Mesmo jogando em casa, no Mineirão, o Cruzeiro foi devastado pelo Avaí neste sábado (17), em jogo válido pela 12ª rodada do Brasileirão Série B. Os catarinenses venceram o confronto por 3 a 0, com gols marcados por Marcos Serrado e Renato (duas vezes), e aumentaram a crise no time mineiro, que agora está bem próximo do Z-4 na classificação.

Sem o técnico Mozart no banco de reservas, que cumpriu suspensão após receber cartão vermelho na última partida contra o Botafogo, o auxiliar técnico Dênis Iwamura precisou justificar o resultado na entrevista pós-jogo. De início, ele analisou o desempenho da Raposa em campo.

“A gente começou o jogo melhor que o Avaí. Tivemos e criamos algumas chances e, no nosso erro, ali um lance de sorte deles também, eles conseguiram marcar e tivemos que alterar toda nossa estratégia. Conseguimos terminar o primeiro tempo melhor que eles”, iniciou.

“Fizemos algumas alterações no segundo tempo que, no meu modo de ver, melhoramos muito na partida, criamos várias chances, colocamos a bola no travessão, perdemos um lance com Felipe dentro da pequena área e, na situação que a gente se encontra, tem que ir para a vitória. Abrimos o time um pouco mais com Wellington [Nem] e Giovanni; continuamos ofensivos, mas infelizmente, defensivamente, tomamos dois contra-ataques que acabaram definindo o jogo”, complementou.

Questionado sobre a semana de treinamento da equipe mineira, Dênis explicou como foram feitas as escolhas para escalar o time titular que encarou o Avaí e lamentou que a estratégia traçada não deu certo. Além disso, destacou os problemas que o técnico Mozart encontra para achar o time ideal.

“Realmente estávamos pedindo muito essa semana de treinamento e foi uma semana produtiva apesar do resultado. As escolhas para o time inicial foram baseadas nos jogos que a gente já tinha feito e também no desempenho durante a semana. O Mozart tem uma metodologia que deixa as disputas em aberto dentro do elenco, procurando dar oportunidade a todos os jogadores, de acordo com o desempenho deles nos treinamentos e jogos”, começou.

“Tínhamos uma estratégia para esse jogo. Infelizmente, depois que sofremos o primeiro gol, tivemos que alterar um pouco essa estratégia. Mais uma vez, sendo repetitivo, mudamos no intervalo, voltamos melhores, mas também tem o adversário do outro lado, que fez os ajustes de acordo com o nosso time e acabou conseguindo fazer dois gols no segundo tempo nos nossos erros. Se tivéssemos empatado, seria uma história totalmente diferente”, continuou.

“Quanto a não achar a formação ideal ainda, eu vejo como uma coisa até natural. A gente tem lutado com vários problemas, inclusive com lesões dentro do nosso elenco. Vários atletas em etapas diferentes da parte física e sobrecarga de jogos que obrigaram também a fazer revezamento de alguns jogadores. A gente ainda não encontrou [o time ideal] e não tivemos todos os jogadores à disposição, então é um desafio que temos que solucionar”, finalizou a explicação.

Preocupação com a performance

Por fim, o auxiliar não se mostrou preocupado com a colocação do Cruzeiro na classificação, mas sim com a performance. O desejo inicial é de solucionar os problemas e fazer com que o elenco volte a jogar bem para encontrar os resultados.

“Nossa única e exclusiva preocupação é com a performance. A gente precisa, primeiramente, solucionar os problemas dentro do nosso próprio time, voltar a jogar bem, ter o reencontro com as vitórias, começando pela primeira, então é jogo a jogo, nem olhando para cima e para baixo, mas olhando internamente aqui para o que podemos melhorar e evoluir. Na verdade, nem pensamos muito em subir ou na zona de rebaixamento. Agora vamos digerir esse jogo aqui, o que deu errado, fazer os ajustes e pensar no Remo”.

Em situação delicada, o Cruzeiro se encontra na 16ª posição, com 11 pontos, e apenas dois acima da zona de rebaixamento. O clube tentará se recuperar diante do Remo na terça-feira (20), às 19h, fora de casa.

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