A Copa São Paulo de Futebol Júnior é um dos principais torneios de base de todo o mundo, sendo a porta de entrada de muitos atletas no cenário do país. Obviamente, nem todo jogador que faz parte de um elenco vitorioso consegue fazer sucesso profissionalmente, mas sempre existem as exceções, que conseguem se tornar sólidos jogadores e, por ventura, até se destacar em cenários na Europa.

O São Paulo é um dos finalistas da Copinha desse ano. O Tricolor Paulista retornará a uma final após oito anos, quando, naquela ocasião, derrotou o Santos nos pênaltis. Mas, a grande questão é: onde estão os jogadores presentes naquela decisão? A VAVEL Brasil preparou um especial falando sobre a situação de cada jogador da equipe paulista inscrito na competição.

É importante ressaltar que, naquele dia, a equipe titular foi: Richard; Filipe Aguaí, Fabiano, Bruno Uvini, Felipe Emanuel; Casemiro, Zé Vitor, Jéferson Paulista; Ronieli, Marcelinho [Lucas Moura], Lucas Gaúcho.  

Richard: importante na campanha, defendendo os três pênaltis batidos pelo Santos na final, atualmente é o goleiro titular e um dos principais jogadores do Paraná, sendo uma peça importante na campanha da Série B do ano passado, que consagrou a volta do Tricolor da Vila à primeira divisão nacional.

Filipe Aguaí: nunca recebeu chances na equipe profissional do São Paulo. Hoje, tem 26 anos e rodou por Sport, Jacuipense, Bellaria Igea e Monza, da Itália, último clube em que há seu registro.

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Bruno Uvini: foi integrado ao time principal em 2010, jogou o Sul-Americano Sub-20 em 2011 e fez parte da campanha da Seleção Brasileira nas Olímpiadas de Londres. Após isso, foi contratado pelo Napoli, onde não jogou muito, sendo emprestado para Santos, em 2014, e Twente, em 2015. Atualmente, está no Al-Nassr, da Arábia Saudita.

Fabiano: outro que não teve muitas chances pela equipe profissional. Rodou por clubes de menor expressão, como Barretos, Pirassununguense, Juazeirense, Bahia de Feira de Santana e Marcílio Dias.

Felipe Emanuel: rodou pelo país após sua passagem pelo São Paulo. Passou por Grêmio Barueri, Atibaia e Nacional-SP, até chegar ao São Paulo-RS, onde disputará o Campeonato Gaúcho esse ano.

Casemiro: provavelmente o jogador melhor sucedido profissionalmente. Apesar de nunca ter mostrado grande destaque pelo São Paulo, foi contratado pelo Real Madrid, se desenvolveu após um empréstimo no Porto e atualmente é uma das peças mais importantes no esquema de Zinedine Zidane e volante titular da Seleção Brasileira.

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Zé Vitor: foi emprestado ao futebol eslovaco, mais precisamente ao Slovan Bratislava, após a Copinha, mas nunca jogou muito. Passou por São Caetano, Chapecoense, Rio Claro, São Carlos, Atibaia e atualmente está no Itabaiana, de Sergipe.

Jéferson Paulista: se destacou na campanha, mas resolveu se transferir ao Botafogo em 2011, com o intuito de receber chances em nível profissional. Pelo Alvinegro, porém, nunca jogou muito, foi emprestado diversas vezes e está no Gama, time do zagueiro Lúcio, desde 2016.

Ronieli: autor do gol no tempo regulamentar na final e uma das grandes promessas dessa safra, tornou-se um andarilho no futebol: passou por Karsiyaka, Gyeongnam, Sagan Tosu, Chapecoense, XV de Piracicaba, Bragantino, Adanaspor, Mogi Mirim, Vila Nova e está no Luverdense, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.

Marcelinho: hoje conhecido como Lucas Moura, era o grande nome daquela geração e um dos melhores jogadores que Cotia já produziu. Atualmente, porém, é reserva no PSG, não tendo muito tempo de jogo, mas com um enorme potencial ainda, vista tamanha qualidade técnica. Deixou o São Paulo após vencer uma Copa Sul-Americana.

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Lucas Gaúcho: artilheiro da Copinha, chegou a subir ao profissional, marcou alguns gols e só. Ficou por isso, sendo uma das maiores decepções dessa geração. Não possui mais nenhum vínculo com o Tricolor. Foi emprestado para muitas equipes, rodou alguns países e jogará a Libertadores em 2018, pelo Jorge Wilstermann.

Dener: apesar de atuações sólidas naquela Copinha, tem apenas uma partida pelo profissional do São Paulo. Foi emprestado para Paulista, Guarani e América-RN e defende o Portimonense, da primeira divisão de Portugal, desde 2015.

Bruno Anjos: não empolgou muito no São Paulo, sendo emprestado para Qabala, do Azerbaijão, Monte Azul, Paulista e São José dos Campos.

Leonardo Navacchio: goleiro reserva, manteve seu vínculo com o Tricolor Paulista até 2015, sendo emprestado para Sertãozinho, Oeste e América-RN. Com o fim de seu vínculo, atua pelo Portimonense, mesmo clube de Dener, desde então.

Luiz Paulo: zagueiro, não atuou muito na Copinha e não recebeu chances na equipe profissional. Passou por Oeste, Mirassol, Vitória, Rio Branco-SP, Desportivo Brasil e atualmente está sem clube.

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Willian Arão: nunca jogou profissionalmente pelo São Paulo. Foi para o Corinthians em 2011, fez parte do elenco campeão mundial, foi emprestado à famosa ‘BarceLusa’, em 2013 e teve seu primeiro momento de destaque no Botafogo, em 2015, quando foi o melhor jogador da Série B. Um ano depois, assinou com o Flamengo, clube no qual jogou por mais de 100 partidas.

Paulo Henrique: meio-campista, também não teve oportunidades na equipe principal. Passou por Noroeste e Mirassol e desde 2014 defende o Cluj, da Romênia.

Alfredo: manteve seu vínculo com o São Paulo até 2015, foi emprestado ao América-RN, fazendo parte da equipe que eliminou o Fluminense pela Copa do Brasil, no Maracanã. Em 2015, assinou com o Portimonense e foi emprestado para Luverdense e Paysandu posteriormente. Atualmente, está no Uberlândia.

João Schmidt: mesmo jovem, fez parte do elenco campeão. Após um empréstimo ao Vitória de Setúbal, em 2015, passou a jogar mais pela equipe principal do São Paulo, sendo importante na campanha da Taça Libertadores em 2016. No ano passado, assinou um contrato com a Atalanta.

Gabriel Xavier: resolveu deixar o São Paulo antes mesmo de estrear como profissional, indo para a Portuguesa. Seu grande momento de destaque foi em 2015, quando assinou com o Cruzeiro. Após isso, passou, emprestado, por Sport e Vitória e atualmente está no Nagoya Grampus, do Japão.

Régis: passou despercebido pelo Morumbi. Após se destacar em alguns empréstimos, assinou com o Sport em 2014, sendo importante à equipe naquele ano. Após, passou por Palmeiras, aonde não deixou saudades, e Bahia, conquistando a Copa do Nordeste do ano passado. Jogará em definitivo no Tricolor de Aço em 2018.

Rodrigo Caio: muito jovem na época, não participou muito dessa campanha, mas estava inscrito. Atualmente, é o principal nome da defesa do São Paulo, briga por uma vaga na Seleção Brasileira na Copa do Mundo e pode se transferir ao futebol europeu. 

(Foto: Brazil Photo Press/CON - LatinContent Editorial)