Direto de Braga, Portugal

Garantido nas quartas de final no Challenger de Braga após derrotar o tenista da casa, Tiago Cação, o brasileiro Thiago Monteiro participou da coletiva de imprensa após a partida. Ele falou sobre o planejamento da reta final da temporada e também sobre a ausência na Copa Davis na última semana, onde o Brasil venceu o Líbano.

JG: A confiança foi o segredo para o jogo de hoje?

"Sem dúvidas. Estava preparado para me impor bem desde o início. Sabia que o meu adversário não tinha nada a perder, era jogador da casa e poderia ser perigoso. Então desde o início estive concentrado e firme. Saquei muito bem e as oportunidades foram aparecendo e fui aproveitando. Isso vai me dando confiança e consegui conquistar uma grande vitória."

Jogando em solo português pela primeira vez, Monteiro falou os motivos pelo qual optou jogar em Braga ao invés de torneios de nível ATP 250, que estão ocorrendo nessa semana em solo europeu.

"São torneios em piso duro e quadras fechadas. Eu não estava na chave principal nas listas nas primeiras divulgações. E também, eu ainda não joguei em piso coberto. Então, optei por fazer esse calendário após o US Open para também estar somando jogos. Tive um ano comprometido por lesões, por covid, semanas de recuperação. Então optei por fazer esse calendário para pegar ritmo e pegar confiança."

JG: Essa semana tivemos a Copa Davis e o Brasil venceu o Líbano. Você ficou  de fora dessa vez. Foi algo conversado internamente? 

"Eu conversei com o capitão (Jaime Oncins). A minha posição é de sempre defender o Brasil na Copa Davis. Estive também nas Olimpíadas onde pude conversar um pouco com ele. Sabia que era um confronto onde nós éramos favoritos. Ele também queria dar oportunidades para jogadores mais novos, que também representaram muito bem, o que é muito importante para a experiência deles.

Quanto a mim, eu optei por, dessa vez, priorizar o calendário pois eram semanas importantes de torneios e estar somando pontos. O ranking caiu um pouco e tenho pontos a defender. Então eram semanas que era justo. Por ser um confronto onde éramos favoritos, por querer dar oportunidades para os mais jovens para eles ganharem experiência nesse tipo de jogo, optamos por pular a Davis dessa vez. Mas na próxima estarei 100% à disposição para defender o Brasil."

Planejamento para os próximos torneios

"Tem alguns Challengers aí...tem outros também na América do Sul. Mas também estou de olho em Indian Wells (Masters 1000). Não sei se vou entrar na chave principal. Caso entre, vou jogar lá também. Mas não tem muita opção também nessa reta final. É somar o maior número de pontos possíveis para conseguir um bom ranking e uma chave principal no Australian Open no ano que vem."

Importância de viajar com treinador e com sua namorada te passa confiança no seu jogo?

"Sem dúvidas!'' Eu nunca viajei sem meu treinador ou sem o meu preparador físico. Minha namorada nem sempre viaja comigo (riu o tenista)...essa é a primeira semana dela comigo aqui na Europa. E é bom também pelo fato da gente ter passado por tantas restrições, como bolha, confinamento, pandemia. Agora, com as restrições mais flexíveis, podemos aproveitar mais. Mas a questão do treinador é fundamental para te manter bem treinado, focado e sempre num bom caminho no que estão planejando fazer. Para mim sempre é fundamental."