Rafael Cezar Pin, natural de Palmeira D’Oeste-SP, iniciou sua trajetória nas categorias de base do Rio Preto, em 2006. Atualmente, veste a camisa da Inter de Limeira, onde já fez história. O goleiro, de 28 anos, foi protagonista no retorno da equipe paulista à elite do futebol estadual após 14 anos. Em 2019, contra o XV de Piracicaba, Rafael defendeu duas das seis cobranças de pênaltis e garantiu o acesso da Inter para a Série A1 do Campeonato Paulista.

Na temporada passada disputou a Série B do Brasileirão pelo Guarani e em 2021 está de volta ao Leão, onde tem contrato até o final de 2022, para a disputa do Paulistão. Ele concedeu uma entrevista exclusiva para a VAVEL Brasil, onde contou sobre sua trajetória no futebol e os objetivos da Inter de Limeira. Assista o vídeo da entrevista na íntegra e leia algumas passagens marcantes abaixo.

Confira os melhores trechos da entrevista

VAVEL Brasil: Você iniciou sua trajetória no Rio Preto, no ano de 2006. O que te motivou a ser jogador de futebol? Qual a sua maior inspiração, seja um goleiro ou outro profissional?

Rafael Pin: Comecei nas escolinhas da minha cidade natal, e depois fui para as categorias de base do Rio Preto, onde dei início na minha carreira profissional. Um dos motivos é ajudar a família e graças a Deus as coisas deram certo. Eu gosto de ver o Oblak, que é um dos melhores do mundo, além do Cássio, Rogério Ceni e Marcos, grandes goleiros que a gente pega um pouquinho de cada para aprender cada vez mais.

Qual foi a sensação de disputar a Série B do Campeonato Brasileiro pela primeira vez, defendendo o Oeste?

A Série B é um campeonato que todos os jogadores querem jogar, pois é um torneio nacional que os atletas aparecem. Eu não joguei muito lá, mas ganhei experiência e maturidade para a minha carreira. É um campeonato muito bom, que dá uma visibilidade muito grande como, por exemplo, o Paulistão.

Depois de breve passagem pelo Osasco Audax, você chegou na Inter de Limeira e já chegou fazendo história. Como você descreve o acesso para a Série A2 e o vice-campeonato da Copa Paulista?

Vim para cá em novembro de 2016, onde começamos a pré-temporada. No ano de 2017, conseguimos esse acesso para a Série A2. A Inter é um clube grande, que estava crescendo e precisava subir de divisão e fomos felizes. Nosso grupo era muito forte e fomos vice do Paulista e depois manteve o time na Copa Paulista, onde fizemos um ótimo campeonato também. Nós conseguimos levar a Inter para a Copa do Brasil, algo que é muito grande para um atleta. Foi só o começo da minha trajetória nesse clube, que estou na minha 5ª temporada e tenho um carinho muito grande.  

Você foi um dos protagonistas do retorno da Inter à elite do futebol paulista após 14 anos. Qual foi a sensação de defender duas cobranças de pênaltis e garantir esse tão sonhado acesso do Leão para a Série A1 do Campeonato Paulista?

Esse jogo aí vai ficar guardado na memória de todos os torcedores da Inter, jogadores, comissão técnica, diretoria, familiares etc. Foi um jogo para consagrar mesmo, pois depois de 14 anos, conseguir colocar a Inter na elite novamente é muito gratificante. O Leão é um clube que não pode sair da primeira divisão e tem que se manter. Ano passado conseguimos fazer um grande Paulistão, algo que buscamos repetir neste ano.

Tem um episódio muito memorável da torcida te enaltecendo na Arena Corinthians. Já entrando nesse assunto, gostaria de te perguntar sobre como é a relação da torcida da Inter com a equipe, especialmente com você?

Minha esposa trabalha na Arena Corinthians e eu também joguei cinco anos no Corinthians, então foi um jogo importante para a minha carreira, que aprendi muitas coisas boas. O torcedor lá nos recebe com muito carinho, assim como a minha família. Tenho um carinho muito grande com eles, claro que a gente conquistou isso com as conquistas e atuações, e eu só tenho que agradecer a eles.

Qual é o principal objetivo do Leão nesta temporada, especialmente no Paulistão?

O primeiro passo, acho que de todos os clubes do interior, é somar os pontos para se afastar da parte de baixo. Depois é buscar a classificação para as eliminatórias e temos tudo para classificar sim. A gente que o Santo André é um concorrente, mas tenho certeza de que se fizermos grandes jogos e somar pontos, pois com 13 ou 14 pontos pode ser que aconteça a classificação. Está tudo em aberto e vamos lutar para levar a Inter a esse objetivo, pois será muito importante não só para o clube, mas para todo o grupo, comissão e diretoria. A Inter vai aparecer ainda mais no cenário do futebol brasileiro.

E por fim, gostaria de saber sua uma opinião sobre a paralisação dos campeonatos no Estado de São Paulo. Quais pontos positivos e negativos você vê para a Inter?

Isso é uma situação muito difícil que a gente está vivendo. Acho que todos acharam que o torcedor iria voltar aos estádios em 2021, mas está difícil e muitas pessoas estão morrendo, especialmente com a falta de leitos. Claro que a gente, jogador, não queria que parasse o campeonato, pois estamos em uma crescente e adquirindo cada vez mais ritmo de jogo. Por outro lado, sabemos que o que vale em primeiro lugar é saúde. O que for decidido iremos acatar e respeitaremos. O principal é continuar focado para fazer o melhor dentro de campo.

Qual é sua maior meta dentro de sua carreira? O Rafael, de 28 anos, tem qual principal objetivo dentro do futebol?

Todo jogador sonha em chegar na Seleção Brasileira. A gente sonha em jogar grandes campeonatos, como o Brasileirão da Série A, campeonatos europeus etc. Esses foram um dos motivos quando eu comecei no futebol e sonhava em chegar num clube que jogue a Libertadores. Estou em uma idade boa e tenho certeza que eu fazendo um grande Paulistão, coisas boas irão acontecer.