O ano de 2013 foi complicado para o São Paulo. Em campo, o Tricolor brigou contra o rebaixamento - e só se salvou após a chegada de Muricy Ramalho, técnico que se tornou ídolo do clube. O nome escolhido para ser o redentor, entretanto, poderia ser outro. Foi o que revelou André Villas-Boas, atual treinador do Olympique de Marseille, em entrevista ao Esporte Interativo nesta segunda-feira (02). 

De acordo com o português, ele foi procurado pela então diretoria do São Paulo para comandar a equipe. Mais do que isso: acertou a ida para o Tricolor. A transferência não se concretizou por conta, justamente, do momento ruim vivido pelo SPFC. Mas não por desejo do técnico.

Lembrando até mesmo o nome do presidente que fez a proposta por ele e o treinador que ele deveria suceder, o atual comandante do OM descreveu como foram as conversações. "Foi curioso. Era para ser o meu próximo passo após a saída do Chelsea. Tive um encontro com Juvenal Juvêncio na casa do vice-presidente do São Paulo. O que estava acordado entre nós, que era uma exigência minha, era eu começar com o Estadual porque eu queria implementar uma série de mudanças que não poderiam acontecer durante o Campeonato Brasileiro. Foi por isso que falhou. O Leão estava muito pressionado por resultados, e o Juvenal queria mudar. Ele me ligou e eu disse que não. Uma pena, estava com muita vontade", relembrou.

Desejo

Na entrevista, ele destacou que tinha algo para ensinar aos jogadores do país. E, também, que trabalhar em solo brasileiro é uma vontade antiga. "Sempre quis treinar no Brasil. Agora, como me restam poucos anos de carreira, não sei se é possível, mas estou muito feliz com a chegada dos portugueses. Queria entrar em contato com o talento puro dos brasileiros e ensinar nosso conhecimento europeu, comportamentos táticos e técnicos, para que o talento saia ainda mais completo do Brasil. Tive muita pena que isso não tenha acontecido", finalizou.