Após nove vitórias, a primeira derrota da parceria entre a brasileira Beatriz Haddad Maia e a cazaque Anna Danilina veio na final do Australian Open 2022. Elas perderam de virada para a dupla formada pelas tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova, atuais campeãs olímpicas e de Roland Garros, neste domingo (30). Apesar do favoritismo, as tchecas tiveram que batalhar para bater as rivais e fizeram 2 a 1 de virada, em 2h42 de jogo.

Após a partida, Bia Haddad elogiou as rivais e destacou o esforço feito até o fim.

Hoje foi um jogo muito duro. As meninas são muito boas, mas acho que fiz um primeiro set impecável. Estava realmente bem em quadra e, por muitos momentos, me senti a melhor. E aí depois baixei meu nível. Parei de me mexer na rede e tudo mais. E quando você está jogando contra as melhores do mundo, você tem que apresentar o seu melhor tênis, e não se encolher. Estar numa quadra grande e contra as melhores do mundo é o momento de chamar o jogo, e hoje eu não senti que fiz isso. Mas mesmo assim eu lutei”, comentou a brasileira.

Dupla inesperada

A parceria entre Bia e Danilina que teve início a pouco menos de um mês já colheu ótimos frutos. Além do vice do primeiro Slam do ano, elas foram campeãs do WTA 500 de Sidney na semana que antecedeu o Australian Open.

Muito feliz mesmo com o que a gente fez nessas três semanas. Pessoalmente, foi uma conquista e um aprendizado muito grande. Pude enfrentar eu mesma, me senti pressionada na maioria dos jogos e isso me fez sacar e devolver em muitos momentos de pressão. Aprendi que não criar expectativa é algo muito importante também. Eu e a Anna vivemos cada momento, cada game e cada ponto. Tenho certeza que foi uma entrega muito grande dos dois lados”, disse a paulista de 25 anos.

Fora do top 400 do ranking de duplas da WTA ao início do ano, Bia Haddad vai subir para a inédita 41ª colocação na próxima semana com o vice do Aberto da Austrália, um salto de mais de 350 posições em apenas três semanas. 

Me sinto uma mulher privilegiada de viver tudo isso, é um momento muito especial. Não é fácil ser uma promessa desde 14 anos. Chegaram a me chamar de Sharapova brasileira. A gente vive em um país de muita cobrança, mas não posso viver minha vida pensando nos outros. Fico feliz de quebrar tabus, contribuir para o tênis feminino, mas só estou curtindo muito o momento”, complementou.

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