O lateral-direito Isla já não estava sendo em aproveitado pelo português Paulo Sousa, mas o episódio do último final de semana foi a gota d'água para o término da relação do chileno com o Flamengo. O jogador de 33 anos alegou que estava com sintomas da Covid-19 para não ser relacionado ao jogo contra o Resende no domingo, pelo Cariocão. O clube, então, fez um teste e o mesmo deu negativo. Como precaução, o atleta não foi relacionado e ganhou folga. E o Fla caiu no "golpe".

No mesmo domingo do jogo, cinco horas depois, Isla foi flagrado em uma festa ao lado do jogador atleticano Eduardo Vargas, que também é chileno e companheiro de seleção. Esse flagrante gerou um enorme desgaste internamente.

Agora, as chances de Isla voltar a atuar pelo Flamengo, hoje, são bem pequenas. O próprio Paulo Sousa está revoltado com a conduta do chileno. No clube, a quebra de confiança é o que mais acentua. No entanto, o contrato não deve ser quebrado imediatamente, pois há cláusulas trabalhistas que causariam imprevistos financeiros ao cofres rubro-negros. A maior chance é que o jogador seja envolvido em alguma transferência.

Pilar da disciplina portuguesa não pode ser abalado

"Não podemos pensar no Carnaval antes de ganhar os nossos jogos. Temos de ganhar o jogo e depois nos divertir", apontou Paulo Sousa na coletiva pós-vitória sobre o Resende no dia da festa em que Isla participou.

Desde sua chegada ao Flamengo, o português deixou claro que a disciplina é um de seus pilares para gerir o elenco. O episódio com Isla colocará à prova se o discurso está alinhado à prática. Se Isla for reintegrado e não sofrer punições, ficará clara a desordem, mas isso não acontecerá já que Marcos Braz afirmou que a ação do chileno será punida.