Lanterna do Brasileirão, o Grêmio entrou em campo no domingo (4) diante do Atlético-GO com o desafio de conquistar a primeira vitória no Brasileirão, condição determinada pela diretoria para manter Tiago Nunes no comando técnico após arrancada ruim no campeonato. Lucão marcou o único gol em Porto Alegre e ele foi demitido após o apito final.

O mais cotado para substituir Tiago Nunes é Luiz Felipe Scolari, o Felipão, que está sem clube desde janeiro, quando deixou o Cruzeiro. Ele foi campeão na década de 90 e voltou em 2014/15, justamente quando Romildo Bolzan era o presidente.

Desta vez, Tiago Nunes ganhou dois reforços no setor defensivo. O goleiro Brenno, recuperado da Covid-19, e o zagueiro Kannemann, que cumpriu suspensão na última rodada. Fora isso ele manteve a base no meio, com Matheus Henrique e Victor Bobsin, e deu outra oportunidade a Jean Pyerre. O camisa 88 teve boa chance no segundo tempo, mas Fernando Miguel defendeu.

Apesar das mudanças, o tricolor apresentava problemas antigos como uma lentidão na troca de passes e pouca criatividade, sem infiltrações nem tabelas para confundir a zaga rival. Douglas Costa e Ferreira alternavam posição nas pontas e Diego Souza ficava mais centralizado. O segundo era mais acionado e como o time atacava mais pela esquerda, a defesa neutralizava as tentativas. Para completar, os laterais Rafinha e Diogo Barbosa tiveram atuação discreta ofensivamente.

Sem Natanael nem Janderson, suspensos, Eduardo Barroca mudou a formação do Dragão e escalou três volantes para reforçar a marcação, pressionar a saída de bola do adversário e investir nos contragolpes usando principalmente André Luís. Além disso, Lucão ganhou a vaga de Zé Roberto entre os titulares. O camisa 9 finalizou duas vezes ao longo dos 90 minutos - primeiro cabeceou livre na pequena área e Brenno espalmou. Na outra ele decidiu o jogo ao completar de pé direito uma boa jogada de Dudu pela direita. No lance, o lateral arrancou pelo corredor, deu um corte seco em Diogo Barbosa e cruzou rasteiro.

A equipe gremista construiu e finalizou 12 vezes no primeiro tempo, contra apenas quatro do rival, mas não controlou as ações, tanto que houve equilíbrio na posse de bola (51% contra 49%). Com poucas jogadas de linha de fundo, Diego Souza parecia isolado e não conseguiu cabecear nenhuma vez na direção do gol. Ele teve duas chances, ambas de pé direito, bateu uma pra fora e depois chutou fora e praticamente recuou para o goleiro. 

A falta de agressividade dos mandantes diminuiu na etapa final e o gol expôs ainda mais os problemas do time, que parecia abatido, errava muitos passes e encontrava dificuldade para acelerar jogadas. O centroavante Ricardinho também entrou, assim como o ponta Léo Chú, que ocupou a vaga do lateral Diogo Barbosa, mas nenhum deles conseguia incomodar Fernando Miguel.

A partida rolou até os 50 minutos e o clube goiano comemorou porque subiu para o sétimo lugar, com 13 pontos, um atrás do Bahia, que fecha o G-6. Já o gaúcho, por sua vez, segue em último na tabela. São Paulo, Cuiabá e Chapecoense completam a zona de rebaixamento.

Classificação e próximos jogos

Além da busca pelo novo técnico, o Grêmio terá uma semana difícil pela frente com dois desafios importantes. Na quarta (7) tem o Palmeiras no Allianz Parque e sábado (10) é dia de Grenal na Arena.

O Atlético-GO também volta a jogar na quarta (7), quando recebe o Sport em Goiânia, e depois vai a Caxias do Sul enfrentar o Juventude no domingo (11).