Emoção, equilíbrio, garra e uma pitada de sofrimento. A final da Supercopa do Brasil testou o coração dos torcedores. Dois empates e longa cobrança de pênaltis, no qual terminou com o placar de 8 a 7. Com direito a entoação do “eu acredito”, o Atlético-MG ergueu a taça sobre o Flamengo, em plena Arena Pantanal.

Assim, o Galo conquista todos os títulos nacionais: Brasileiro, Copa do Brasil e Supercopa. O detentor do título fatura R$ 5 milhões, enquanto o vice com R$ 2 milhões.

Uma oportunidade para o gol

Como de se esperar de duas equipes que estão na primeira prateleira no futebol brasileiro, o jogo começou de forma intensa e ambos os lados buscando o gol. No entanto, o Galo tinha dificuldades para acertar o passe na intermediária e o Rubro-Negro apostava na velocidade para contra-atacar. Foram duas tentativas que ficaram no quase. Arrascaeta recebeu dentro da área, tirou de Godín e  encontrou Gabigol livre, mas exagerando na força. O atacante dá o carrinho na bola, mas não consegue finalizar. A redonda fica viva e Mariano toca para a linha de fundo. 

Aos 19, Everton Ribeiro cruzou na medida para Fabrício Bruno. O defensor cabeceou com perigo, mas à esquerda do gol. Oito minutos depois, João Gomes fez boa jogada, driblou Mariano e encontrou Gabigol sozinho. O camisa 9 teve a chance de dominar e pecou na finalização. Os erros da superioridade ofensiva custaram. Uma das frases mais populares do futebol se fez valer na Arena: quem não faz, leva. Guilherme Arana arriscou de longe. Hugo espalmou mal, a zaga congelou e Nacho Fernández aproveitou as poucas oportunidades alvinegras para balançar as redes.

Foto: Pedro Souza / Atlético
Foto: Pedro Souza / Atlético

Vem a igualdade na mão do Turco

O ímpeto flamenguista era o mesmo. Encurralava e pressionava o Atlético em seu campo de defesa. Diferentemente do que aconteceu na etapa anterior, a finalização estava certeira. Filipe Luís deu belo passe para Arrascaeta. Ele busca Bruno Henrique na segunda trave, que cabeceia para baixo. Everson fez ótima defesa, mas não conseguiu evitar o rebote de Gabigol.

A virada ocorreu aos 18. Arrascaeta se livrou da marcação, acionou Lázaro. O atacante lançou Bruno Henrique em profundidade, que encobriu o goleiro para a virada. O time mineiro tinha dificuldades para ameaçar, mas conseguia trocar passes envolventes quando chegava à frente da meta rubro-negra. Savarino recebeu bom passe na direita, que meio sem ângulo, chutou forte. Hugo defendeu na primeira trave. Logo em seguida, Keno bateu colocado e o arqueiro defendeu em dois tempos. Nacho completou por cima do gol.

Visando melhorar a parte ofensiva, Antonio Mohamed, o El Turco colocou Ademir e Vargas nos lugares de Savarino e Keno. O dedo do técnico melhorou o Galo, que alugou mais o campo defensivo dos adversários. Ademir inverteu o jogo para Vargas. O chileno ajeitou para Hulk soltar uma bomba, garantindo o empate. Aos 38, Jair desarmou no meio campo, acelerou com Vargas, que devolveu para o meia finalizar de fora da área. Hugo caiu para espalmar.

Haja coração, penalidades máximas

Como na partida, o equilíbrio persistia nos pênaltis, tendo os batedores superando os goleiros e acertando as cinco cobranças, bem como nas alternadas. A cobrança precisou ser reiniciada, com os jogadores na primeira lista repetindo a cobrança. Hulk acertou, mas Vitinho parou em Everson.