Certamente o goleiro e ídolo gremista Marcelo Grohe, está a uma partida de se tornar campeão da competição mais importante de sua carreira e também do clube gaúcho que sonha com o tricampeonato, após perder a final para o Boca Juniors em 2007 jogando no memorável e antigo estádio Olímpico em Porto Alegre. Em ritmo de final de Libertadores, nós da VAVEL resolvemos lembrar a história de dois goleiros que foram ícones nas duas conquistas da América em 1983 e 1995: Mazarópi e Danrlei.

Mazaropi

Mazaropi  após saída do Vasco e servindo ao Grêmio (Foto: Arquivo)

Sendo um dos goleiros mais vitoriosos com a camisa do Grêmio após vencer a Copa Libertadores e o Mundial de 1983, Mazarópi certamente ficará marcado na lembrança dos torcedores gremistas. O camisa 1 começou a carreira de jogador nas categorias de base do Vasco da Gama, ficou por muito tempo na reserva do time cruz-maltino, quando foi titular em diversas partidas na campanha de 1974, onde o clube carioca venceu o campeonato brasileiro.

Em 1983, Mazaropi chegou ao Grêmio em um dos momentos mais importantes da vida do Clube: a partida contra o América Cali na semifinal da Libertadores, onde defendeu a cobrança que classificou o clube gaúcho a final da competição contra o Penãrol. A grande defesa feita pelo goleiro gremista garantiu o time de Valdir Espinosa na grande final da competição contra o Penãrol, quando o Grêmio se sagrou campeão no dia 28 de Julho de 1983 no estádio Olímpico. e colocou Mazarópi no rol dos maiores ídolos da torcida.

No Mundial contra o Hamburgo-ALE, foi importante pelo respeito que tinha dentro de campo, ajudando o clube vencer os alemães em Tókio no Japão. Após ser emprestado, voltou ao clube em 1985 e cativou definitivamente a torcida tricolor com as conquistas dos gaúchos de 1985, 1986, 1987, 1988, 1989 e 1990 e da primeira edição da Copa do Brasil, em 1989, de forma invicta. Em 1997, foi convidado a colocar suas mãos na Calçada da Fama do Estádio Olímpico perpetuando para sempre sua passagem e a lembrança das grandes conquistas. Atualmente Mazarópi trabalha como comentarista na Rádio Umbro do Grêmio.

Danrlei

Danrlei comemora em 1995
(Foto: Arquivo)

Certamente o ano de 1995 também ficou marcado na memória do torcedor, quando o goleiro e ídolo Danrlei fez grandes defesas e ajudou o clube a vencer o bicampeonato da Libertadores e no ano seguinte o Campeonato Brasileiro 1996 contra a Portuguesa. Apesar de não ter conquistado o Mundial contra o Ajax (Holanda), o Homem Grenal como foi apelidado pelos torcedores, é o goleiro que mais ergueu títulos com a camisa tricolor.

Sendo prata da casa, o jovem menino nascido em Crissiumal no noroeste do estado gaúcho, ingressou na base do clube em 1987 e seis depois se tornou profissional e titular no gol. Conhecido por ter um gênio forte dentro e fora de campo, no jogo de ida contra o Palmeiras pela Libertadores, onde o Grêmio goleou o clube paulista por 5 a 0, Danrlei golpeou o jogador Valber do Palmeiras com chute e um soco.

Além de ter sido campeão da América, venceu a Copa do brasil em 1994,1997 e 2001, a Recopa Sul-Americana em 1996, cinco campeonatos gaúchos, uma Copa Sul e o torneio Swana Bank em 1995.

Com a camisa do Grêmio foram 593 partidas e 10 anos (1993-2003) de atividade profissional, sem contar o período que atuou nas categorias de base.

Marcelo Grohe

Grohe salva o Grêmio na semifinal contra o Barcelona no Equador (Foto: Lucas Uebel / Grêmio)

Sendo o novo ídolo dos torcedores mais novos, Marcelo Grohe é o goleiro que mais atuou com a camisa do Grêmio dos anos 2000 para cá. Acumulando 345 partidas pelo clube, o menino nascido Campo Bom (RS) completou 17 anos de Grêmio e virou goleiro profissional em 2005, quando foi reserva de Galatto e Eduardo, quando o time gaúcho ainda estava disputando a Série B.

Em 2007 o clube disputaria a Libertadores e como a diretoria considerava Marcelo muito novo, decidiu contratar o goleiro argentino Sebastián Saja, que foi vice campeão da competição. Em 2008 houve a contratação de Victor e mesmo Marcelo sendo titular em algumas partidas, perdeu espaço com o tempo. Em 2012 com a saída conturbada de Victor para o Atlético Mineiro, o camisa 12 ganhou espaço e foi o quinto melhor goleiro do campeonato, ficando Agosto e Setembo (quatro partidas) sem sofrer nenhum gol.

Em 2013, o goleiro fez história ao defender a cobrança nas penalidades máximos do zagueiro da LDU Morantes, que classificou o tricolor para a fase de grupos da competição. Os anos de 2014 e 2015 foram importantes pois Grohe foi convocado a Seleção Brasileira e recebeu em dois anos seguidos a Bola de Prata da revista placar  como o melhor goleiro do Brasil, ficando famoso internacionalmente. Em 2016 venceu a Copa do Brasil com atuações memoráveis como no jogo contra o Atlético Paranaense onde defendeu três cobranças nas penalidades máximas.

Chegando à sua primeira final de Libertadores como titular no gol gremista e fazendo história como fez no jogo contra o Barcelona do Equador após defender o chute do atacante Ariel, o experiente camisa de número 1 tem sido fundamental na competição e virou ídolo para torcida gremista.

Pode-se afirmar que Mazarópi, Danrlei e Marcelo Grohe têm muitas coisas em comum quando se trata de jogos importantes. Podendo ganhar sua primeira Libertadores, o goleiro iria disputar o Mundial de Clubes e tentar repetir a façanha que Mazarópi teve em 1983, fazendo um legado no clube. Apesar do Lanús decidir a final diante de sua torcida, o torcedor gremista acredita que Marcelo Grohe pode ser o estraga-prazeres do clube argentino e conquistar o tão sonhado tri da Libertadores em um 2017 inesquecível para o cidadão de Campo Bom e para o torcedor.

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