Gol de placa. Termo folclórico, usado para apelidar belos tentos nos campos de futebol. Virou jargão e caiu no gosto popular. O que poucos sabem é que a expressão nasceu há 56 anos, durante uma partida entre Fluminense e Santos - proferida pelo jornalista Joelmir Beting. No próximo domingo (14), cariocas e paulistas se reencontrarão para fazer um dos clássicos de maior história do país, às 11h, no Maracanã, pela abertura do Campeonato Brasileiro 2017.

À época, Tricolores e Alvinegros ainda não tinham total noção das peças icônicas que estavam em campo naquele 5 de março de 1961: de um lado, o já campeão mundial Pelé, maior ídolo da história santista; do outro, Castilho, também vencedor de Copas do Mundo e maior ídolo da história tricolor. O duelo particular entre o atacante e o goleiro ganharia um capítulo especial naquela tarde.

O Santos vencia por 2 a 1 e a partida se encaminhava para os minutos finais quando Pelé marcou aquele que seria conhecido como "o gol mais bonito da história do Maracanã". Dominou a bola no campo de defesa, driblou seis adversários em sequência e bateu na saída do arqueiro tricolor. Repórter do jornal "O Esporte", Joelmir encomendou uma placa em homenagem e criou o jargão que ganharia fama e seria usado até os dias atuais.

"Eu tive a ideia, mandei fazer a placa e paguei com dinheiro do meu bolso em nome do meu jornal. Fui ao Maracanã, instalei a placa e depois daquele dia, todo o pessoal dos jornais e de rádio começou a dizer "este gol também merece uma placa", explicou o jornalista ao programa Jogo Aberto, da TV Bandeirantes.

Joelmir faleceu na madrugada do dia 29 de novembro de 2012, em São Paulo, mas deixou uma marca na história do jornalismo esportivo brasileiro. Castilho se tornou o jogador com mais jogos na história do Fluminense; Pelé conquistaria mais uma Copa do Mundo em 1970. Neste domingo, Fluminense e Santos têm a chance de reescrever mais um capítulo nesta bela história.

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