Os maiores vencedores na história da Copa Sul-Americana conquistaram dois troféus: Boca Juniors, Independiente e agora o Athletico Paranaense. Em jogo disputado na tarde deste sábado (20) no Estádio Centenário, em Montevidéu/URU, e válido pela decisão da Copa Sul-Americana 2021, o Furacão levou a melhor sobre o Bragantino ao vencer por 1 a 0. O lindo gol de voleio marcado por Nikão foi determinante para o segundo título da competição internacional do rubro-negro paranaense, o que coloca a equipe como o brasileiro mais vencedor do torneio.

O destaque positivo, além do belo gol, foi a qualidade dos dois times. Com posturas de jogo bem definidas e interessantes, além de bons elencos, Athletico e Bragantino justificaram com propriedade o porquê de disputar o título da Sul-Americana. Porém, o destaque negativo e mais que perceptível foi o baixíssimo público. Em final de jogo único fora do Brasil disputada entre clubes com torcidas mais regionalizadas, o acesso ao Uruguai ficou ainda mais complicado pelo alto valor do ingresso. O mais barato custou 100 dólares, o que equivale hoje a R$ 560.

Público abaixo da expectativa no Centenario | Divulgação/Conmebol
Público abaixo da expectativa no Centenario | Divulgação/Conmebol

Fator X: Nikão

Dentro das quatro linhas, o Bragantino começou a partida com mais posse de bola e teve a primeira oportunidade de marcar aos dois minutos, quando Tomás Cuello cobrou escanteio, a zaga do CAP fez o corte parcial e Artur Victor errou o rebote ao finalizar para fora. O atacante era o principal jogador a finalizar os ataques do clube paulista. Aos poucos, por apostar na transição e ter tranquilidade, o Athletico passou a aumentar a presença no ataque, ainda que não levasse perigo ao goleiro Cleiton, pouco acionado. A primeira chegada atleticana ocorreu quando Terans venceu disputa com a zaga adversária e bateu cruzado, mas Cleiton defendeu.

Com o tempo, as finalizações eram mais perigosas. O Massa Bruta passou a ter dificuldades em trabalhar a bola no campo ofensivo e levou perigo nos lances de bola parada. No que ofereceu mais susto, Tomás Cuello cobrou escanteio fechado, Santos espalmou e o meia arriscou o rebote e assustou. A resposta do Furacão foi bela e fatal. Aos 28 minutos, Terans foi acionado no lado esquerdo da área e bateu cruzado. Cleiton espalmou e Nikão emendou o rebote com lindo voleio na linha da pequena área para abrir o placar.

Ficou ainda mais claro no segundo tempo qual seria a postura das duas equipes após a primeira etapa dar a vitória parcial ao Furacão. Embora não realizassem modificações no intervalo, era nítido que o Bragantino adotou uma postura ainda mais ofensiva enquanto o Athletico fortalecia a marcação e apostaria em jogadas rápidas. Foi o que ocorreu aos cinco minutos, quando Nikão avançou em contragolpe e tocou para Terans na área, o meia escorou com o peito e Léo Cittadini finalizou para fora. Com muita dificuldade em furar o bloqueio defensivo, os comandados de Maurício Barbieri forçaram nos cruzamentos, mas não tinham sucesso.

Apesar de ter muito mais volume ofensivo, a finalização, o lance real para buscar o empate praticamente não ocorria. A melhor chance foi aos 20 minutos, quando Edimar cruzou rasteiro, Praxedes escorou e Artur chutou para fora. Com as mudanças promovidas por Alberto Valentim, o Furacão passou a marcar com cinco defensores na primeira linha e mais quatro na segunda ao puxar os laterais para ficarem mais presos na marcação. Com o passar do tempo, pesaram o desgaste físico e o nervosismo, o que ajudava o Athletico Paranaense, que manteve a sólida marcação para conquistar o bicampeonato.

Divulgação/Conmebol
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