O número um do Brasil, o #82 Thiago Monteiro, contou sua história ao site norte-americano "Behind The Racquet". O cearense comentou ter sido criado por uma mãe adotiva e que nunca viu necessidade de conhecer seus pais biológicos.

Monteiro disse ao site que sua mãe, Fátima, batalhava contra o câncer de mama quando lhe adotou e lhe criou sozinha, depois se separar de seu pai.

"Minha mãe me adotou porque enxergou em mim uma luz em sua vida. Eu devo tudo a ela. Eu nunca quis conhecer meus pais biológicos pois não acho necessário. Ela me criou; nada pode mudar isso".

O brasileiro revelou também que não teve muito apoio das pessoas ao seu redor no início da sua carreira, mas todos em casa, principalmente seu irmão mais velho, sempre lhe incentivaram. Sua família é grande e ele sempre os têm em mente para tentar atingir degraus maiores no tênis.

"Eu cresci com minha mãe, três irmãs e um irmão; ele sempre me incentivou muito; dirigia mais de dez horas para me levar aos torneios de nível júnior. (...) Não somos pobres, mas também não somos ricos (...) É meu dever devolver a eles tudo que já me forneceram. Eu quero prover boas condições para a minha família".

Monteiro ainda comentou sobre a lesão do ligamento cruzado anterior que teve em 2015 e que não sabia se conseguiria voltar a jogar profissionalmente.

"Por quatro meses, eu não pude jogar partidas enquanto me curava. Eu sentia muita falta do tênis. (...) Pela primeira vez, eu não sabia o que aconteceria comigo (...) Quando voltei às quadras, me mantive positivo e tive ótimos resultados. O ano seguinte foi o melhor da minha carreira".

Thiago Monteiro aguarda agora o circuito ser retomado para poder voltar a competir.