A tal "caça ao líder" não faz mais parte do Flamengo no Brasileirão. Empatar em 2 a 2 com a Chapecoense, lanterna da competição, é um balde água fria no sonho do tri seguido. Obviamente os dez desfalques fizeram falta, mas um mínimo de padrão tático inteligente daria conta do recado na noite desta segunda-feira (8).

Diego Alves, Isla, David Luiz, Filipe Luís, Diego Ribas, Thiago Maia, Andreas Pereira, Arrascaeta, Pedro e Kenedy foram desfalques. Eles são experientes e quando jogam têm autonomia e conhecimento para superar as deficiências técnicas do pobre treino de Renato Portaluppi.

59% da posse de bola com o Flamengo, que deu 23 chutes. Apenas dez desses chutes foram a gol — e exaltaram a boa atuação do goleiro Keiller. Lembrando que metade desses chutes certos do Fla foram dados a partir dos 70 minutos, tudo no abafa desesperado.

Outro adendo: o Fla ficou com um jogador a mais por 30 minutos no segundo tempo, dos 59 aos 89 minutos. E a criação no meio de campo? Criação? O Flamengo de Renato não sabe o que é isso, vive e depende de individualidades.

Uma coisa também é certa: toda a equipe de arbitragem em Chapecó foi tenebrosa. Prejudicou o Flamengo com um erro infantil no lance em que Gabigol partiu do campo de defesa e driblou o goleiro catarinense — o impedimento foi marcado sem esperar o atacante concluir a jogada. Mas, calma... Bruno Silva, da Chape, driblou o goleiro Gabriel Batista aos 86' e, meio sem ângulo e de longe, bateu para fora. Se caprichasse, teria feito o 3 a 2.

Não adianta mais correr atrás

Flamengo soma só um ponto e tem 54, 11 atrás do líder Atlético-MG e agora com apenas um jogo a menos. Já pode cravar: é impossível o Flamengo de Renato Gaúcho chegar no Galo. O foco precisa vira totalmente para o Palmeiras na final da Libertadores. Esquece o Brasileirão!

Classificação fornecida por SofaScore LiveScore