A situação financeira do Corinthians definitivamente não é das melhores, e, devido à pandemia da Covid-19, o clube decidiu demitir funcionários e atletas à partir da próxima semana. A decisão já era analisada há alguns dias e a decisão foi tomada em reunião na última terça-feira (26), segundo matéria publicada pelo "GloboEsporte.com".

O clube tentou todas as alternativas para preservar empregos durante a pandemia de coronavirus, inclusive com depoimentos público do presidente Andrés Sánchez e do diretor financeiro Matias Ávila, porém a crise provocada pela paralisação das atividades foi mais seria do que eles imaginavam, e a única alternativa foi partir para as demissões.

Na equipe profissional do Timão, dificilmente haverá mudanças drásticas, por conta das multas rescisórias altas dos atletas e o rompimento do contrato obriga o pagamento de todo o tempo de contrato restante. No último mês, houve redução de 25% nos salários dos atletas em carteira.

Baseado na Medida Provisória 936, editada pelo governo federal no mês de abril, o Timão optou por reduzir os salários de seu quadro de funcionários entre 50% e 70%, como alternativa para preservar empregos.

No entanto, a situação piorou, as receitas continuaram caindo, a incerteza em relação à volta do futebol aumentou e os cortes de pessoal devem acontecer mesmo assim. Vale lembrar que no ano passado, o Corinthians fechou seu balanço com um déficit de R$ 177 milhões e viu sua dívida acumulada (sem contar a Arena Corinthians) subir para R$ 665 milhões.

Com esses números e a crise por conta da pandemia de Covid-19, o clube vai adiantar 100% do dinheiro da venda de Pedrinho junto a um banco europeu, a fim de quitar dívidas imediatas. A base do clube deve ser o mais afetado pelos cortes.

Atletas sem contrato profissional e que não tinham muito espaço, serão dispensados. A categoria Sub-20, por exemplo, deve ser a mais preservada no momento, mas pode sofrer alguns ajustes.

Comissões técnicas e setores administrativos terão seus quadros de funcionários enxugados com a unificação de categorias.

Há uma explicação para esse enfoque maior na base: é provável que as competições destinadas ao futebol de base não aconteçam em 2020, tanto as estaduais quanto as nacionais. Sendo assim, até mesmo as tradicionais peneiras para buscar jovens jogadores, tendem a ser extintas e, por consequência, os funcionários que trabalham nesse setor serão demitidos.

A equipe Sub-23, que abriga jogadores que estourem o limite de idade do Sub-20 e outras peças que possam um dia ser aproveitadas no profissional, deve sofrer um grande corte, também pela ausência de competições neste ano. Alguns esportes amadores devem ser afetados da mesma forma. O basquete já havia sido desativado e os atletas não tiveram seus contratos renovados.