O Brasil venceu o Peru, por 1 a 0, nesta segunda-feira (5), no Engenhão, e está na final da Copa América. Lucas Paquetá marcou o gol da vitória, no primeiro tempo da partida. Em entrevista após o apito final, o técnico Tite falou sobre o desgaste físico da equipe, que jogou praticamente todo o segundo tempo da partida contra o Chile, pelas quartas de final, com um jogador a menos. Já que Gabriel Jesus foi expulso.

A retomada de um padrão normal é muito difícil. Os trabalhos que executamos para o jogo também foram muito cuidadosos, e eu estou falando em aspectos físicos, também no aspecto alimentar, na fisioterapia. Todo o staff de trabalho deu a melhor condição possível de recuperação, mas ela não foi (ideal), porque jogamos com um a menos. Traduzindo em números, a equipe jogou um jogo de futebol e mais 30% de um jogo no último jogo. Ela teve 72 horas para se recuperar, e não há tempo hábil. Por que estou falando isso? Porque fez um grande primeiro tempo, poderia ter traduzido em gols, não fez, e com o passar do tempo a capacidade de enfrentamento, mobilidade se perdeu aos poucos” disse.

E completou elogiando Paquetá e todos os jogadores: “Ficam meus parabéns ao Paquetá, mas também a toda a equipe, que fez um grande trabalho para que nós tivéssemos o desempenho que teve. O Brasil mereceu. Poderia ter feito um placar melhor, poderia ter traduzido em gols no primeiro tempo, mas não fez”.

O adversário da seleção brasileira na final, sairá do duelo entre ArgentinaColômbia. As equipes se enfrentam nesta terça-feira (6), no Mané Garrincha. O comandante afirmou que não tem preferência na decisão.

Eu respeito muito o trabalho dos técnicos, das equipes e das seleções. A única coisa que eu disse na palestra é que a gente enfrentaria o Peru de novo. Falei com o Gareca: ‘De novo?’ Não queria toda hora. Ele também disse. Eu coloquei na palestra que a gente não quer ganhar de ninguém, a gente quer fazer nosso trabalho e ser merecedor da nossa conquista, de chegar a uma final. Não tenho preferência”.

Na sequência, explicou a escolha por Ederson como goleiro titular da seleção. Segundo Tite, um dos fatores é o momento que cada arqueiro vive.

Temos três grandes e extraordinários goleiros. Ninguém é melhor do que ninguém. Talvez o momento possa ser determinante para a escolha, aí tem o Taffarel e o Marquinhos (auxiliar do preparador de goleiros), que são importantes nesse preparo. Estamos tranquilos em relação a isso” encerrou.