O CSA conquistou uma grande vitória sobre o Vasco pelo placar de 3 a 1 nesta sexta-feira (29) pela 32ª rodada da Série B do Brasileirão 2021. Em São Januário, Germán Cano abriu o placar para os cariocas, enquanto Renato Cajá e Dellatorre (duas vezes) viraram para os alagoanos, que ainda tiveram um gol anulado no início do primeiro tempo.

Colados na primeira metade da tabela e separados por apenas dois pontos, Vasco e CSA duelaram para que um dos dois se aproximasse do grupo de acesso nesta reta final de campeonato. O Cruzmaltino ocupava a sétima colocação com 47 pontos, com a distância para o Goiás e, consequentemente, para o sonhado G-4 sendo de seis. Já o Azulão vinha na oitava posição com 45 pontos. Portanto vencer fora de casa, além de diminuir a diferença para o Esmeraldino para cinco pontos, ainda resultaria em ultrapassar os cariocas na tabela. Para isso, precisava superar as duas derrotas seguidas.  

Estratégias

Fernando Diniz teve o grande desfalque do experiente meia Nenê, por suspensão. Andrey ficou com a vaga, deixando o meio-campo vascaíno com mais poder de marcação e menos de criação sem o camisa 77 que tanto participa dos lances de gol. Por outro lado, Ricardo Graça voltou após ficar de fora pelo terceiro cartão amarelo, e Leó Matos esteve, novamente, à disposição depois de precisar fazer uma viagem particular. Esquema tático: 4-3-3.

Lucão no gol. Na zaga, Ricardo Graça e Leandro Castan. Nas laterais, Zeca improvisado pela direita e Riquelme pela esquerda. Bruno Gomes e Andrey foram os nomes mais recuados no meio, que também contou com Marquinhos Gabriel na armação. No ataque, Morato (direita) e Gabriel Pec (esquerda) usaram a velocidade pelos corredores, enquanto o artilheiro Germán Cano aparecia centralizado cuidando da área.

Mozart contou com o retorno do goleiro Thiago Rodrigues, há duas rodadas fora por lesão no ombro. Porém Cristovam foi desfalque por suspensão na lateral direita, e Didira também ficou de fora por dores no joelho. Os substitutos foram Everton Silva e Renato Cajá, respectivamente. Esquema tático: 4-2-3-1.

No gol, Thiago Rodrigues. Everton Silva na lateral-direita, Ernandes na esquerda, com Matheus Felipe e Lucão formando a dupla de zaga. No meio-campo, Geovane e Yuri ficaram responsáveis pelo primeiro combate e transição ofensiva; mais à frente, Renato Cajá foi o jogador da construção, Gabriel avançava pela direita, e Iury Castilho, pela esquerda. E, mais adiantados, Dellatorre tomava conta da área.

Azulão tem gol anulado, mas vai para intervalo arrancando empate

A primeira etapa foi animada em São Januário. Mirando o mesmo alvo, o G-4, as duas equipes fizeram 45 minutos de bastante velocidade, movimentação e marcação na saída de bola adversária. Logo aos 23 segundos, Cano recebeu na esquerda, levou para o meio e bateu de fora da área, já obrigando Thiago Rodrigues a uma bonita defesa no ângulo. E, com dois minutos, cruzamento da linha de fundo pela direita, Iury Castilho subiu nas costas de Zeca na pequena área e, na bola sobrada, concluiu firme para abrir o placar pelo CSA, mas o VAR anulou o gol por mão de Iury na bola no lance.

O Azulão não desanimou, pressionando a saída de bola vascaína e conseguindo roubadas. Do outro lado, Marquinhos Gabriel caía pelos dois lados, assumindo mesmo a função de criação de Nenê. O time visitante levava certa vantagem pelo corredor direito, com Everton Silva. Aos 15, eram 73% de posse de bola para o Vasco, porém 1 a 1 em finalizações. Até que, três minutos depois, Geovane pisou sutilmente no pé de Cano, o suficiente para derrubar o argentino dentro da área: pênalti, marcado após o VAR chamar o árbitro para checagem no monitor. O próprio camisa 14 foi para a cobrança e converteu, abrindo o placar para valer a favor do dono da casa.

No entanto, aos 24, quando os alagoanos estudavam mais como chegar na área carioca e conseguiam bolas paradas na frente da área, um belo gol de Renato Cajá, justamente, cobrando falta de muto longe e mandando um chute forte que desviou na barreira, tirando Lucão da jogada: 1 a 1. Ambas as equipes sabiam usar a velocidade para subir, levando perigo à última linha de marcação. Andrey aparecia avançando, participando das jogadas no último terço do campo. Do lado visitante, os chutes de fora de Renato Cajá iam sendo a principal arma de ataque. Números parciais: 52% em posse e 7 a 4 em chutes, favoráveis ao mandante.

Cruzmaltino peca em criatividade e sofre gols no fim

Fernando Diniz voltou do intervalo com Léo Jaba e Daniel Amorim nos lugares de Pec e Andrey, querendo mais velocidade e movimentação no ataque. Com apenas quatro minutos, Cano quase roubou a bola do goleiro pressionando muito na saída. O Vasco levava vantagem na marcação na intermediária defensiva, não permitindo que o CSA armasse jogadas a ponto de finalizar. Aos dez, o placar de chutes a gol era de 9 a 3 para os cariocas. Daniel Amorim entrou bem, participando das movimentações do ataque, mas não teria alguma participação mais decisiva.

Mozart sacou, então, Renato Cajá para colocar Gabriel Tonini. E o Azulão passou a, cada vez mais, encaixar contra-ataques, com participações de Dellatorre. Foi quando começou a ficar com a bola e permanecer no campo de ataque, alçando na área. Mas o Cruzmaltino reagiu, até com Ricardo Graça se aventurando no campo ofensivo pela direita. Aos 24, eram 52% de posse para o mandante, mostrando o equilíbrio. Nenê fazia falta na criação pelo meio vascaíno, que pouco conseguia produzir. Até que várias peças novas entraram em ação: Clayton, Giva Santos, Marco Túlio e Kevyn nas vagas de Iury Castilho, Everton Silva, Gabriel e Ernandes pelo CSA; e João Pedro no lugar de Bruno Gomes pelo Vasco.

O Gigante da Colina melhorou, assumiu a superioridade em permanência no campo de ataque, aproveitando uma perda de ritmo do Azulão. Contudo, conforme não convertia em chances reais, Giva Santos conseguiu, aos 37, fazer o último passe quando já estava caído na meia-lua, Delattorre recebeu bem-posicionado na mesma linha dos marcadores e mandou para dentro, virando o jogo para o CSA. Zeca foi sacado para a entrada de Jhon Sánchez. E, depois de uma oportunidade para cada lado, após mais uma chamada do VAR para checagem do árbitro, pênalti marcado de Riquelme derrubando Clayton na área. Dellatorre foi para a cobrança e fez mais um, o 3 a 1, para fechar a bela vitória alagoana já aos 48. Em finalizações, final 14 a 13 para o mandante, mostrando a produtividade do visitante na segunda etapa.

Classificação e próximos compromissos

Com a inesperada derrota em casa, o Vasco (oitavo) foi ultrapassado pelo próprio CSA (sétimo), com 47 e 48 pontos respectivamente. Diferentemente da equipe carioca, a alagoana conseguiu reduzir a distância para o G-4, agora de cinco pontos.

O próximo compromisso do Cruzmaltino é fora de casa contra o Guarani na quinta-feira (4) às 19h. Já o Azulão volta a campo antes, na terça-feira (2) às 16h, quando visita o Vitória.