Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro começaram há quatro dias, porém, daqui a quatro anos uma nova edição dos Jogos da Paz se iniciará em Tóquio. Um dia é diferente do outro, assim como uma Olimpíada é tão especial quanto todas as que já ocorreram. Em 2020, cinco novos esportes entraram para a lista olímpica: surfe, skate, caratê, escalada, beisebol/softbol.

A inclusão destas modalidades foi anunciada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) na quarta-feira (3) e foi caracterizado como um momento histórico ao mundo esportivo. Com o principal intuito de atrair os jovens ao evento, o presidente do COI, Thomas Bach disse que os jovens tem muitas opções e por isso é preciso abrir as portas para facilitar a identificação.

Juntos, os cinco esportes são uma combinação inovadora de eventos estabelecidos e emergentes, eventos com foco na juventude que são populares no Japão, e nós acrescentamos ao legado dos Jogos de Tóquio”, afirmou o presidente que segundo a entidade a inserção foi feita por unanimidade dos membros do 129º Congresso Olímpico (ANSA).

Beisebol e Softbol

A proposta para o beisebol é de um projeto masculino com seis seleções , enquanto o softbol contará com as competições femininas. Ambos esportes são muito populares no Japão, o primeiro já é esperança de grandes receitas as bilheterias. O Brasil não tem muita tradição, alguns de nossos atletas participam de times estrangeiros, assim a seleção participa de certos campeonatos esporádicos.

Enquanto o Brasil não participou dos jogos do Pan-Americano em 2015 com o Beisebol, o softbol teve representante. As meninas ficaram na quarta posição em Toronto, Canadá, ficando muito perto do pódio.  

Caratê

Competições masculinas, femininas, séries de movimentos, com três pesos por gênero e o combate, portanto as regras e categorias deste esporte tão tradicional na Ásia podem ser mudadas até os Jogos.  

A Federação escolhida se chama WKF (World Karatê Association). Ela engloba todos os estilos, mas tem que ser nas regras deles. É um caratê mais leve, mais esportivo e menos marcial. É aquele caratê só de fazer pontos mesmo, não vale nocaute. Os atletas lutam com proteção de tórax, caneleira. Essa federação foi feita realmente para entrar nos Jogos Olímpicos, então eles foram eliminando todo e qualquer tipo de contato mais forte para tirar a violência do caratê”, explicou Hexacampeão brasileiro, bicampeão pan-americano por equipes e membro da seleção brasileira, Jayme Sandall.

Escalada esportiva

Aproximadamente 40 atletas participarão de provas combinadas de escalada lateral ou rochas de até 8 metros, sendo avaliados desde a velocidade e abertura de vias.

A escalada não tem Confederação Brasileira, porém com o convite para participação dos Jogos pode ser que se popularize em nosso país. O escalador Felipe Ramos, espera poder participar dos Jogos Olímpicos de 2020 com uma possível maior estrutura do que a existente em 2016.

Skate

As provas serão divididas em área aberta e fechada, para homens e mulheres.

Com muitos nomes vitoriosos em campeonatos mundiais e europeus, o Brasil pode ser considerado um país com uma delegação forte para conquista de medalha. O multicampeão, Sandro Dias, Mineirinho, é um dos mais experientes que podem conduzir os jovens em 2020, como, Rony Gomes, Letícia Bufoni e Karen Jonz. O brasileiro Bob Burnquist é o maior medalhista de história do X Games, com 29 conquistas, porém, sua participação em uma Olimpíada daqui a quatro anos é meio inesperada.

Surfe

No estilo de competições internacionais, o surfe será em uma cidade vizinha a Tóquio e terá batidas femininas e masculinas.

Se 2020 fosse hoje, o Brasil teria grandes nomes como representantes do surfe. Gabriel Medina, de 22 anos foi Campeão do Circuito Mundial de Surfe em 2014. Filipinho, surfista de 21 anos seria outra esperança de medalha desta “Brazil Storm”. Também integrante do grupo denominado Tempestade brasileira, Adriano Sousa, Mineirinho de 29 anos é o último campeão Mundial. A expectativa é grande e a esperança maior ainda, o pódio no Japão poderia ser verde-amarelo. 

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