Quando na temporada passada se pensou que a Ferrari tinha desistido das evoluções do monolugar de 2013 para apostar em força no F14-T, esperava-se um início mais forte por parte da escuderia, esta época, algo ainda impulsionado pelo investimento da marca italiana no seu túnel de vento e com o reforço da sua equipa técnica, nomeadamente com a contratação de James Allison à Lotus para o lugar de Director Técnico.

Mudanças de estrutura

Após as primeiras quarto corridas, o melhor resultado para a marca do cavalo rampante foi o terceiro lugar de Fernando Alonso no Grande Prémio da China, um resultado que não apaga os demais, e que principalmente não sucede em camuflar a falta de ritmo e de velocidade de ponta que o F14-T tem apresentado no início de 2014, algo muito evidente no GP do Bahrein, onde os Ferrari lutaram para ficar nos lugares pontuáveis e apenas conseguiram o 9º e 10º lugares.

E o mau arranque dos italianos já fez baixas: Stefano Domenicali, director da equipa, demitiu-se, e foi substituído por Marco Mattiaci, até então o CEO da Ferrari para a América do Norte, como novo responsável da scuderia.

Mattiaci sucedeu a Domenicali no comando da scuderia Ferrari. (Foto:bbc)

Velocidade em pista e na produção

Mas de nomes não é apenas feita a reforma da Ferrari. O presidente da marca, Luca di Montezemolo, já anunciou alterações ao funcionamento da fábrica de Maranello, nomeadamente no que à produção de novas peças para os seus monolugares F1 diz respeito. «Há que subir uma mudança no trabalho da Gestione Sportiva», comunicou Montezemolo a Mattiaci e à sua equipa. E as palavras do Presidente já reverberam como acções: os pacotes de desenvolvimento para o F14-T, produzidos na fábrica de Maranello, terão de ser produzidos a maior velocidade. Montezemolo deverá passar a estar presente diariamente na fábrica italiana, em estreito contacto com a equipa de produção, e o empresário já garantiu a eliminação de alguma burocracia e outras fases de projecto que estariam a atrasar o desenvolvimento dos novos componentes. De igual modo, a diversos fornecedores a Ferrari requisitou processos mais rápidos, por forma a reduzir o tempo de espera na entrega de equipamento, e os italianos dispensaram ainda uma série de consultores técnicos, por forma a simplificar a comunicação e optimizar os seus processos.

Montezemolo, presidente da Ferrari. (foto: autoevolution.com)

Uma etapa decisiva neste processo de recuperação da equipa será o próximo Grande Prémio de Espanha, dentro de duas semanas, onde maior parte das equipas apresentará os seus primeiros pacotes de desenvolvimento, com as maiores evoluções esperadas nos aspectos aerodinâmicos e nas unidades motrizes.

A Ferrari terá ainda um longo caminho a percorrer, e com a Mercedes avassaladora no seu ritmo, enquanto a Red Bull também se esforça por encurtar a distância para a frente, resta saber se estas mudanças efectuadas para os lados de Maranello poderão ainda salvar esta época.

Neste momento, a Ferrari encontra-se em 4º lugar no campeonato de construtores, com 52 pontos, atrás da Mercedes, Red Bull e Force India, por esta ordem. Fernando Alonso é agora 3º no campeonato, com 41 pontos, e Kimi Räikkönen está em 11º, com apenas 11.

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