Ídolo. No dicionário, é uma figura que representa uma divindade a ser adorada ou pessoa, pela qual, se tributam louvores excessivos ou que se ama apaixonadamente. No Sport, Magrão vem fazendo com que os torcedores o idolatrem cada dia mais. A história começou exatamente 12 anos atrás, marcada por muita desconfiança e sem pretensões para o futuro.
Chegando na Ilha como reserva do Rio Branco-SP indicado pelo então treinador Zé Teodoro, o goleiro foi reforço para disputa da Série B e só fez sua estreia contra o Guarani, pela 6ª rodada. No primeiro jogo com a camisa leonina, vitória por 1 a 0, demonstrando que poderia garantir seu espaço entre os 11 à frente do experiente Maizena, mas teve uma contusão em agosto e, ainda assim, renovou contrato ao final de 2005 com o rebaixamento à Série C evitado na última rodada.
Em 2006, teve inconstâncias e até iniciou de titular, contudo ficou sem espaço por más atuações. Seu concorrente Gustavo brilhou na final do Pernambucano e garantiu o título, deixando-o amargando o banco de reservas. Durante a Segundona, no entanto, recuperou a titularidade e ficou no gol até o fim da temporada, conquistando o acesso à elite pela primeira vez.
Em 2007, ainda era bastante contestado pela torcida, muito devido às apresentações irregulares, sem conseguir empolgar. Foi neste mesmo ano que ficou conhecido internacionalmente, já que sofreu o milésimo tento de Romário e, logo em sequência, acabou perdendo espaço para Cléber. O companheiro, por sua vez, também não rendeu o esperado e o ídolo voltou ao trono, sendo elogiado até por Rogério Ceni devido às defesas milagrosas, incluindo o primeiro pênalti defendido pela equipe leonina na derrota para o São Paulo por 2 a 1.
Em 2008 e 2009, o ponto máximo de sua carreira e passagem no Leão. Assim como Durval e Romerito, foi ovacionado pelo título da Copa do Brasil diante do Corinthians, marcando o seu único gol na disputa por pênaltis, na semifinal, contra o Vasco. Na temporada seguinte, fez sua primeira participação na Copa Libertadores da América, fazendo boa atuação logo na estreia, marcada por uma brilhante defesa, que girou o mundo. No Estadual, foi essencial ao fazer o sistema defensivo ser o menos vazado.
Já em 2010, 2011 e 2012, sofreu com algumas lesões, que o afastaram dos gramados por um bom tempo. Mesmo sem ter o acesso em 2010, foi eleito o craque da Segundona, através de votação popular. Com os rubro-negros em momento irregular, o arqueiro era o mais elogiado e se sobressaiu pelas suas intervenções. Em 2013, mesmo disputando a Série B, defendeu mais três pênaltis contra o rival Náutico na Copa Sul-Americana - primeira participação também do clube - e levou a equipe às oitavas. Em 2014, junto ao zagueiro Durval, atingiu marca de títulos em âmbito estadual, nacional e regional, com a Copa do Nordeste em seu currículo.
Em 2015, ao completar uma década no escrete da Praça da Bandeira, o arqueiro iniciou a temporada de maneira positiva, mas sofreu lesão no ombro, que o deixou fora por dois meses. Danilo Fernandes entrou em excelente fase e o substituiu à altura, ficando como opção no banco de suplente. Recuperou a vaga com a ida de Danilo para o Internacional e se consagrando entre os 11.
Na noite dessa quarta-feira (19), contra o Joinville, o camisa 1 chegou a seu ápice. Durante a cobrança de pênaltis, Magrão se consagrou após duas defesas, chegando a 28 tiros penais defendidos, se tornando um dos maiores pegadores. Essa marca foi atingida por sete competições distintas em dez anos consecutivos.
Competição | Ano | Adversário | Resultado final |
Série A | 2007 | São Paulo | 1x2 |
Série A | 2008 | Fluminense | 2x1 |
Série A | 2008 | Santos | 1x0 |
Série A | 2008 | Coritiba | 0x3 |
Libertadores | 2009 | LDU | 3x2 |
Libertadores | 2009 | Palmeiras | (1) 1x0 (3) |
Série A | 2009 | Grêmio | 3x3 |
Série B | 2010 | América-RN | 5x0 |
Série B | 2010 | São Caetano | 4x1 |
Pernambucano | 2011 | Central | 3x2 |
Pernambucano | 2012 | Central | 1x1 |
Pernambucano | 2012 | Porto | 3x1 |
Copa do Brasil | 2012 | Paysandu | 1x2 |
Pernambucano | 2013 | Belo Jardim | 5x1 |
Pernambucano | 2013 | Santa Cruz | 0x1 |
Sul-Americana | 2013 | Náutico | (3) 0x2 (1) |
Sul-Americana | 2013 | Náutico | (3) 0x2 (1) |
Sul-Americana | 2013 | Náutico | (3) 0x2 (1) |
Pernambucano | 2014 | Santa Cruz | (5) 1x0 (3) |
Série A | 2014 | Atlético-PR | 1x0 |
Copa do Nordeste | 2015 | Fortaleza | 0x1 |
Copa do Nordeste | 2015 | Fortaleza | (4) 1x0 (2) |
Copa do Brasil | 2015 | Chapecoense | (4) 2x0 (2) |
Copa do Nordeste | 2016 | Campinense | (1) 0x1 (3) |
Série A | 2016 | Vitória | 1x0 |
Copa do Nordeste | 2017 | Campinense | (4) 3x1 (2) |
Copa do Brasil | 2017 | Joinville | (4) 2x0 (3) |
Copa do Brasil | 2017 | Joinville | (4) 2x0 (3) |
PS: total de nove disputas de pênalti, com sete vitórias e duas derrotas