O São Paulo foi até a Argentina e empatou com o Racing sem gols, pela terceira rodada da Libertadores nesta quarta-feira (5). Com o ponto conquistado, o Tricolor continua na liderança do grupo, com sete pontos. 

Fora do resultado, temos que analisar o que foi o jogo. E por aqui não vamos falar de raça ou de vontade. Vamos explicar a tática por trás do resultado.

A partida foi um ótimo teste para Crespo. Pela primeira vez o treinador enfrentou uma equipe que, de fato, estudou o São Paulo e apresentou, dentro de campo, maneiras de complicar o modelo de jogo da equipe. 

Crespo trabalha o Sâo Paulo para fazer a construção ofensiva desde o goleiro. Ou seja, o ataque do time é construído desde Volpi, passando pelos zagueiros, alas, meias, até chegar ao ataque. Só que esta forma de jogar foi anulada pelo Racing. Como?

Simples, por causa da marcação alta. O time argentino marcou alto e com pressão a maior parte do jogo. Desta maneira, dificuldava o tricolor a sair jogando. Benítez, Pablo e Luciano ficaram isolados e pouco tocaram na bola. Claro, a pelota não chegava para eles. 

E pela primeira vez, o SP não soube como jogar. Não tinha uma "carta na manga". Por isso que a partida é um bom teste para Crespo. A partir deste jogo, ele vai poder elaborar saídas para que a equipe possa ter repertório.