O Vasco foi até o Olímpico Patria, em Sucre, na Bolívia com quatro gols de vantagem na bagagem. O time cruzmaltino só não contava com o início avassalador do adversário, o Jorge Wilstermann. O time boliviano devolveu o placar de 4 a 0 sofrido em São Januário e levou a partida para os pênaltis.
Apesar do jogo duro, o Vasco se classificou nos pênaltis após brilhante atuação de Martín Silva e se juntará a Cruzeiro (BRA), Racing (ARG) e Universidad do Chile (CHI) no grupo 5. A estreia do time na fase de grupos está marcada para o dia 13 de março, em São Januário, contra a LaU às 21h30.
Início nervoso, três gols em quinze minutos e apagão cruzmaltino
Precisando da vitória por cinco gols de diferença, o Jorge Wilstermann começou a partida em um ritmo alucinante. Logo aos cinco minutos de jogo Serginho cruzou para o desvio de costas do zagueiro Zenteno, que abriu o placar em Sucre. No lance seguinte, aos seis, o mesmo Serginho levantou para Pedriel marcar de cabeça.
Com dois gols em seis minutos, o Vasco sentiu o baque e começou aí a blitz boliviana. Com inversões e lançamentos da zaga até a ponta esquerda - em busca do cruzamento de Serginho -, o Cruzmaltino se viu perdido em campo e sem expectativa de melhora.
Abusando dos cruzamentos e escanteios dentro da área, o Jorge Wilstermann pressionou o Vasco até o terceiro gol, aos 16. Serginho, bastante acionado pela ponta esquerda, mais uma vez cruzou na área cruzmaltina e Chávez ampliou o placar. Logo depois, Paulão quase marcou contra, demonstrando o abatimento do time.
Após os 20 minutos o Vasco conseguiu se reestruturar enquanto o Jorge Wilstermann dominava a posse de bola mas perdia o ímpeto do início da partida. A única chance clara do time cruzmaltino saiu dos pés do camisa 10, Evander arriscou de longe e obrigou o goleiro Giménez a fazer grande defesa.
Vasco volta melhor no segundo tempo, equilibra as ações mas sofre o quarto gol
O Vasco teve um início de segundo tempo melhor do que da primeira etapa. O Cruzmaltino voltou do intervalo conseguindo trocar passes e até criar algumas jogadas agudas. Já o Jorge Wilstermann não conseguiu repetir a atuação do primeiro tempo e demonstrou certo cansaço físico devido ao início de jogo avassalador.
No melhor momento do Vasco na partida, já aos 21, Zé Ricardo sacou Wagner para a entrada de Rildo. A substituição foi efetiva e o ponta começou a atuar pelo lado esquerdo, invertendo com Paulinho. Em uma das oportunidades, o atacante fez boa jogada individual pela esquerda e só foi parado por Zenteno na hora do último passe.
Apesar de ter melhorado em campo, o Vasco sofreu mais uma vez com a bola parada. Pela quarta vez, Serginho levantou na área cruzmaltina e Martín Silva viu Zenteno subir sozinho para marcar o quarto gol boliviano. Com o gol, o jogo se encaminhava para os pênaltis, onde seria decidida a vaga no grupo 5.
Com o clima tenso e precisando da vitória, o Vasco continuou nervoso e se viu obrigado a segurar de todas as formas o resultado. Aos 38, perto do fim, Thiago Galhardo respondeu a provocação de Serginho e foi expulso, deixando o Cruzmaltino com um a menos.
Nos pênaltis, Martín Silva brilha e Vasco consegue a classificação
Nos pênaltis, apesar de iniciar bem as cobranças, o Cruzmaltino dependeu de seu capitão Martín Silva para assegurar a vaga na fase de grupos da Libertadores. O goleiro uruguaio defendeu três dos cinco pênaltis: Lucas Gaúcho, Meleán e o último de Alex Silva.
RELAÇÃO DAS COBRANÇAS DE PÊNALTI | ||||
VASCO DA GAMA | x | JORGE WILSTERMANN | ||
Andrés Rios | GOL | 1-0 | DEFESA | Lucas Gaúcho |
Yago Pikachu | GOL | 2-1 | GOL | Melgar |
Desábato | TRAVE | 2-1 | DEFESA | Meleán |
Wellington | GOL | 3-2 | GOL | Ortiz |
Rildo | DEFESA | 3-2 | DEFESA | Alex Silva |