento e conquistar a primeira vitória no Campeonato Brasileiro. O Coelho é o 19º com apenas um ponto. Enquanto o Vitória se apresenta na 13ª posição com quatro pontos ganhos.

Na próxima rodada, o América fará o clássico contra o Cruzeiro, sábado (28), às 16h, no Mineirão. O Vitória recebe o Atlético-MG, na Arena Fonte Nova, domingo (29), às 16h.

Muita marcação e poucas chances de gol

Em relação ao time que perdeu para a Chapecoense, o América-MG voltou ao esquema 4-4-2, promovendo as entradas de Xavier e Victor Rangel. Já o Vitória, o técnico Vagner Mancini sacou José Welison, muito criticado na partida contra o Corinthians, e colocou Norberto.

Nos primeiros minutos de partida, os dois times foram excessivamente conservadores. Privilegiando a marcação, nenhum dos dois times chegaram a incomodar os goleiros João Ricardo e Fernando Miguel.

A partir dos 20 minutos, os dois times se prontificaram a sair mais. O América teve em Tiago Luis a sua criação de jogadas com boa presença dos laterais. O Vitória buscou aparecer no ataque trocando passes e buscando a velocidade de Kieza e Marinho, mas a marcação do América levou a melhor.

O América perdeu o zagueiro Alison, com dores na coxa, e o técnico Givanildo Oliveira promoveu a entrada de Artur. A melhor chance do Coelho aconteceu aos 28 minutos. Explorando o espaço de Diego Renan, o lateral Helder fez o cruzamento buscando Tiago Luis, mas o goleiro Fernando Miguel espalmou. Na sobra, Victor Rangel pegou mal na bola e perdeu uma grande chance. 

No decorrer do primeiro tempo, o Vitória sofreu uma baixa por lesão. O meia Tiago Real saiu para dar lugar a Dagoberto. Até o final, as defesas se sobressaíram frente aos ataques e não foram vazadas.

Mais ofensividade e pouca qualidade

Os dois voltaram para a segunda etapa sem mudanças, a não ser as que foram processadas na primeira etapa. Nos primeiros minutos, era visível a mudança de postura das duas equipes. Tanto América quanto Vitória avançaram suas linhas e apostaram no ataque. 

O América foi mais incisivo, explorando bem os lados do campo com Helder e Xavier. No entanto, a falta de qualidade no último passe impediu que o Coelho abrisse o marcador. O Vitória se mostrou mais conservador e passou a esperar o time mineiro esperando o contra-ataque.

Aos 17 minutos, Marinho aproveitou os espaços na defesa, driblou dois jogadores, e na hora de finalizar parou nas luvas de João Ricardo. O América seguiu valorizando a posse de bola, ocupando os espaços no campo de ataque, mas sem arrematar ao gol de Fernando Miguel com perigo.

Aos 28 minutos, tanta pressão do Coelho resultou em gol. Após uma bola arrancada de Helder, ele saiu pela direita e tocou para Victor Rangel. Este, com toque rápido saiu da marcação do zagueiro Victor Ramos, clareou o lance, e bateu cruzado, rasteiro, no canto direito de Fernando Miguel.

O técnico Vagner Mancini recompôs o meio, tirando Marinho, lesionado, e colocando Alípio. Já Givanildo Oliveira processou duas mudanças, colocando o time mais conservado no meio. Sacou os meias Rafael Bastos e Tiago Luis, e colocou William Barbio e Ernandes. Com um volante a mais, ficou clara a proposta do treinador americano de fechar o setor de marcação.

Com um jogador a menos, o Vitória foi com tudo para o ataque e foi premiado. Após uma jogada de raça do meia Alípio, ele dividiu com a marcação e, mesmo caído, passou à Kieza, que ganhou de João Ricardo e bateu para o gol vazio.

Até o final da partida, o Vitória se fechou por inteiro na defesa. O América, sem possibilidades ofensivas, não teve forças para correr atrás do resultado positivo.

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