Na noite desta quarta-feira (27), o América Mineiro foi superado pelo Tolima em pleno Independência, de virada por 3 a 2, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Os gols do Coelho foram marcados por Pedrinho e Angulo (contra). Os colombianos viraram com gols de Plata (2) e Quiñones.

Jogo amarrado, emergência e falta de sorte

Comecinho de partida de bastante estudo em ambos os lados para com seu adversário, na busca dos pontos fracos para poder explorar e, quem sabe, conseguir melhores oportunidades de ataque. Tolima que variava taticamente quando defendia e quando atacava, utilizando duas formações distintas, confundia a defesa do Coelho.

O América, apesar de boa movimentação, tinha seus companheiros muito espaçados, dificultando a troca de passes para envolver o adversário e isso dificultava as transições para o ataque, atrasando em momentos que precisava acelerar.

Até a metade da primeira etapa, o jogo se fazia bastante amarrado, com poucas oportunidades de gol, grande quantidade de erros de passes e troca de posse de bola sem criatividade. No quesito comportamento, o Coelho quando com a bola, tentava trabalhar de pé em pé até chegar ao campo de ataque. Vez ou outra, optava pela ligação direta. No entanto, foi de pé em pé que conseguiu progredir nas melhores investidas da equipe.

A situação do Coelho se complicou — mais do que já estava — quando Alê precisou ser substituído por lesão muscular. Como se não bastasse Felipe Azevedo com dificuldades de enxergar com o olho direito, ainda teve mais essa baixa.

A grande oportunidade da primeira etapa surgiu pela ponta esquerda, em um ótimo cruzamento de Pedrinho, buscando o companheiro entrando na área, porém houve o desvio e a bola sobrou para Paulinho Bóia. Na finalização, o atacante pegou de primeira e bateu cruzado, mas Domínguez estava bem colocado e fez uma bela defesa.

Pouco mais tarde, Juninho recebeu um presente da defesa adversária entrando na área, aplicou um chapéu no goleiro, e na finalização, o zagueiro adversário salvou em cima da linha.

O Coelho ofereceu mais perigo do que os colombianos na primeira etapa, tendo duas grandes oportunidades, uma que parou nas mãos do goleiro — bem posicionado, vale ressaltar — e outra, que poderia ter sido melhor aproveitada, com Juninho. Tolima conseguiu até chegar no ataque, fazer algumas boas investidas, mas parou no paredão verde e preto. Com isso, as equipes desceram para o vestiário sem modificar o marcador.

Do céu ao inferno

Na volta para o jogo, Felipe Azevedo ficou no banco, por conta do incômodo do olho e deu espaço para Índio Ramírez. Em sua primeira participação, trouxe o Coelho para o ataque e colocou Pedrinho em condição de finalizar, mas a marcação chegou junto e na batida, a bola explodiu na defesa. O segundo tempo começou mais emocionante do que o primeiro, com as duas equipes dando sustos em seus adversários.

O jogo pegou mais fogo ainda, quando Paulinho Bóia recebeu um belo passe na entrada da área e passou da marcação. Na sequência, deixou o segundo no chão e cruzou rasteiro para a segunda trave. Pedrinho, bem posicionado, recebeu de frente para o gol e não desperdiçou, fazendo o primeiro gol do Coelho em casa, na Copa Libertadores. Com o gol, o América obrigou a equipe colombiana a sair para o jogo, que quase conseguiu o empate logo na sequência.

O que estava se desenhando para um mar de rosas, se transformou em um pesadelo, quando Rovira ligou o atacante Plata — num passe sensacional de três dedos — que dominou, cortou a marcação e mandou para o fundo das redes, num apagão geral da defesa americana.

O Coelho que estava melhor na partida, controlando as jogadas e tendo liberdade para atacar, vacilou no campo de ataque e tomou um contra-ataque mortal. Com o empate, o Tolima se reencontrou na partida e ficou mais confiante, levando cada vez mais perigo para o gol de Jaílson.

Apesar dos pesares, os Deuses sorriram para o Coelhão. Com o relógio já batendo trinta minutos da segunda etapa, Índio Ramírez, na jogada individual, deixou quatro marcadores para trás, entrou na área, deixou mais um no chão e na finalização, o adversário finalizou por ele. Gol contra do Tolima, colocando o América na frente e mantendo as esperanças de classificação vivas.

Porém, como o futebol é imprevisível, a felicidade do Coelho não durou muito. Chegando na marca dos 40 da etapa final, os colombianos chegaram forte com lançamento pela ponta esquerda para a segunda trave lá na ponta direita. A bola ficou viva pelo alto e no vai e não vai, chegou até Quiñones, que se jogou na bola e foi parar dentro do gol junto com a bola, empatando a partida.

A noite americana, que estava ruim com o empate, se tornou um filme de horrornNos últimos segundos de acréscimos. Em um novo contra-ataque, Plata recebeu na ponta direita, cortou para fora e bateu pro gol. A bola desviou no marcador e foi morrer no fundo das redes, sem chances para Jaílson, que foi traído no meio do caminho. Não passou nem um minuto e o árbitro apitou o fim da partida, decretando vitória colombiana: 3 a 2.