Tempos distintos na atuação flamenguista contra o Athletico na Arena da Baixada, em jogo atrasado da quarta rodada. Depois de um bom primeiro tempo, lúcido, reativo e eficaz, o Flamengo de Renato Gaúcho simplesmente abriu mão de jogar no segundo tempo e foi atropelado. Atuação, num conjunto da obra, pífia para quem sonha em brigar pelo título do Brasileirão.

Com o empate, Renato pode até jogar a toalha na briga pelo título. Construir o resultado no primeiro tempo e depois abrir mão dele por incompetência quando precisava conter o adversário é uma culpa que o treinador precisa carregar. Mas, o Departamento Médico do clube também sua culpa por proporcionar desfalques como Diego Ribas, Rodrigo Caio, Filipe Luís e Arrascaeta — David Luiz ainda busca sua melhor forma e Bruno Henrique ficou fora por suspensão.

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Antes da tragédia, teve a eficácia

No primeiro tempo, a equipe carioca não propôs o jogo e não quis ter a bola sempre. A postura foi reativa e semelhante àquela adotada contra o Atlético-MG na rodada passada. Athletico pecou com a defesa espaçada, justamente contra o compacto ataque flamenguista. Aí deu no que deu: dois gols de Gabigol — o segundo deles num toque de cobertura —, com direito à provocação à torcida athleticana nas comemorações. Destaque para o segundo gol do camisa 9 por conta da marcação alta de seis jogadores do Fla na saída de bola curitibana.

Ainda teve tempo de Renato Kayzer agredir Léo Pereira e ser punido com vermelho, que se transformou em amarelo após árbitro ver o VAR.

Apagão flamenguista

No segundo tempo, o Flamengo apagou. Ventos fortes sopraram e o Furacão ganhou força. Alberto Valentim, em seu grupo, injetou ânimo ao invés da tensão do primeiro tempo. Time cresceu, dominou e massacrou os cariocas. Tanto é que Renato Kayzer diminuiu aos 63'. Logo em seguida, Terans balançou as redes, mas o VAR tratou de anular por impedimento.

Depois disso, o valente Athletico mastigou, mastigou, mastigou e conseguiu chegar ao empate contra o desbaratinado Flamengo aos 49' com Bissoli. E Diego Alves evitou, com duas defesaças, a derrota. Gustavo Henrique também mandou no travessão antes do apagar das luzes.

Estatísticas da batalha da Arena

Ao todo, foram 21 finalizações do Athletico — cinco delas no gol — contra 13 do Flamengo — seis delas no gol. Os 57% de posse de bola nos pés do time mandante mostrou muito bem quem buscou o controle dos 90 minutos, mas que só o teve em 45 minutos. Em termos de chances criadas, o CAP ainda teve duas boas chances de marcar gols, mas elas pararam nas mãos de Diego Alves. Uma bola no travessão foi o único arremate bacana além dos dois gols de Gabigol.

Agora, o Flamengo tem Atlético-GO no Maracanã, Chapecoense em SC e Bahia em casa. Sequência que poderia somar mais nove pontos se o elenco de 200 milhões de reais estivesse em mãos inteligentes.

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