Adepto do candomblé, o volante Feijão foi alvo de tolerância religiosa em uma foto que publicou em sua rede social. Depois de encerrar a legenda com “Ogum”, um seguidor ofendeu o volante. “Que diabo de Ogum, por isso que não vai pra frente”. O volante respondeu: “Cada um com sua religião, não venha falar sua merda aqui não na minha página”.

Não satisfeito, o torcedor prosseguiu: “Ô seu macumbeiro, não venha pra cá tirar sua onda não que eu não como regue de você, sua carniça. Saia do Bahia, miséria”. E Feijão defendeu sua religião: “Sou macumbeiro, não tenho vergonha não, pai. Quem é você para me mandar embora do Bahia? Também não tenho medo de você não, pai, vamos se bater em Salvador um dia!”.

A foto alvo dos comentários foi postada no dia 14 de junho, apesar da discussão, Feijão teve apoio dos torcedores baianos que ficaram a seu lado.

O caso só veio à tona na última quarta-feira (5), depois de um treino no Fazendão. “O cara confundiu as coisas, confundem muito religião com futebol. Nada contra nenhuma religião. Respeito todas as religiões. Espero que respeitem a minha. Sou candomblé, tenho muito orgulho. Tem várias outras pessoas também do candomblé. Agora, espero que tenha coragem de chegar e falar na minha frente. Falar em rede social é muito fácil”, afirmou, através da assessoria de imprensa do clube.

As religiões de matriz africana (candomblé e umbanda) estão na quarta posição entre as mais populares na Bahia, atrás da católica, evangélica e espírita.

Em 2015, o Jornal Correio realizou uma enquete e nenhum jogador da dupla BaVi se declarou adepto do candomblé. Na época, o resultado foi questionado pela torcida, principalmente pelo histórico dos dois clubes que sempre possuíram símbolos (dentro e fora de campo) que eram do candomblé.

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Sobre o autor
Zuba Ortiz
Jornalista, ex-peladeiro e destro.