Em matéria realizada pela VAVEL Brasil, em outubro de 2019, foi abordado da fragilidade do Cruzeiro em revelar jogadores ofensivos para o mundo no século XXI: foram apenas cinco jogadores ofensivos que a Raposa negociou junto aos grandes centros do futebol europeu. Quais seriam esses centros? Por serem países de maior visibilidade e prestígio, Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália – não necessariamente nesta ordem.

Geovanni, Kerlon, Jussiê, Léo Bonatini e Vinícius Araújo são os solitários casos em meio a uma evidente dificuldade na instituição em ter suas crias ofensivos nos centros.

Em entrevista à Rede Bandeirantes, Maurício revelou que, no final de 2019, recusou uma proposta para jogar na Inglaterra, quando atuaria pelo Manchester City. Se o meia tivesse aceitado o convite, quebraria um longo período de quase 18 anos em que o Cruzeiro ficou sem negociar um meia da Toca para um dos centros europeus. O único no século, inclusive, foi Geovanni - vendido ao Barcelona em janeiro de 2002 por um valor de 18 milhões de dólares.

De lá para cá, a equipe celeste não conseguiu efetuar uma sequer transação de um meia da casa às grandes ligas europeias, refletindo o grave problema da base em gerar receita com seus jovens.

Em profunda crise, Maurício e Cacá são considerados as joias do elenco atual, e o clube já manifestou da possibilidade de vendê-los a fim de contribuir para o diminuo na queda de receitas. Hoje, o meia de 18 anos é um dos mais queridos da torcida e destaque do início da temporada. Trata-se do artilheiro da equipe com três gols.

  • O ‘sim’ de Maurício ao Cruzeiro

O aval de Maurício para que o Cruzeiro pudesse rejeitar o Manchester City chama atenção. É importante ressaltar que quando um atleta não está em sintonia à intensão do clube, o desfecho de uma negociação pode ser a favor do boleiro. Seria compreensível que Maurício pedisse à Raposa para ser negociado, por simplesmente se tratar de um dos principais clubes do mundo, e sua juventude ousasse em optar numa oportunidade que a maioria não tem. Tal postura poderia resultar em outra atitude do Cruzeiro, liberando-o.

Mas o fato é que o meia quis ficar em Belo Horizonte, comprovando de seu amor pelo time. “Eu queria continuar neste ano, para essa reconstrução, ter o meu ritmo de jogo, fazer a minha história no Cruzeiro", afirmou.

Em entrevista para o Super.FC, em abril, Maurício também fez questão de ressaltar sua conexão à equipe e de sua vontade em fazer história. “Eu amo o clube, tenho um carinho muito grande pelo Cruzeiro e eu quero ficar para fazer história", concluiu.