O técnico Lisca criticou a arbitragem após o empate diante o Brasil de Pelotas por 1 a 1 em São Januário, nesta sexta-feira (3), pela 22ª rodada da Série B. Ele comentou sobre o polêmico gol anulado do atacante Daniel Amorim aos 37 minutos da etapa final, marcado em rebote de cobrança de falta de Andrey na trave.

"Eu acho que o bandeira foi no protocolo, esperou as linhas, mas, mais uma vez, aqui em São Januário, as linhas não foram traçadas. Já foi na Série A no ano passado. Este ano, em um momento decisivo do jogo houve um erro gritante de arbitragem". O VAR revisou o lance e confirmou a anulação do gol.

Apesar da reclamação, o treinador ressaltou os erros individuais que têm sido frequentes do seu time

"Os erros individuais são difíceis para o treinador resolver. Talvez mudando o time, mudando situações. Mas nós não podemos mais errar. Não adianta errar e pedir desculpas, dizer "eu errei". "Desculpa, errei de novo". Não podemos mais entregar gols como vem acontecendo. Mas nenhum erro é de propósito, nenhum jogador entra ali para errar. Os erros acontecem durante a partida. Infelizmente, para nós, em lances capitais do adversário. Hoje o Brasil praticamente não criou nenhuma chance. Demos o gol para o Brasil. A solução vem na conversa. No comprometimento dos jogadores e na alternância dos jogadores, vamos estudar para minimizar isso e diminuir essa sequência de erros individuais que atrapalham."

Jejum de Cano

Lisca ainda comentou sobre a fase ruim e a seca de gols que vive o atacante Germán Cano, que perdeu um pênalti.

"Acho que é um conjunto de várias situações. Não é o momento. O Cano tem tido várias situações. Hoje ele teve inclusive um pênalti, acabou não acertando. Tem participado, a bola tem passado bastante na área, talvez um pouquinho mais de sincronia no passe, com o movimento dele. Ele precisa fazer o gol para tirar também da cabeça. Ele está chateado com essa situação, porque é uma referência nossa. É um cara que puxa o processo, e os gols dele fazem muita falta para gente."

Ele ressaltou a dificuldade que os visitantes colocaram no segundo tempo.

"Acho que fizemos, atacamos o fundo com Andrey, com Marquinhos do outro lado, o próprio Jabá do lado esquerdo, o Léo chegou aqui algumas vezes pelo lado direito, o próprio Pec teve uma boa chance, a nossa primeira chance numa jogada combinada dele com Marquinhos. Mudamos no segundo tempo para ter mais essa jogada de profundidade. O bloco baixo do Brasil também nos prejudicou demais, eles fecharam demais os cantos do campo, depois foram para uma linha de cinco. Então, a estratégia do adversário também atrapalha. Tem um adversário lá que está fechando o fundo e que não deixa a gente agredir pelas beiradas do campo. Então precisamos rodar um pouco mais a bola, achar um passe na diagonal, agredir um pouco mais, sincronizar mais o lançamento com a penetração."

O Vasco volta a campo na segunda-feira (6) contra o Avaí na Ressacada, às 20h.