Já não é a primeira vez que as palavras "Palmeiras" e "Pedro" aparecem na mesma frase. Reserva de luxo no Flamengo desde que chegou da Fiorentina, o atacante rubro-negro desperta o interessa do time paulista. Mas a negociação não parece ser flexível por parte dos dirigentes cariocas.

A medida em que os paulistas estão dispostos a pagar 20 milhões de euros pelo camisa 21, o Fla não aceita vendê-lo. Pedro tem contrato até o fim de 2025 com os rubro-negros e sua multa é avaliada em 100 milhões de euros (cerca de 600 milhões de reais) para clubes brasileiros.

"O Flamengo não pode falar em cima de suposições. Não recebemos oferta do Palmeiras, não teve nada, zero (…) O Pedro joga em um clube imenso, ganha bem e em dia, e tem à disposição uma estrutura de trabalho de primeiro mundo. Ele não está triste, não", revelou Marcos Braz ao UOL.

Em busca de minutagem?

Um dos argumentos que alguns jornalistas usam para validar a transferência de Pedro para o Palmeiras é a minutagem. Pelo fato de ser suplente de Gabigol, o camisa 21 não é tratado como titular. No entanto, ele recebe sim minutos em campo para mostrar seu futebol.

Se levarmos em conta o Campeonato Brasileiro de 2021, quando o Fla foi vice-campeão, percebe-se que Pedro teve quase a mesma minutagem de Gabigol. O camisa 9 atuou por 1.491 minutos, já Pedro jogou 1.410 minutos — apenas 81 minutos a menos. Sem contar que o camisa 21 ainda teve lesão no joelho e ficou de fora por um tempo. Dudu, ponta do Palmeiras, teve a mesma quantidade de Gbabigol: 1.491 minutos.

Como efeito de comparação, o atacante fundamental para o Atlético-MG de Cuca esteve menos tempo em campo: Keno jogou 1.436 minutos, apenas 26 minutos a mais que Pedro.

Ou seja, o Palmeiras ainda busca um centroavante para saciar a vontade de Abel Ferreira, mas, certamente, não será Pedro. A menos que faça o PIX de 600 milhões de reais à conta flamenguista.