O técnico Ariel Holan foi mais um que se rendeu ao talento de Ângelo Gabriel, de apenas 16 anos. Dois dias após o atacante se tornar o jogador mais jovem a marcar um gol na história da Libertadores, o treinador do Santos não poupou elogios à revelação da equipe, que foi decisivo na vitória por 3 a 1 sobre o San Lorenzo.

"Eu vejo muito potencial no Ângelo, é um menino que gosta de ir para o gol. Eu gosto muito do futebol brasileiro, e o ngelo joga o futebol brasileiro. Essa essência do drible, do enfrentamento com o adversário é muito importante”, afirmou Holan ao canal SporTV.

“É muito importante ter um time que vá para o gol. O Ângelo é um desses jogadores que não vai para as laterais, ele vai para frente e gosta de combinações para atacar o time adversário”, completou.

Apesar de ter apenas 16 anos, Holan acredita que Ângelo ainda brilhará em grandes centros esportivos.

"Tem um futuro enorme, trabalhando muito, ele vai poder jogar não somente no Santos, mas creio que, no futuro, poderá jogar em grandes ligado do mundo."

Para finalizar, Ariel Holan ainda comentou sobre o estilo de futebol que tem buscado implementar no Santos.

“Esse é o futebol que eu gosto, que eu via no Santos quando era muito pequeno. O Brasil de 70, com Jairzinho, Tostão, Pelé, Rivelino, Gerson, Clodoaldo, Carlos Alberto por fora… Esse é o futebol que eu gosto, e espero que o Santos possa jogar um futebol semelhante a esses times que admirava quando era pequeno”, finalizou.

Mais sobre Ângelo

O atacante viveu um drama, assustou a diretoria do Peixe e chegou a pensar que fosse morrer. Conforme inicialmente publicado pelo "Lance".

Em outubro de 2019, Ângelo foi convocado para defender a Seleção Brasileira sub-15 em amistosos no Rio de Janeiro. Na volta ao Santos, o jogador se reapresentou no CT Rei Pelé, com muitas dores de cabeça e acabou sendo internado na Santa Casa de Santos. Ele passou por diversos exames e não foi diagnosticado o problema, então ele foi transferido para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

De início, os médicos suspeitaram de meningite, dengue ou chicungunha. E ngelo passou sete dias internado, recebeu a visita de José Carlos Peres, que era o presidente do clube na época. Depois que recebeu a alta e o dignostico de Coxsackie, que é popularmente conhecida como doença mão-pé-boca, o atacante demorou mais duas semanas para enfim retornar aos gramados.

"Eu pensei que eu ia morrer. Sentia muita dor de cabeça e muita febre. Mas eu tive suporte da minha família, meus pais, meus avós, e me ajudaram a recuperar", afirmou o jogador, em uma entrevista à TV Bandeirantes.

O problema foi superado. O jogador ainda foi campeão sul-americana sub-15 com a Seleção Brasileira em 2019. Um ano depois fez a sua estreia no profissional do Santos, se tornando o jogador mais jovem a estrear na equipe profissional do Peixe, com apenas 15 anos.