Com a chegada de Luis Suárez ao FC Barcelona começou-se a desenhar no horizonte uma frente formada por Messi, Neymar e o atacante uruguaio. O castigo de Suárez de quatro meses impediu o tridente de atacantes, mas hoje já temos visto alguns jogos com eles. Pelas exibições da equipa o sistema ainda não foi bem integrado.

Esta é uma das tarefas que ocupam Luis Enrique, definir a frente de modo que ela se torne letal e um dos principais elementos das possiveis viórias da equipa. A primeira dessas possibilidades num 4-3-3 com três homens na frente, Neymar joga aberto à esquerda, Messi joga pelo meio, e Suárez aberto pela direita.

A segunda possibilidade, também num sistema de 4-3-3, é que em vez de Messi é que Suárez jogue no meio e o Argentino pela direita. A terceira opção é um sistema diferente. Um sistema centrado em que jogam dois atacantes e um terceiro por trás destes atua como médio. Neste caso, com Neymar e Suárez à frente e Messi mais recuado.

Luis Enrique já tem clara a forma de maximizar o potencial do tridente Messi, Neymar e Luis Suárez. E mais importante os três atacantes também começam a entender que posição lhes convém para fazer mais danos nas defesas adversárias. As suas declarações nestes dias confirmaram que o uruguaio pretende ser posicionado na posição tradicional "9", com a posição do argentino que vai começar na direita mas não acabar colado à linha como no passado. E o brasileiro é o que menos muda o seu posicionamento permanecendo na esquerda, como no caso de Messi.

No caso de jogadores de tanta qualidade e capacidade de improvisar não vai haver posições fixas porque isso iria eliminar o elemento surpresa. Para Messi, especialmente, a direita é apenas um ponto de partida. E Luis Suárez cairá para os dois lados. Contra o Real Madrid o Barcelona sofreu problemas tácticos em todas as linhas e a frente não foi excepção. Luis Suárez e Neymar jogaram muito abertos, quase extremos, longe de Messi que nunca conseguiu ser um "falso 9".

Não há dúvida de que Luis Enrique queria outro tipo de "atitude" mas o tiro saiu pela culatra e o clássico não correu bem (derrota por 1-3). Contra o Celta (0-1), de inicio Luis Suárez jogou na direita e Neymar na esquerda com Messi no centro. No desenrolar do jogo Messi recuou mais, quase para o meio campo, e o uruguaio e o brasileiro dispuseram-se mais para o centro, isso porque o Barcelona estava a "comandar" o jogo e os laterais subiram muito.

Neymar marcou diante do Real (Foto: Miguel Ruiz/FCB)

Convenhamos que a equipa não jogou bem mas tiveram oportunidades suficientes para obter outro resultado. Este Barcelona não está tão bem como noutros anos porque Messi não tem estado bem. É verdade que um jogador não faz uma equipa mas a importância que o argentino tem no jogo dos "Blaugrana" é enorme. O "Tiki-taka" só é possivel perante a boa forma do seu jogador mais importante e esta maneira de ver o jogo está baseada num jogador que consiga ter a bola entre os centrais adversários e os médios.

Em Amesterdão ganhou por 2-0, com dois golos de messi que assim igualou o recorde de Raúl na UEFA Champions League, embora o Ajax tivesse optado por jogar em pressão não permitindo ao Barça ser fluente no seu jogo. Na segunda parte, Luis Enrique colocou Messi na direita e o atacante Luis Suarez no centro.

Em Almeria, o Barcelona começou com Pedro e El Haddadi mas ao intervalo Suárez entrou para o lugar de Pedro e Neymar para o lugar de El Haddadi e a equipa ganhou com esta mudança, já que ao intervalo estavam a perder 1-0. O golo da igualdade foi um movimento iniciado por Messi avançando com a bola colada ao seu pé esquerdo, até que viu Luis Suárez que fez um movimento para a direita no centro. O uruguaio endossou o esférico a Neymar na frente do golo para marcar. O jogo acabou por ficar 2-1 para o Barcelona com o outro golo a ser marcado por Jordi Alba ao minuto 82.

Dos jogos realizados o Barça tem jogado melhor quando Messi está no meio como "falso 9" e Suárez aparece na direita e Neymar na esquerda mas ainda falta uma grande parte da época e Luis Enrique tem que ver o que é melhor para a equipa.