Mesmo diante de um tumultuadíssimo qualifying para o GP da Bélgica 2021 neste sábado (28), com muita chuva, neblina e um grave acidente de Lando Norris, a segunda colocação de George Russell surpreendeu. O britânico era líder até o final do Q3, quando foi ultrapassado por Max Verstappen, pole position, que cravou 1m59s765 - o inglês anotou 2m00s086, apenas 0s321 atrás do holandês.

Ao ser entrevistado após o qualifying, o piloto da Williams demonstrou muita surpresa - apesar de sentir que era impossível ir além do que era imaginado. "Não sei o que dizer, para ser sincero. Achei que estávamos fazendo um bom trabalho passando do Q1, baseado no desempenho de ontem. Agora estamos aqui, na primeira fila! A equipe fez um trabalho maravilhoso na pista no momento certo. Eu tinha muita confiança", destacou Russell.

Sem medo, ele guiou com o máximo que o carro poderia oferecer. "Acho que estava numa posição privilegiada, em que não tínhamos nada a perder. Estávamos no Q3, o que não é o habitual para nós, e tínhamos de seguir em frente. Guardamos o modo máximo do motor para a última volta e só pensamos: ‘Vamos em frente’", comentou o piloto.

Apesar do grande treino qualificatório, o britânico destacou que o principal do fim de semana ainda está por vir. "Obviamente, amanhã é o dia mais importante. Vamos lá buscar marcar mais alguns pontos", finalizou a grande surpresa do qualifying.

Elogios do heptacampeão

Até mesmo Lewis Hamilton, que costuma elogiar muito mais Lando Norris que George Russell, exaltou a atuação do piloto da Williams. "Foi um dia muito difícil para todos. Parabéns ao Max, fez um ótimo trabalho. A primeira volta foi boa e, na segunda, sofremos um pouco. Também foi um ótimo trabalho de George. Ele foi fantástico!", saudou.

Russell é do programa de pilotos da Mercedes, e ele é especulado para ganhar uma cadeira na equipe principal do grupo já em 2022, no lugar de Valtteri Bottas - muito criticado. Hamilton, com contrato até o final da temporada 2021, caso decida sair da equipe, também pode abrir uma vaga para o prodígio, atualmente na Williams. 

Campeão da GP3 em 2017 e da Fórmula 2 em 2018, Russell já fez 60 corridas na Fórmula - com exceção de uma pela própria Mercedes, no GP Sakhir 2020, quando Hamilton estava cumprindo quarentena por ter testado positivo para coronavírus, todas pela Mercedes.