A final desse próximo domingo (29) entre Roger Federer (#17) e Rafael Nadal (#9) promete ser emocionante. Coroando este Australian Open, duas das maiores estrelas da história do tênis vão se reencontrar em uma final de Grand Slam após 6 anos. Dentre os duelos históricos travados entre eles, a final de 2009 em Melbourne mesmo foi um dos mais marcantes.

Era a noite do dia 1 de fevereiro e a quadra Rod Laver tinha altas expectativas acerca do confronto que estava por vir. O espanhol Rafael Nadal com 22 anos era o atual número um do mundo. Tratava-se de seu primeiro ano no topo após uma grande temporada em 2008 - quando ele foi campeão de Roland Garros e Wimbledon, medalha de ouro em Pequim e ainda cravou semifinal no Australian Open e no US Open. Aos 27 anos, o suíço Roger Federer vinha logo atrás ocupando a segunda posição - após liderar o ranking por 237 semanas.

Apesar da grande fase pela qual Nadal passava, Federer tinha a vantagem porque o espanhol havia encarado 5h14 de partida, a mais longa da história do Australian Open, durante sua semifinal contra Fernando Verdasco.

Foto: Australian Open/Reprodução

Um primeiro set disputado e recheado de rallies durante seus 57 minutos de duração abriu a partida. O espanhol acabou levando a vantagem com uma quebra a mais - 3 contra 2 do suíço - e largou na frente com 7-5.

Na segunda parcial, Nadal seguiu insistindo no backhand de Federer. O suíço sacava mal, então teve que se submeter as longas trocas de bola com Rafa no fundo de quadra. Roger se manteve firme e saiu de uma quebra abaixo para uma de vantagem, igualando em sets com o espanhol após um 3-6.

Com um a um no placar, o duelo seguia em aberto. Os rallies continuavam, o suíço pressionava o serviço de Nadal e não se via ameaçado, mas continuava sem sucesso nas quebras. No tie break, o jogo virou e Rafa disparou, contando com uma dupla-falta de Federer para se colocar a frente na partida novamente com 7-6(3).

O quarto set cobrava uma reação de Roger e o suíço se entregou. Conquistou uma quebra de cara (2-0), mas viu Nadal igualar tudo a devolvendo. Não diminuiu o ritmo e voltou a tomar o serviço do espanhol e se segurou no saque para empatar tudo novamente, fechando em 3-6.

Então, a parcial decisiva estava no ar. Nadal, no auge da carreira, continuava com seu jogo característico sem bolas perdidas. Mas Federer já não tinha mais gás para acompanhá-lo. O espanhol conquistou duas quebras; na segunda, ele veio ao chão porque acabava de conquistar seu primeiro título do Australian Open. A partida terminou com três sets a dois para Nadal, parciais de 7-5/3-6/7-6(3)/3-6/6-2, após 4h23.

A decisão valia mais do um simples título de Grand Slam. Para o espanhol era a chance de sua primeira conquista na quadra dura e em Melbourne; já o suíço lutava por seu 14º troféu de Grand Slam, o que o igualaria a Pete Sampras como o maior vencedor de Majors da história. E o que se viu durante a premiação foi muita emoção por parte de Roger e muito companheirismo da parte de Nadal. O abraço dos dois refletiu a grande amizade que eles carregam.

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