As desclassificações da Copa do Brasil e da Copa Libertadores e o rendimento abaixo do esperado no Campeonato Brasileiro levaram o torcedor do Atlético-MG a questionar, de forma ampla, o trabalho desenvolvido pelo clube durante a temporada. Entre jogadores, comissão técnica e diretores, um dos nomes mais questionados pela torcida alvinegra é o do superintendente de futebol do clube, André Figueiredo.

No Twitter, um torcedor atleticano criticou o dirigente, relembrando momentos em que o atacante Bernard foi dispensado da base do clube no período em que Figueiredo era o comandante do setor. “André Figueiredo é aquele cara q se orgulha de ser diretor da base do #Galo quando revelou o @b_10duarte (perfil de Bernard), mas esquece que tentou dispensá-lo 3x”, escreveu o dono do perfil @daltonlcf.

O jogador, campeão da Copa Libertadores pelo Galo e maior venda da história do clube, respondeu ao tuíte com a mensagem “E, em 2 oportunidades, conseguiu”. Na sequência, postou novas mensagens na rede social relativas à sua passagem nas categorias de base do Atlético. Veja as falas do jogador.

Foto: Reprodução/Twitter @b_10duarte
Foto: Reprodução/Twitter @b_10duarte

André Figueiredo foi procurado pela imprensa para se manifestar sobre as atividades de Bernard no Twitter, que provocaram a reação da torcida atleticana, já insatisfeita com o trabalho do diretor desde antes da polêmica com o jogador que atualmente defende o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.

Em resposta ao portal Superesportes, Figueiredo afirmou: "Nós não dispensamos o Bernard duas vezes. O Bernard era pequeno para a época. Era técnico, habilidoso. Em algumas vezes caiu em listas de dispensa, mas foi dispensado uma vez. Em 15 dias ele voltou, porque nós entendemos que poderíamos esperar para ele maturar fisicamente. E assim foi feito. Aos 16 anos, foi feito um contrato. Aos 18 anos, como é praxe no Atlético, foi feita uma renovação. Esse mesmo diretor que supostamente o dispensou três vezes, também renova o contrato dele aos 18 anos, com a expectativa dele jogar profissionalmente no Atlético. Existem algumas incoerências nessas falas. Não sei se tem mágoa de Bernard, porque o treinador não colocava ele para jogar, porque ele era menor um pouco, apesar dele ter muita qualidade. Foi essa qualidade que fez a gente entender que ele seria um grande jogador, como é, que fez ele ficar no Atlético. A função do diretor de futebol não é só fazer a dispensa. Você coordena todo o departamento. Quando vai fazer a dispensa, não é só o diretor, tem treinador, preparador físico, auxiliar técnico. São várias pessoas que trabalham diariamente. Eles avaliam o jogador, observam se chegou um melhor. Dispensamos o Bernard apenas uma vez, mas voltamos atrás. Eu fiz o contrato com ele aos 16 anos. Aos 18, eu renovei o contrato dele. Tem algumas incoerências. As pessoas falam o que acham. Mas tem algumas inverdades, mas parece que vira verdade. As pessoas dizem o que não é verdade. O Bernard jogou em nosso profissional, foi campeão da Libertadores e a maior venda do Atlético. Mas essas pessoas que trabalham na base é que têm esse tipo de trabalho".

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Sobre o autor
Bernardo Estillac
Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais