Não é de hoje que a Conmebol prejudica os times brasileiros na Copa Libertadores com as polêmicas e erros de arbitragem. Na noite desta quarta-feira (13), o São Paulo foi prejudicado e acabou derrotado pelo Atlético Nacional, terminando eliminado da competição. A arbitragem confusa aumentou a lista de erros contra as equipes brasileiras e inclui até a Seleção Brasileira nesta lista.

O árbitro chileno Patricio Polic deixou de marcar um pênalti claro para o São Paulo no fim do primeiro tempo quando o jogo ainda estava empatado. A situação poderia ter sido outra, mas piorou no segundo tempo após o árbitro marcar pênalti para o Atlético Nacional, gerando reclamações que resultaram nas expulsões de Wesley e Lugano.

Com os erros contra o São Paulo, o árbitro Patricio Polic aumentou a lista de brasileiros prejudicados por arbitragens polêmicas da Conmebol. Flamengo, Fluminense, Corinthians e Palmeiras também já foram vítimas. Durante a Copa América Centenário, a Seleção Brasileira também foi vítima dos erros quando perdeu para o Peru com gol de mão de Ruidíaz, validado pelo árbitro uruguaio Andres Cunha.

Palmeiras e Fluminense já foram prejudicados em finais de Libertadores. Em 2000, na decisão contra o Boca Juniors, o Verdão foi vítima do árbitro paraguaio Epifanio Gonzalez. Oito anos depois, o argentino Hector Baldassi prejudicou o Flu na final contra a LDU. No mesmo ano, o próprio Baldassi já tinha prejudicado o São Paulo contra o América do México. Um ano antes, o argentino chegou a prejudicar o Flamengo diante do Defensor.

Epifanio Gonzalez não foi o único paraguaio a prejudicar o Palmeiras. Quis o destino (e a Conmebol) que outro paraguaio apitasse um confronto entre o Verdão e o Boca Juniors, em 2001. O escolhido foi Ubaldo Aquino, mas o final da história foi mesmo de um ano atrás: Palmeiras prejudicado.

O Boca Juniors não foi favorecido apenas contra o Palmeiras. Em 2013, os argentinos foram ajudados contra dois brasileiros. A primeira vítima foi o Fluminense, prejudicado pelo árbitro colombiano Buitrago. Depois, a última vítima foi o Corinthians, prejudicado pelo árbitro Carlos Amarilla, que chegou a ser acusado de receber dinheiro para ajudar o Boca, porém nada foi comprovado.

Mas o problema pode ser muito mais grave do que esses erros de arbitragem. Os clubes e até mesmo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem parcela de culpa por serem omissos. Talvez isso seja o peso de não falarem espanhol, perdendo força com a Conmebol.

Prova dessa omissão pode ser comprovada nas punições que a Conmebol dá aos times. O zagueiro Maicon, do São Paulo, foi punido por três jogos por conta da expulsão contra o Atlético Nacional no primeiro jogo da semifinal. Porém, em toda edição da Libertadores acontecem situações mais graves para expulsão e a punição acaba sendo mais leve. Os clubes, por sua vez, aceitam.

Diversas vezes já vimos os brasileiros irem jogar em estádios hostis e o jogo terminar em confusão, mas a punição é sempre considerada leve e a segurança não melhora para evitar essas situações. Tudo isso é devido a omissão da CBF e dos próprios clubes. Enquanto não tiver atitude das duas partes, o Brasil continuará sem força na Conmebol.