Um dos principais expoentes no que se refere a revelar grandes jogadores e ídolos, seja de sua equipe, ou do futebol mundial, o soberano chega mais uma vez na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Sendo a décima de sua história, a equipe encara o Flamengo nesta quinta-feira (25), às 10h30, no horário de Brasília. 

Entre todas essas finais, destaca-se uma das mais louváveis pela torcida: a conquista da Copa São Paulo de 1993, contra o Corinthians.

Um dos maiores rivais - ou até o maior, considerando a opinião popular de alguns torcedores do tricolor - a Copinha de 1993 protagonizou na final um dos maiores confrontos do cenário brasileiro: o Majestoso. Na ocasião, o São Paulo venceu por 4x3 e conquistou seu primeiro título da competição.

A campanha do tricolor paulista: da primeira fase até as finais

Na primeira fase, o Clube da Fé não fez uma campanha alarmante, mas classificou para a segunda fase com resultados pragmáticos, sem grandes sustos: venceu o Uberlândia por 2 a 0 no primeiro teste. Na segunda partida, passou pelo América-SP vencendo por 1 a 0. Na terceira e última partida da primeira fase, viu sua primeira derrota desencadear diante do Bahia. O clube baiano venceu por 1 a 0. 

O São Paulo seguiu para a segunda fase com critérios similares em relação ao Bahia e do América-SP, primeiro e terceiro colocado da chave, respectivamente. Com as três equipes igualadas no saldo de gol, gols marcados e até mesmo nas vitórias, os classificados para a segunda fase foram Bahia e São Paulo

Contextualizando, a criterização foi a seguinte: o Bahia, apesar de ter sido derrotado pro América, venceu o São Paulo. Já a equipe do Morumbi, derrotou o América. Se o América tivesse vencido o São Paulo, teria passado em segundo lugar no grupo. Contudo, como isso não ocorreu, passaram Bahia e São Paulo. 

Segunda fase, semifinais e a grande final: a marcante vitória contra o arquirrival

Na segunda fase, o tricolor rumou às fases finais de maneira invicta: vitória contra Matsubara (PR) e o Comercial (SP), empate com o rival Palmeiras. No total, foram quatro gols marcados, um sofrido, e um saldo positivo de três. 

Com os resultados, posteriormente viria as semifinais. O seu adversário na ocasião foi o Vitória, caracterizado pela versátil equipe do meio-campo e no ataque, comandada pelos destaques do clube baiano: Vampeta e Paulo Isidoro. Deste time, também surgiria um dos maiores goleiros da história e grande ídolo da seleção brasileira, o enorme Dida.

Em um jogo movimentado e intenso, o São Paulo venceu por 1-0, com gol único de Pereira. O outro finalista, Corinthians, chegou à final vencendo a Portuguesa também por 1-0.

A tão estimada final chegaria, e os atrativos foram os melhores possíveis, indiciando um jogo descomunal e proporcionalmente magnífico. Estádio completamente ocupado pelos torcedores e sua euforia, alguns até ficaram de fora, outros entraram demasiadamente arrombando os portões. Ninguém queria perder aquela final, não é atoa que até hoje é relembrada pelos torcedores de ambas equipes. 

Resumo da final: Aos 16 minutos, Jamelli mandou uma bomba para as redes e abriu o marcador. Catê, aos 30', ampliou o placar após receber livre na pequena área. Aos 34', Marques diminuiria para o alvinegro. Aos 51', Marques marcaria novamente e empataria o jogo, após falha da defesa. Jamelli, em cobrança de pênalti, marcou aos 62' e recolocou o São Paulo na frente. Caio César igualaria o placar novamente aos 74', mas alguns minutos depois, o artilheiro e goleador da final Jamelli marcaria, sacramentando o título são paulino.

Rogério Ceni jogou a Copinha em 1993 (Foto: Mauricio Lima/AFP)
Rogério Ceni jogou a Copinha em 1993 (Foto: Mauricio Lima/AFP)

Promovidos que tiveram boa passagem: proveniente daquele esquadrão de jovens e ótimos jogadores, destacam-se: Rogério Ceni, André Luiz, Caio Ribeiro e Catê. O arqueiro de Pato Branco e um dos maiores ídolos da história do São Paulo, se destacou na copinha pelas ótimas defesas. O lateral e ídolo André Luiz, junto a Rogério Ceni, foi importante nas conquistas da saudosa equipe comandada por Telê Santana, formalizando o Rolo Compressor e o Expressinho Tricolor.

Nomes como Caio Ribeiro, Catê e o próprio Jamelli, foram até importantes na equipe profissional, entretanto subutilizados.