No GP do Bahrein de Formula 1deste ano, Charles Leclerc foi o grande vencedor da corrida além da Ferrari, que conseguiu a dobradinha. Com atuação dominante, o piloto monegasco foi pole e chegou na reta de chegada sem nenhuma dificuldade, conseguindo o primeiro Grand Chelem na carreira — quando o competidor larga na primeira posição, vence a prova e ainda consegue a melhor volta —, seguido do seu companheiro Carlos Sainz Jr. Porém, a Mercedes também roubou a cena.

Na contramão da escuderia de Maranello, a Mercedes tem motivo para se preocupar. Mesmo com Lewis Hamilton chegando em terceiro, o desempenho durante a corrida foi aquém dos atuais campeões de construtores. O piloto deu entrevista após a corrida e disse que a equipe vai procurar os problemas e resolver o quanto antes para continuar competindo durante a temporada. 

“A equipe está trabalhando muito duro na fábrica, não é uma coisa simples, mas sabemos que fomos a melhor equipe dos últimos anos e vamos continuar trabalhando duro para sermos os melhores”, afirmou o heptacampeão Lewis Hamilton.

Equipes com motores Mercedes reclamam do rendimento

As escuderias que trabalham com os motores da Mercedes também reclamaram do seu desempenho durante a corrida. Um exemplo disso é a gigante McLaren, que saiu do Grande Prêmio zerada na pontuação, além da Williams e Aston Martin. Segundo Lando Norris, o grande problema está na unidade de potência, mesmo com a equipe principal da montadora alemã ter chegado na terceira e quarta posições. 

“Você ainda tem a Mercedes em terceiro e quarto. Mas assim, definitivamente não está ajudando. Acho que com certeza estamos atrás neste quesito comparado com os outros. Mas eu vi problemas nos outros carros também, e nós temos boa confiabilidade, acho que isso é positivo no momento”, lamentou o britânico da McLaren.

Toto Wolff se defende e bota culpa no arrastro aerodinâmico

Chefão da Mercedes, Toto Wolff rebate a afirmação das equipes que utilizam o motor de que o problema está na potência. Segundo o dirigente, o arrastro aerodinâmico está influenciando na velocidade final. Ele ainda acha que não há uma grande diferença entre a Ferrari e a equipe, mas que a melhora foi da escuderia italiana e que prometem trabalhar muito para que cheguem competitivos aos próximos GPs.

“Acho que precisamos analisar o nível de arrasto aerodinâmico primeiro, antes de julgar se estamos com menos potência. Não acho que tenham grandes diferenças entre os motores, mas a Ferrari claramente teve uma grande melhora. No ano passado, eles não eram muito competitivos, e hoje, se olharmos somente para o Bahrein, fica a sensação de que foram melhores do que todo mundo", afirmou o dirigente.

A Mercedes tem a chance de redimir já no próximo domingo, no GP da Arábia Saudita, em Jeddah, a largada será as 14h no horário de Brasília.