Mayra Aguiar é sinônimo de grandeza. A palavra combina com o Japão, terra do imperador. Para abrilhantar, a gaúcha faturou a medalha de bronze, pela terceira vez seguida, no templo do judô, em Tokyo 2020

Como toda boa história, a trajetória não foi fácil, mas com um final libertador. Uma grave lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo, em setembro de 2020, poderia colocar tudo a perder. Dois meses depois a cirurgia e mais sete de recuperação. O passaporte carimbado para as Olimpíadas veio no mundial de Budapeste.

Na estreia venceu Inbar Lanir (Israel) por ippon com apenas 40 segundos de combate, e, com isso, avançou às quartas de final contra Anna-Maria Wagner (Alemanha) por uma vaga na semifinal. Foi uma luta bastante estudada e equilibrada, decidida apenas no golden score, com quase oito minutos de tempo extra através de um waza-ari da judoca alemã. Com a derrota, Mayra foi para a repescagem, mas levou a melhor diante de Aleksandra Babintseva (ROC), que recebeu o terceiro shido (falta de combatividade) e foi eliminada.

No combate seguinte, que valeu a medalha de bronze, duelo tenso contra Yoon Hyun-ji (Coreia do Sul). Com menos de um minuto as judocas já tinham sido advertidas com shido. Posteriormente, Mayra conseguiu levar a adversária para o chão e imobilizá-la por tempo suficiente para obter o ippon e, com isso, receber a medalha de bronze.

Essa é a 24ª medalha para o judô do Brasil em Jogos Olímpicos. A judoca tornou-se a primeira mulher brasileira com três medalhas Olímpicas depois de ter subido ao terceiro lugar do pódio em Londres 2012 e na Rio 2016. 

VAVEL Logo
Sobre o autor